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Taehyun se preocupava demais com Beomgyu para simplesmente deixá-lo sair da sala naquela situação. O seguiu até o jardim dos fundos, que dava acesso a piscina. A área estava fechada, não havia ninguém lá, mas Beomgyu deveria ter acesso, já que Taehyun encontrou o mesmo sentado na beira da piscina, abraçando os joelhos, observando a água se mover lentamente. Com calma, se sentou ao seu lado, de pernas cruzadas.

— Que confusão, né? — Beomgyu disse, ainda sem olhar para ele.

— Eu não entendi o que aconteceu. — Taehyun respondeu.

— Ninguém entendeu, Tae. A verdade é que já tem uns dias que eu não entendo o que Yeonjun faz, mas hoje... Aquele não era ele.

— Vocês brigaram? — Taehyun olhou para ele.

Beomgyu não se moveu, continuou olhando para a água e respirou muito fundo antes de dar ombros em resposta. Taehyun concordou com a cabeça. Beomgyu não entendia muito o que estava acontecendo, ele não iria forçar com perguntas. Escolheu ficar em silêncio e assim eles ficaram. O único som era a música abafada da festa, o vento batendo nas folhas das árvores e, bem baixinho, o som da água da piscina se movimentando.

— Eu sinto muito. — Beomgyu disse.

— Pelo o que?

— Por tudo. Você sabe, por sumir. Não queria ter me afastado de você, não fiz de propósito. — ele virou o rosto para Taehyun — Desculpa.

— Tá tudo bem, Beomgyu. Você tinha a sua vida, o time, eu era só o carinha da banda que te ensinava a tocar piano.

— Mas eu gostava.

Seus olhares se encontraram e eles se encararam por alguns segundos. Taehyun sentiu uma tensão tomar conta do seu corpo, que foi embora no instante em que Beomgyu sorriu.

— A gente pode ser amigo de novo?

— A gente nunca deixou de ser. — Taehyun respondeu.

O sorriso de Beomgyu se seguiu de um suspiro aliviado e ele concordou com a cabeça antes de voltar a encarar a água. Um grito abafado vindo de dentro da casa fez com que eles se assustassem e Beomgyu ficou desconfortável outra vez. Taehyun reconheceu como a voz de Soobin.

— Quer sair daqui? — Taehyun perguntou.

— Eu me sinto mal em deixar Yeonjun sozinho...

— Acho que o Soobin tá dando um jeito nele.

Beomgyu pareceu pensar um pouco antes de concordar. Eles se levantaram e, antes de entrarem na casa, Taehyun juntou toda a coragem que tinha para segurar a mão de Beomgyu. Juntos, de mãos dadas, eles atravessaram a sala até a porta de entrada. Beomgyu não recuou em nenhum momento, mas Taehyun quase vacilou quando Yeonjun os encarou antes de saírem dali.

— Você consegue chegar em casa essa hora? — Taehyun perguntou.

— Eu não sei se quero ir pra casa, na verdade... Não tô muito afim de dormir ainda.

— E o que quer fazer?

Beomgyu parou de andar e Taehyun parou do seu lado. Beomgyu pareceu pensar um pouco.

— Me diz você, Tae. O que quer fazer agora?

— Não sei bem...

— O que quiser fazer, eu faço. — Beomgyu enlaçou seu braço ao de Taehyun e o olhou, sorrindo — Onde você for, eu vou.

Assim como todas as outras vezes que Beomgyu se aproximava daquela forma, Taehyun congelou. Se forçou a respirar fundo discretamente e se recompor. Beomgyu estava ali, abraçando seu braço, sorrindo para ele, dizendo que faria o que ele quisesse fazer. Não podia entrar em panico, não ali.

— Ficar na rua é perigoso essa hora. — ele disse. — Não tem muita gente.

— Podemos ir pra sua casa, então. — Beomgyu respondeu. — Se não tiver problema, claro.

— Não tem problema nenhum. Pode ficar lá e ir embora amanhã de manhã.

