confusão interna

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Pov Manu

Caramba mano, quão pequeno este mundo é, encontrar Marcela depois de quase cinco anos aos beijos com minha melhor amiga era o auge da minha vida, era simplesmente surreal, eu quis rir por pensar nisso, era bom vê-la outra vez, a Ma era a pessoa mais foda que eu conhecia, era muito boa conselheira, era ótima no seu trampo, ela era parteira e vocês  podem não acreditar mas foi ela quem me trouxe ao mundo. Minha mãe conhecia a Marcela desde da sua adolescência ela e meu pai casaram muito cedo quando rafa ainda era muito jovem, quando eles se casaram ela já estava grávida o que foi um grande surto coletivo e na época a Marcela foi uma das pessoas que mais a apoiaram nesse momento, sua(que também é minha rs) família era muito conservadora e acabou gerando grandes julgamentos da parte deles o que levou meu pai a oficializar logo o noivado e entre poucos meses o casamento, a para minha sorte ter a loirinha como minha madrinha, sim a Marcela é minha madrinha. E pelo visto era algo bem surreal, nesse exato momento minha amiga  está em surtos pesados e tênis.

"MADRINHA MANOELA ? MADRINHA ? ISSO É IMPOSSÍVEL! COMO ASSIM CARA.. "

"Ué, eu tô te falando, tu acredita se quiser, Eu também não quero acreditar que minha dinda e minha melhor amiga se pegam.. então vêselá pode ficar de boa aí.. " falei calmante para não surta-lá mais.

"Para de surtar Gi, qual o problema? Você sabe muito bem que eu não sou uma adolescente, olha eu pareço mas já sou uma mulher, e uma mulher bem madura". Rebateu marcela parecendo incomodada com aquilo, e de fato até eu estava, mas conhecia Gizelly muito bem pra saber que depois de alguns segundos ela perceberia e pararia com essa besteira.

"Maaa não, desculpa. Não tem problema nenhum eu só tô surpresa, mas deixando isso pra lá sério. " eu disse, conheço bem minha amiga..

"É melhor mana. Mas Ma me fala, como estão as coisas.. " falei animada, ela começou sorrir, eu tenho certeza que altas histórias viriam.

A tarde se passou assim regada de conversas e risadas, assistimos filmes, jogamos bolas e comemos besteiras, conversamos sobre coisas sérias, debatemos infinitos assuntos e aprendi muito com a doutora MCgowan, ela incrivelmente necessária, eu passaria a tarde inteira ouvindo tudo que ela sabe, era bom aprender com ela, por aquelas horas com aquelas mulheres eu esqueci até o quanto meu coração estava fudido, esqueci dela e do namorado bonitão dela, já era quase noite e a Marcela tinha que ir embora, na verdade não tinha mas ela insistiu que tinha acabado com uma tarde de amigas então eu rabati que acabei com uma transa da minha amiga e pior empatei a foda da minha madrinha, seu cabelo não era tão rosa quanto suas bochechas nesse momento e eu e gi caímos na gargalhada, era incrível quando os adultos não percebem quando crescemos, no final elas estavam preocupada apenas com minha opinião em relação a elas.. Eu não pude evitar o deboche, quem sou eu pra julgar elas, concluir amargamente, eu sou apaixonada na minha quase irmã, mesmo assim as tranquilizei, elas tinham o meu total apoio, contanto que nenhuma se machucasse nessa relação, as duas eram importantes para mim e essa relação tinha que ser principalmente a base do respeito deixei claro isso para minha amiga, sim ela principalmente eu a conhecia para saber que mulher nenhuma ela se apegava e ela prometeu que sempre seria sincera com ela. Fiquei extremamente surpresa até em saber que minha amiga já tinha conhecido algumas pessoas da família da Ma, olha isso não parecia em nada com corredora de relacionamento que eu conhecia, e eu tinha que zoar né, eu eu zoei mesmo, sua carinha emburrada me dava um puta prazer de nunca mais parar de encher o saco dela, mas seu ataque de cócegas acabou com minha diversão, agora era eu quem me encontrava com uma cara emburrada.

Voltando ao fato de Marcela querer ir embora eu a proibir, afinal não tinha falado pra minha mãe sobre dormir na casa da Gi, e eu não gostava de fazer as coisas sem avisa-lá até porque ela ficava putassa, arrumei minhas coisas e tomei um banho levando um moletom e calça da gi que ficava um pouco grande em mim mas não tava me importando muito, já minha amiga tinha um olhar debochado sobre mim, eu era cínica então apenas peguei eles sem pedir mesmo, ela que lute.

Nada É Por Acaso (Rinu/Rabia) Onde histórias criam vida. Descubra agora