hard moments! one ☘

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Os dias não estavam fáceis para ninguém.

As condições de vida de Park Jimin estavam precárias. Todos os dias tinha que pedir esmola para o pessoal que passava por si na rua, ninguém se importava consigo. Além de um casal que se podiam e quando podiam, sempre entregavam uma moeda e outra, cujo só dava para comprar apenas uma fruta e água para beber — o básico para sobreviver por mais três dias.

Hoseok sempre chorava quando via ou lembrava-se do menino estendido no chão nas noites frias e escuras, encolhido com apenas suas roupas curtas o aquecendo — mas nunca estava sozinho. Cada dia que se passava mais vontade tinha de adotá-lo e levá-lo para sua casa, cuidar do jeito que merecia. Iria o mimar tanto, seria tratado como uma pessoa merece ser tratada.

Iria o tirar das ruas frias custe o que custar.

Porque querendo ou não, ele tinha um motivo por viver nas condições que vivia, era apenas um jovem com um futuro pela frente — assim pensava Hoseok e confiava na sua intuição. Sempre fora uma pessoa otimista, e se uma pessoa de sua família ou alguém importante para si, ele faria a pessoa em segundos ou até esquecer-se dos problemas e moldar um sorriso nos lábios da tal pessoa. Acreditava que era essa a sua missão no mundo, trazer alegria onde não havia.

Já Yoongi não sabia mais o que fazer, queria poder trazê-lo para dentro de casa, mas a sociedade os julgaria e as condições do casal não seria o suficiente — nem para eles era, imagina com uma pessoa a mais. Simpatizou-se com o pequeno garoto, Jimin, desde o primeiro segundo que o viu, quando o mesmo viu a garotinha perdendo um saquinho de palha — mais específico, era o saquinho onde a maioria das pessoas eram acostumadas a guardar as suas moedinhas — estava recheada delas. Park Jimin presenciou aquela cena, era lá que Yoongi o viu pela primeira vez, onde realmente conheceu o bondoso e gentil garoto, o qual merecia tudo de bom e melhor do mundo.

Park Jimin ajuntou o saquinho do chão e em vez de sair correndo, ele ficou parado olhando a garotinha até começar a tomar uma atitude.

— Ei! Você deixou cair isso no chão. — Falou estendendo a mão que segurava o pequeno saquinho de palha. Mas nada da simples garotinha virar para trás, ela continuava a caminhar. — Ei, você garota de polainas de pompons, você deixou cair isto no chão.

Mas nada fazia a garota parar, e então Jimin tinha em sua frente a grande chance de sair correndo e viver uma vida diferente da qual que levava — sem sentir fome, sede, frio e ter uma casa quentinha. Mas ele não fez, pois era errado. O saquinho em suas mãos já tinha uma dona, e era aquela a sua frente.

Caminhou com passos apressados até a garota, chegando mais perto e encostou no ombro alheio para ela notar a sua presença, feito e dito. Virou o corpo, vendo um menino desconhecido por si estendendo um saquinho em direção de seu rosto, quando abaixou um pouco o braço pode ver melhor o rosto.

Sem entender, a garota franziu o cenho. Jimin retornou a falar:

— Você deixou isso cair no chão. — E ele percebera que a outra estava encarando os seus lábios, mas com uma imensa dificuldade para o entender. Ficou intrigado pela audácia da outra. — Tome mais cuidado da próxima vez, nem sempre estarei aqui para devolvê-lo. E há pessoas não tão boas no mundo, infelizmente eu digo por experiência própria.

A cada cem pessoas menos de dez por cento devolveria. Muitos seguiam aquele ditado: "achado não foi roubado, quem perdeu foi relaxado". Mas isso era burlesco, ver a pessoa perder um dos seus pertences e não devolver, era falta de caráter.

E esperou por um movimento ou até mesmo ela falar, mas nada vinha. Ela apenas continuava a encarar seus lábios, não tirava o olho por nada.

Soltando o ar pela boca, o que assusta a pequena garota. Põem a sacolinha nas mãos delicadas da pessoa em sua frente e quando estava prestes a se retirar, a menina segurou em seu antebraço.

Você É Como Smeraldo | jikookDonde viven las historias. Descúbrelo ahora