Todos em algum momento já se perguntaram se aquela história era real, mas nunca tiveram nada além de vestígios explícitos entre melodias e olhares que no fundo queriam com todas as forças deixar o medo de lado e gritar para o mundo exatamente o que...
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(Edward's POV)
Parece coisa destino, mas lá estávamos eu e William de novo com nossas agendas coincidindo justamente em Nova York, no mesmo lugar onde foi nosso fim a dois anos atrás. Estávamos até hospedados no mesmo hotel o que obviamente me trouxe muitas lembranças. Lembranças essas que eu fiz questão de tentar apagar ao máximo com bebidas e até outas substâncias químicas, pois ter ele ali do outro lado do corredor e não poder estar lá em seus braços era uma dor que eu precisava urgentemente anestesiar de alguma forma.
Quando anoiteceu, não sei como consegui chegar no hotel, só sei que me apoiando pelas paredes subi até o meu andar e lá estava a o quarto de William, cruelmente bem na frente do meu. Acho que nem pensei muito bem nos meus próximos passos, eu só sabia que não aguentava mais conter todos os meus sentimentos, eu só necessitava dele e muito.
— William! — Gritei, talvez mais alto que eu pretendia, já que eu estava realmente chapado e batendo em sua porta — Abre a porta, por favor.
— Edward, vai dormir! — Gritou ele, lá de dentro.
— Eu não posso, eu... — Antes que eu pudesse completar e frase, meu mundo deu um giro e quando eu menos percebi estava no chão, rindo da minha própria queda, mas acho essa queda fez um barulho alto, pois quando eu menos esperava, William abriu a porta com cara de preocupado.
— O que diabos...
— Eu cai! — Disse ainda rindo e tentando ficar pelo menos sentado, mas minha cabeça começou a doer muito.
— Você usou drogas, Edward? — Perguntou ele, se abaixando e pondo meu braço ao redor dos seus ombros para me ajudar a levantar.
— Você é tão baixinho. Não pode comigo. — Comentei, fazendo birra para levantar.
— Eu vou te deixar no chão se me chamar de baixinho de novo. — Ameaçou ele, finalmente conseguindo me ajudar a levantar e me levando até o seu quarto — Eu não acredito que você fez isso. Você é louco? Você poderia ter se machucado feio se jogando contra minha porta. — Resmungou ele, me sentando na beira do seu colchão e indo até o banheiro.
— Ah, então foi isso que eu fiz? Eu pensei que só tinha ficado tonto e caído. Tem certeza que me joguei na sua porta?
— Você realmente tá fora de si. — Falou, voltando do banheiro com um lencinho umedecido para limpar meu rosto que só naquele momento eu percebi que estava sangrando na parte do supercílio.
Então, enquanto ele cuidava de mim, ali em pé na minha frente, coloquei minhas mãos em sua cintura e o puxei para mais próximo sem nunca, nem por um segundo, desviar o meu olhar dos seus olhos atentos ao meu ferimento e também um tanto quanto assustados.
— Desculpa! — Falei o fazendo parar por um segundo e olhar nos meus olhos também — Eu apenas não sei mais como lidar com tudo isso.
