A Mafiosa e o Dono do Morro

• Capítulo 28 •

Lua...

Faz quase três semanas que eu tô nesse inferno.

Falo com a minha mãe um dia sim e outro não.

Fiquei maluca quando ela me contou, que falou pro Matheus que eu tava viva.

Ela me disse que ele tava devastado, sem rumo nenhum.

Ficou com pena, foi lá e contou.

Quando eu ligo pra ela, converso com os quatro.

Meu dia fica bom pra caralho quando isso acontece.

Levo uma surra quase todo dia, nesse caralho.

Hoje eu acordei com um bagulho estranho.

Uma sensação doida no peito.

Tô sentindo que alguma coisa vai acontecer nessa merda.

Já tá quase dando 23 horas da noite.

Como eu sei?

Picasso colocou um relógio na parede pra mim.

A porta abriu e por ela passou o Pollo e a puta da Marina.

Cada um puxou uma cadeira e se sentaram na minha frente com um notebook na mão.

Pollo: Temos um filmezinho pra ti cunhadinha. Uma coisa bem linda pô.

Ele virou a tela do notebook pra mim e respirei fundo vendo aquela porra.

Eu vou matar esses quatro da pior forma possível.

Felipe...

Aiiiiiiii. Até que enfim uma narração minha nesse caralho.

Já faz umas três semanas nesse inferno de Terra, que a minha Luazita se foi.

A mãe anda bem estranha. Não só ela como o Grego, o Thaz e o Mk também.

Toda hora eles tão reunido, falando sobre algum bagulho. Daí quando a gente chega perto, o assunto morre.

Um dia sim, um dia não, a mãe recebe uma ligação e rir até pro vento se bobiar. Aí quando desliga sai correndo de casa pra falar com os três mandados lá.

Já passei o papo pra todo mundo aqui de casa.

O Matheus parou de sofrer do nada pela morte da Lua, a mãe a mesma coisa, junto com o Thaz e o Mk.

De uns dias pra cá, a gente anda tentando entrar na salinha que o Fernandes tá pra matar ele, mas nem um dos dois palhaço deixa.

Tamo aqui reunido, todo mundo na sala.

Vou desenrolar essa porra do Fernandes agora com esses pau no cu, quer ver?

Eu: Aí Thaz.

Ele olhou pra mim sorrindo.

Agora eles tão assim, rindo até pro vento.

Eu: Eu tô querendo acertar minhas contas com o Fernandes. Eaí?

Ele olhou pro Mk e depois olhou pra mim de volta.

Thaz: Aí Fp, vou ser purão contigo firmeza?

Assenti com a cabeça.

Thaz: Quando a Patroa mandou a gente trazer ele pra salinha lá. Ela deixou ordens diretas, de que não era pra ninguém ter contato com ele por pelo menos um mês pô. Belê que ela não tá mais aqui. Mas todo mundo aqui sabe como ela era maluca, com essas ordens que ela dá. Tenho medo de espírito também. Vai que ela inventa de vim puxar meu pé, por eu ter desobedecido a ordem dela.

Levantei uma sobrancelha olhando pra ele.

Ele tava certo. A Lua odiava quando ela dava as ordens e tu ia lá e fazia ao contrário.

Eu: Firmeza.

Thaz: Esse um mês já tá acabando. Quando acabar a salinha de tortura vai ser liberada pô.

Pra quem já esperou três semanas, o que é esperar mais uma?

O celular da mãe começou a tocar, ela olhou pros pau no cu e se levantou saindo da sala em direção ao escritório da Lua, com eles atrás.

Eu: Aí, não querendo plantar a semente da discórdia por aí não, mas esse bagulho tá muito estranho. É só o telefone da mãe tocar que eles sai correndo pra longe da gente.

Morte: Tua mãe tá estranha. Antes ela chorava antes de dormir por causa da Lua. Agora ela vai dormir sorrindo. Não deixou a gente dá nada, nem roupa, nem nada. Nem no escritório ela deixou mexer.

Letícia: Gente, vai ver ela não tá aceitando a morte da Lua. Isso é normal.

Xx: Olha aqui menina, eu não tenho nada contra você não. Mas não vem falar da minha filha. Não me  importa de nada a porra da tua intenção. Eu sou mãe, quando tu for mãe vai entender.

Tomei um sustão, olhando pra trás vendo os quatro ali parado, com as cara não muito boa.

Grego: Aí. Vamo focar na parada aqui pô.

Ela olhou pra ele e assentiu com a cabeça.

Sofia: Cadê a Clara e a Bianca?

Manuela: Tão brincando ali na frente da casa tia.

Ela e os outros três pau no cu arregalaram o olho e saíram correndo pro lado de fora.

Como eu não sou nem um pouco curioso, fui atrás junto com o resto do povo.

Chegando na rua a Clara tava no chão chorando, a mãe tava do lado dela e os outros três tavam com os olho arregalado.

Mk: Puta que pariu. Eu já tô até vendo. Ela vai mandar comer nosso cu. Escuta só o que eu tô falando. Puta que pariu.

Dg: Qual foi mãe? Por que a Clara tá chorando?

O Diogo se abaixou da lado da Clara.

Clara: Levaram ela papai. A Clara não pode fazer nada. Desculpa a Clara?

Grego: A Clara não tem culpa de nada tá? Os tios aqui vai resolvir isso. Não se preocupa não.

Morte: O que tá acontecendo Sofia?

A mãe olhou pra gente chorando.

Sofia: Levaram ela Freddie. Levaram a Bianca. Eu prometi pra Lua que eu ia cuidar de todo mundo.

Puta que pariu. Minha sobrinha foi sequestrada, esse caralho.

Morte: Quem levou minha neta?

Grego: A gente não sabe.

Eu: Mãe! Tu recebeu a porra de um telefonema e sumiu com esses três. Quando volta, volta querendo saber das duas. O que te falaram na ligação?

Sofia: A ligação não tem nada a ver com isso. Na ligação era a minha amiga que tá com uns problema e eu pedi a ajuda dos meninos nisso. Eu senti um aperto no peito e vim atrás de vocês. Como vocês tavam todos juntos, eu deduzi que podia ser com elas. Tu tá insinuando o que Felipe Mackenzie?

Do jeito que ela contou a história toda, olhando no meu olho, eu me senti mal por achar que ela tava mentindo pra gente.

Eu: Foi mal mãe.

Sofia: Foi mal não. Foi péssimo. Thaz manda os soldado procurar pela Bianca até no inferno.

Entramos pra dentro de casa de novo. Todo mundo nervoso já.

Tem quase um mês que sequestraram o Diogo, o Guilherme e a Lua morreu. Agora sequestraram a Bianca que não tem porra nenhuma a ver com essa história.

Sofia...

Quando o Picasso me ligou, dizendo que escutou eles falando que iam sequestrar uma das meninas. Eu fiquei apavorada sem saber o que fazer.

O pior que a gente não pode nem falar com a Lua sobre isso.

O Picasso falou que hoje, ele não sabe se vai conseguir falar com ela.

Minha menina tem sido muito forte lá dentro. Não consigo nem imaginar o que ela deve tá passando. Quando ela descobrir que a Bibi foi sequestrada, tenho certeza que ela vai ficar transtornada.