capítulo 09 - o problema dos corações apaixonados

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Oi, meus amores!

Eu tava muito ansiosa pra postar esse capítulo e vocês logo vão entender o pq kkkk

Boa leitura!

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Nós todos acordamos tarde no domingo, mas Hyungwon se superou, obrigando-me a entrar em seu quarto para chamá-lo. A camiseta folgada estava levantada até seu pescoço e lhe dei um tapa na perna para que despertasse, abrindo as cortinas em seguida.

Hyungwon quis saber por que eu estava enchendo o saco tão cedo e eu lhe disse que já era praticamente meio dia e que ele tinha exatos quinze minutos para ficar pronto porque iríamos sair.

— Achei que seu namorado fosse o Hyunwoo — ele resmungou e lhe expliquei que se tratava de um passeio em família e minha avó fazia questão de sua presença. — É mais uma das tradições malucas dos Yoo?

— Pois é — confirmei, rindo de sua cara amassada de sono e dos cabelos bagunçados. — Levanta a bunda daí e desce logo que estamos te esperando.

Em todos os aniversários de minha avó, infalivelmente, fazíamos aquela mesma rota: visitávamos o túmulo do meu avô, almoçávamos no restaurante onde os dois haviam se apaixonado e seguíamos pela trilha da montanha até o mirante, o lugar onde meu avô tinha pedido minha avó em casamento.

Ajudei minha mãe com os arranjos de shikimi, folhas que estavam sempre verdes, e quando Hyungwon desceu, tivemos que nos separar em dois grupos pois teríamos que usar dois carros. Como Jooheon e Changkyun já tinham jogado suas coisas no automóvel de casa, fui obrigado a me deslocar com Hyungwon e seguimos minha mãe pelas ruas até a primeira parada, no cemitério.

— Interessante você me trazer pra um lugar como esse em pleno domingo — ele reclamou, apenas seguindo o fluxo pelas lápides. Fingi que não lhe dava ouvidos, mas ele quis saber o motivo de Hyunwoo não estar conosco e respondi que ele provavelmente estava trabalhando.

Eu o teria convidado se ele tivesse respondido minhas mensagens, mas acho que o Son não era uma pessoa muito atenta a esse tipo de contato - certamente a tela de seu celular mostrava várias bolinhas com notificações não vistas. Não queria que ficasse evidente que isso tinha me deixado um pouco chateado, então fingi que estava tudo bem, mas não estava.

Não conseguia parar de pensar nos beijos que trocamos na festa e, mesmo achando que aquele era um romance com data de validade curtíssima, algo me dizia que Hyunwoo estava me evitando.

Colocamos os arranjos sobre o túmulo e oferecemos orações para meu avô, que estaria fazendo aniversário naquela data, um dia depois de Jihan. Ela, aliás, era quem mais se demorava nessa homenagem e, embora eu acreditasse que ela sentia tristeza por estar separada do amor de sua vida, sabia que minha avó era forte e que o amor que sentia era convertido e doado a quem estivesse ao seu redor.

Voltamos para os carros e, morrendo de fome, seguimos para o restaurante que ficava quase na divisa entre as cidades. Hyungwon quis saber se eu me ausentava de algumas aulas na escola por causa desse passeio e eu disse que sim, Jooheon e eu sempre tínhamos permissão para faltar nessa data em especial e passar o dia junto de nossa família.

— Eu sempre tive inveja disso — ele disse e não entendi, por isso perguntei sobre o que estava falando. — Dessa ligação que a sua família tem. Da sua avó indo te buscar na escola... De ela arranjar namorados pra você...

— Até alguns anos atrás eu achava isso tudo um saco — falei, sabendo que eu tinha sido muito malcriado com minha avó durante a adolescência —, mas agora eu sei que a minha família é maluca mesmo e eu não a trocaria por nenhuma família perfeita...

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