capítulo 03 - o problema dos pêssegos

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Oi, meus amores!

(editado) queria me desculpar por ter usado como referência uma história escrita por alguém de caráter duvidoso (na época em que escrevi eu não sabia de certos absurdos), no entanto não posso modificar esses trechos na fanfic porque tiraria o sentido de algumas cenas. Mil desculpas mesmo!!!

Espero que isso não atrapalhe a leitura >.<

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Mesmo depois de ter checado ao menos dez vezes se a fechadura do banheiro estava funcionando, ainda tomava cuidado ao utilizar o aposento e primeiro fazia questão de ter certeza de que Hyungwon ainda dormia para só então me esgueirar pelo corredor.

No térreo, minha mãe e minha avó já tagarelavam na cozinha enquanto um cheiro delicioso se espalhava pelo ar. Jihan bagunçou meus cabelos quando me aproximei para checar a panela com o começo do que seria a sua geléia dos deuses e me ofereci para ajudá-la já que, desde sempre, um dos meus passatempos preferidos era aprender as receitas da minha avó e me divertir na cozinha ao lado dela.

— Corte em fatias, mas não muito finas — ela me deu as coordenadas e comecei a descascar os pêssegos que tínhamos comprado no dia anterior, tão macios e firmes que eu tive vontade de apertá-los como bolinhas anti estresse.

A melhor parte de cozinhar com a vovó era o fato de que ela nunca nos repreendia por provar qualquer ingrediente antes da hora. Sendo assim, degustei alguns pedaços da fruta, admirado por sua doçura e até mesmo minha mãe beliscou das fatias antes de sair para o trabalho.

— Acho que já são suficientes, Kiki — Jihan me chamou pelo apelido usado por Hyungwon, mas não tive coragem de repreendê-la e carreguei o pote com as frutas em pedaços até o fogão para que ela as despejasse dentro da panela. Fiquei parado a seu lado como fazia quando era criança e ela sorriu, movendo o conteúdo com tranquilidade. — Ontem assisti a um filme que deu um significado bastante peculiar para os pêssegos.

— É mesmo? — indaguei, achando engraçado como minha avó sempre se baseava na ficção para se referir às coisas do cotidiano. — Qual era o filme?

— Não me lembro do nome, é um filme onde os rapazes também dividem a mesma varanda como você e o Hyungwon — ela pontuou, me fazendo lembrar de nosso hóspede e completou: —, eles até mesmo se chamavam pelo nome um do outro quando faziam amor. Achei romântico.

Eu sabia sobre o que ela estava falando e, embora nunca tivesse visto a adaptação cinematográfica, tinha lido aquele livro por curiosidade. A cena dos pêssegos era interessante, mas não tive coragem de perguntar à Jihan se ela havia sido mostrada no filme também.

Eu sabia que ela me contaria toda a trama a seu modo, então permaneci quieto, fingindo que era tudo uma grande novidade para mim. Os pêssegos foram se desfazendo na quentura e no meio de sua explanação sobre como Oliver e Elio eram um casal com muita química, o som de uma buzina nos interrompeu.

Alguns segundos depois, uma mulher bastante elegante bateu na porta de tela da cozinha e cumprimentou-nos, sendo muito gentil com a minha avó.

— Soube que Hyungwon está aqui, será que eu poderia conversar um pouco com ele? — a mulher quis saber, mantendo-se do lado de fora enquanto nos observava pela tela.

— Claro, senhora Chae, Kiki vai chamá-lo — não foi preciso mais do que um olhar para que eu compreendesse o meu novo dever, então pedi licença como o neto bem educado e subi as escadas.

Bati duas vezes na porta, mas não obtive resposta, então decidi usar a porta da varanda que fazia mais barulho. Assim que entrei no meu próprio quarto para concretizar o objetivo, dei de cara com Hyungwon mexendo nas minhas coisas.

Nothing In Common | HyungKiWhere stories live. Discover now