1. O mundo está ruim

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QUANDO O MUNDO acabou, Lara estava jogando bola com o sobrinho, tornou-se uma tradição entre os dois que toda sexta-feira, depois que Carl terminasse a escola e Lara terminasse o trabalho, eles iriam brincar no jardim, enquanto Lori preparava o ja...

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QUANDO O MUNDO acabou, Lara estava jogando bola com o sobrinho, tornou-se uma tradição entre os dois que toda sexta-feira, depois que Carl terminasse a escola e Lara terminasse o trabalho, eles iriam brincar no jardim, enquanto Lori preparava o jantar. Todas as sextas-feiras, sem falta, Lara atendia seu sobrinho, chegando a porta deles vestindo a velha camisa de beisebol do pai e um boné com um apito no pescoço, informando a Carl que ela não era mais a tia Lara - ela era a treinadora legal.

Era algo que eles faziam para ocupar o
tempo, porque com Rick no hospital, suas mentes vagavam facilmente e tentar distrair Carl com apelidos ruins e piadas terríveis de beisebol era uma boa maneira de manter sua mente longe de seu pai, mesmo que por pouco tempo.

Desde que Rick foi para o hospital, Lara fez tudo o que podia para manter a família
funcionando. Enquanto trabalhava como professora na escola de Carl durante a semana, nos fins de semana ela ficava na casa de Rick, ajudando Lori nas tarefas e dando-lhe o conforto que precisava. Ela também passava muito tempo com Carl, porque se lembrava de como às vezes se sentia sozinha enquanto crescia, e não queria que isso acontecesse com ele.

Lara adorava seu sobrinho, Carl era uma alma tão enigmática e bonita que até mesmo estar perto dele trouxe um sorriso em seu rosto e ela estaria mentindo se dissesse que não o mimou sempre que passou o fim de semana com ele, o vínculo deles rivalizava até mesmo com o que ele tinha com os pais.

Mergulhando no chão para pegar a bola antes que Carl pudesse chamá-la de perdedora, Lara se deitou na grama por um momento enquanto segurava a bola de tênis
Vitoriosamente. Carl correu até ela e prontamente caiu de bruços, deitando-se sobre ela enquanto ria.

"Você é muito melhor em pegar do que meu pai", admitiu Carl. "Você cai como um profissional".

Lara ergueu a cabeça e olhou para o sobrinho. "E isso, meu jovem amigo e por que eu sei que se eu perder, sou eu que tenho que fazer cem flexões antes do jantar"

"Papai faz com que pareçam fáceis", disse Carl com um sorriso. "Você mal consegue fazer três."

"Ei, consegui quatro da última vez", Lara respondeu, cutucando a bochecha de Carl. "Agora, já que estou com a bola na mão, acho que é hora de alguém envergonhar a tia e provar que pode fazer não uma, não duas, mais cinco flexões. Vá em frente garoto, mostre-me como você é forte."

Carl desceu da sua tia e sentou na grama, olhando para a bola de tênis em sua mão. "Sinto falta do meu pai".

Lara se sentou. "Eu também, mas ele vai ficar bem."

Rick teve um acidente algumas semanas atrás, enquanto estava trabalhando. Eles estavam esperando por um carro que outro carro da polícia estava perseguindo e só previram que haviam dois homens no carro. No entanto, eram três e quanto Rick virou as costas para o carro por uma fração de segundos, ele acabou levando um tiro e foi colocado em coma.

Quando Lara descobriu, ela não saiu do lado de Rick por três dias, apenas indo embora quando Shane disse a ela que Lori e Carl precisavam que ela estivesse presente. Desde aquele momento, ela estava apoiando sua família o melhor que podia.

Agora, no presente, ela estava assistido Carl tentar fazer cem flexões, e quando seus braços começaram a tremer na quarta, Lara sorriu e cutucou suas costelas, sabendo como ele sentia cócegas. Carl soltou um grito e caiu no chão rolando para longe da tia.

"Você trapaceou!" Ele gritou, apontando para ela.

"Sim", respondeu presunçosamente, "E o que você vai fazer sobre isso, pirralho?"

Carl sorriu e pulou sobre a tia novamente "Eu vou fazer isso."

Lori saiu para o jardim dos fundos, vendo seu filho fazendo cócegas em Lara no meio do gramado. Ela odiava fazer isso. Mais a transmissão de emergência foi o suficiente para fazê-la chamá-los para dentro.

"Lara, Carl. Vocês podem entrar?" - Lori chamou.

"O jantar está pronto?" Carl perguntou esperançoso.

"Não", disse Lori, forçando um pequeno sorriso, "Eu quero que vocês entrem e vejam as notícias".

"As notícias" Lara perguntou "quando você fez sessenta anos, Lori."

"Basta entrar aqui e assistir." Disse Lori "você vai querer ver isso."

Pelo seu tom, Lara podia sentir que o que quer que estivessem prestes a assistir no noticiário não era bom. Entrando com Carl, os dois se sentaram no sofá da sala enquanto Lori aumentava o volume. Ela se sentou no braço do sofá e passou os dedos pelos cabelos de Carl nervosamente.

"Estão chegando notícias de que atualmente há uma epidemia em andamento." dizia o repórter. "As autoridades dizem que essa doença é diferente de qualquer outra já enfrentada pela humanidade, parece que os mortos estão voltando e os cientistas do mundo todo não sabem o que está causando isso. O CDC está trabalhando sem parar para tentar descobrir uma cura, uma dica para as pessoas vendo isso, Atlanta é o lugar que você deseja estar. Ela foi fortalecida contra essa epidemia e se você quiser encontrar um porto seguro, esse é o lugar certo."

"O que diabos isso significa?", Lara perguntou. "Os mortos estão ressuscitando? O que é isso, Dawn of the dead?"

"Não sei" disse Lori, "mas não vamos a lugar nenhum."

"Não podemos deixar Rick," Lara concordou. "Passe para outro canal"

Lori fez o que Lara pediu, e a voz de outro repórter encheu a sala. "Estamos recebendo relatórios que afirmam que os 'zumbis' que estão reanimando são incrivelmente perigosos, e que um encontro com um pode te levar à morte. O CDC relata que se um indivíduo for mordido ou arranhado por essas coisas, ele experimentará febre, alucinações e delírio. Isso é fatal para qualquer pessoa, e pedimos a todos, que estejam atentos para chegar a um lugar seguro. As cidades são sua opção mais segura, pois foram fortificadas para proteger os habitantes contra essa epidemia, se você estiver perto de Atlanta, vá para lá o mais rápido possível."

Lara sentiu Carl agarrar sua mão "Estamos com problemas?"

"Ainda não, garoto" Lara respondeu, "ainda não."

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