Beomgyu concordou com um sorriso e eles foram, sem soltar os braços juntos. A casa de Taehyun era bem próxima dali, nem deu tempo do silêncio criar um clima constrangedor. Assim que chegaram, Taehyun notou que seus pais já estavam dormindo. Guiou Beomgyu até às escadas e de lá para o seu quarto.

— Tá com fome? — Taehyun perguntou.

— Não, tô bem. Você dorme aqui sozinho? — Beomgyu olhava em volta.

— Sim, o quarto do lado é o do Soobin. Pode dormir lá, aliás. Acredito que ele não vai voltar hoje.

— Soobin e Yeonjun... Eles estão se aproximando bastante.

Beomgyu se sentou na casa de Taehyun, que se sentou ao seu lado.

— Isso te incomoda? — Taehyun perguntou e Beomgyu deu ombros em resposta.

Ele desviou o olhar e respirou fundo. Taehyun entendeu que não era o momento de tocar naquele assunto.

— Ok, então o que vamos fazer?

— Você que me diz, ruivo. Deixei nas suas mãos.

— A gente pode ver um filme, se quiser. Te deixo escolher.

Beomgyu concordou com um sorriso empolgado. Taehyun pegou seu notebook na sua escrivaninha ao lado da cama e se sentou com as costas encostadas na cabeceira, com as pernas esticadas. Beomgyu fez o mesmo. Eles abriram a Netflix e começaram a procurar algo para assistir.

— Ali! — Beomgyu apontou para a tela.

— Your Name?

— Sim! É muito lindo.

— Mas é filme de desenho.

— Cala a boca e dá play logo. — Beomgyu disse, clicando no filme ele mesmo — Quando você estiver chorando eu vou rir da sua cara.

Taehyun riu. Eles se ajeitaram na cama, já com as luzes apagadas, e assistiram ao filme. Taehyun não chorou, mas não pôde negar que se abalou bastante com algumas cenas, era realmente emocionante. Assim que o filme acabou, Beomgyu se aconchegou com a cabeça apoiada em seu ombro, praticamente deitado. Taehyun sentiu sua camiseta molhar um pouco e percebeu que Beomgyu estava chorando. Queria dizer alguma coisa, queria falar sobre o filme, mas não conseguiu dizer nada. Apenas esticou uma de suas mão e alcançou a mão dele, acariciando de leve, como quem dissesse que ficaria tudo bem.

— Eles estavam destinados a ficar juntos — Beomgyu disse e Taehyun entendeu que era sobre o filme — Nem mesmo uma fatalidade impediu que eles dessem um jeito e conseguissem se reencontrar. Porque era destino, sabe? Um fez tudo pelo outro, porque eles não tinham.nada a perder e porque se amavam.

Beomgyu apertou a mão de Taehyun de leve, buscando conforto. Sua respiração foi se acalmando aos poucos e ele parou de chorar, ou estava cansado demais para conseguir. Estava quase dormindo. Taehyun tirou o notebook de seu colo e o deixou em qualquer lugar por ali. Se ajeitou na cama de forma que não tirasse Beomgyu de seu ombro.

— Ninguém... — Beomgyu continuou, quase pegando no sono — Ninguém nunca vai me amar daquela forma.

Ele suspirou e fechou os olhos. Taehyun o olhou, dormindo, tranquilo, sereno. Era ainda mais bonito. Passou os dedos pelo seu rosto e tirou uma mecha de cabelo da frente dos seus olhos. Ali ele se apaixonou outra vez, como se fosse a primeira.

— Talvez você só precise procurar direito.

***

Primeiramente me perdoem o capítulo minúsculo, mas ele precisava existir e não dava pra encher de enrolação.

Finalmente um pouquinho dos taegyu!!!!!!!! Oq acharam????

Quero muito saber as opiniões de vcs sobre a história, quais as expectativas, as teoriassss

Eu amo ler.

Enfim, por enquanto é isso!! Prometo atualizar assim que possível.

Ah! A playlist de pivô já tá prontinha, me avisem se quiserem que eu divulgue o link.

Amo vcs

Até o próximo 🧡

PIVÔ • yeonbin & taegyuWhere stories live. Discover now