CAPÍTULO 10.

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Quente, ardente e mais forte do que nunca. Hoje o Sol nasceu assim, bem como nos outros dias. Nem mesmo o despertador do celular havia tocado, o que fez com que Joohyun pulasse fora da cama, sentindo a luz totalmente potente vindo da janela. Custou-lhe abrir seus olhos. Caminhou até o banheiro com certa dificuldade, devido a sua preguiça também. Sentia um pouco de dor de cabeça também.

Isso devido à noite passada tão atordoada. Seulgi havia saído do apartamento tão furiosa. Não sabia o horário que a garota retornou, mas provavelmente, mais de meia-noite, com certeza. Dessa vez, a própria Bae, dona de um enorme orgulho, quem carregava a culpa. Não chorou, como da outra vez, mas aquilo lhe fez refletir por demais.

Abriu a torneira, com a finalidade de molhar seu rosto e despertar um pouco daquele sono. Sentiu um tanto de fraqueza. Lembrou-se que na noite passada, a qual deu errado, acabou por não comer, mas não se importava com aquilo. Pôs-se a escovar seus dentes. Enquanto exercia tal ação, escorava seu corpo no azulejo do banheiro. Ao terminar sua higiene matinal, logo caminhou para a cozinha para começar a preparar seu café da manhã.

Sua indisposição era tão grande, que Irene se auto estranhava. Talvez a segunda briga intensa que teve com sua melhor amiga na noite passada lhe causou um enorme efeito. Mil pensamentos pousavam em sua cabeça. Estava tão cansada de tudo aquilo, que se perguntava se realmente haviam feito certo ao se mudarem para Seoul.

De repente, seus olhos encararam o quadro sobre o balcão da cozinha, onde havia uma foto de Irene e Seulgi quando se formaram. Ambas se abraçavam se sorriam. A sinceridade naquela imagem era tão evidente.

O que mais temia era que algo que faz parte de sua vida desde criança acabasse de uma maneira tão fria. Na verdade, sempre temeu aquilo.

A fumaça vindo do bule apenas contribuiu para que lágrimas formassem em sua visão. Esfregou-as com seus braços delicadamente. Não gostava de demonstrar recaídas. Voltou a sua tarefa, balançado sua cabeça, no intuito de expulsar pensamentos tristes.

Ao finalizar de preparar o café, pegou uma caixa de leite da geladeira e despejou um tanto numa xícara, em seguida o misturaram, esfriando com calma. Recortou uma fatia de pão caseiro, o qual comprou no mercado e o recheou com manteiga. Ao contrário da Kang, Irene não era muito fã por cereais misturados ao leite, preferia algo mais comum, como um café bem longo e quente.

Acomodou-se na banqueta e começou a degustar de sua refeição. Seis horas e trinta minutos era o que marcava o relógio do celular. Não entendia por que naquele dia o Sol resolveu se pôr "escandalosamente". Mas já que despertou, o jeito era já começar a pôr suas obrigações em prática, como arrumar seu material e organizar seus horários. Isso depois que terminasse de se alimentar, claro.

E, como sempre, a mais nova ainda não havia acordado. Mas hoje, apenas resolveu não chamá-la, nem gritar ou nada do tipo, já que a própria mostrou incômodo com aquilo. Terminando, levou sua xícara e colocou sobre a pia, logo se dirigindo ao quarto para vestir uma roupa mais universitária.

Olhava para seu guarda-roupa um pouco confusa no que escolher. Era como se não tivesse roupa. Pegou uma qualquer, não vendo tanta importância naquilo. Resolveu deixar seu cabelo solto. Apenas um jogou um pouco para o lado. Recolheu seus livros da estante, os encaixando em seus braços, depois aconchegou sua bolsa em seus ombros.

Dessa vez, visou seu relógio de pulso e ainda faltavam dez minutos para que o ônibus chegasse em frente à quadra ao lado do prédio. Não era tão longe, só para constar. Pensou perto da porta do quarto se esperaria a outra garota ou não. Também não sabia se ela iria querer ir com a mesma, já que ainda deve estar brava. Seu impasse era tão grande. Apenas se sentou no sofá da sala e começou a checar seu celular.

Amigas de Quarto | Seulrene Onde histórias criam vida. Descubra agora