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boa leitura <3

Ficamos parados por um tempo encarando a cena dentro do bar. Forcei minha vista para ter certeza de quem estava lá dentro.

É... realmente é ele...

Ele estava claramente muito bêbado, e metido numa grande furada. Se ele continuasse ali, provavelmente apanharia até morrer.

Thierry: esse cara tá muito ferrado. Que bom que não sou ele. - ele solta uma risadinha frouxa e enlaça o braço no meu. - vamos? - ele puxa meu braço de leve, mas minhas pernas não se movem um milímetro. Algo me prende no lugar.
'melhor.. alguém te prende!' meu subconsciente afirma. - o que foi? - forço meus olhos a deixarem a cena no bar, para focarem no homem à minha frente.

Micaelly: eu... ah, não... - coloco a mão na testa.

Thierry: o que foi?! - ele pergunta preocupado.

Micaelly: acabei de lembrar que... minha mãe pediu pra eu.... comprar... pão.. - franzo a testa assim que as palavras saem da minha boca. Que desculpa horrível!!

Thierry: hoje?

Micaelly: é... ela vai... fazer alguma coisa com ele... - jura?! - é de comer, uma coisa de comer... - jura?!!!.

Thierry: certo... podemos passar em uma padaria e depois... - o interrompo.

Micaelly: não! Não precisa! Não quero incomodar...

Thierry: não vai ser incômodo algum. - ele sorri e começa a caminhar devagar até onde talvez seja a padaria.
'pensa garota, pensa!!'.

Micaelly: espera!! - alcanço ele. - na verdade eu... queria ir sozinha.. - ele franze a testa. - preciso pensar sobre umas cosias... não é nada sobre você! É uma coisa mais... pessoal... - mexo nas mãos nervosamente, torcendo mentalmente para ele ter acreditado.

Thierry: ah... tudo bem. Se você precisa de espaço pra pensar, não vou reclamar. - ele abre um sorriso simpático. Solto o ar lentamente pelo nariz. - mas tome cuidado!! As ruas de tulum podem ser perigosas! - ele alerta de forma brincalhona, o que me faz rir.

Micaelly: pode deixar.

Thierry: e me mande mensagem quando chegar, pra eu não ficar tão preocupado.

Micaelly: sim senhor. - trocamos um abraço caloroso e demorado.

Thierry: tem certeza que não quer que eu vá junto? Eu posso ficar a três metros de distância de você, se quiser. Fico preocupado deixar você sozinha na rua uma horas dessas. - eu ficava muito feliz em ver que ele realmente se importava e se preocupava comigo. Mas no momento o que eu menos queria, era ele por perto.

Micaelly: tenho sim. Eu sei me virar. - dou mais uma olhada para dentro do bar e vejo o homem caindo de bêbado encostado no balcão, gesticulando louca e exageradamente para o barman. Os outros dois brutamontes estavam sentados em uma mesa pouco distante. Volto meus olhos para Thierry.

Trocamos mais um abraço e, depois de ouviu mais um pedido de cuidado de Thierry, me viro de costas e sigo caminho até uma esquina. Viro-a e espero um tempo. Olho para onde estávamos a alguns minutos atrás e quando percebo que ele não estava mais lá, caminho a passos relutantes até a entrada do bar.

Já na entrada, é possível notar um cheiro fortíssimo e enjoativo de bebida alcoólica. Sem contar o cheiro de suor, que faz meu estômago embrulhar. Respiro fundo e arrasto meus pés até a entrada do local.

Forever My... Little girlOnde histórias criam vida. Descubra agora