• Capítulo 37 •

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Grego...

Eu ainda não tava acreditando que tinha dado essa mancada não pô.

Ser preso?

Nem passava pela minha cabeça quando eu saí de casa.

Eu tava dentro da viatura com mais três gambé.

O único que tava sentado aqui atrás comigo, me olhava o tempo todo.

Parecia até que tinha algo comigo.

Xx: Aí, a Patroa vai ficar sabendo disso, já, já.

Olhei pra ele, sem entender porra nenhuma.

Que Patroa esse maluco tá falando, caralho?

Xx: Eu sou o Ramirez, trabalho pra Harley.

Ele falava tudo sussurando por causa dos outros dois que tavam na frente.

Bem que me falaram que ela tem gente em cada canto do mundo.

Minha mulher é foda pô.

Senti o carro parar.

Olhei pela janela vendo aquele caralho lá na frente.

Ramirez: Por que não estamos na delegacia?

Ele perguntou pros que tavam na frente.

Xx2: Porque ele é um procurado muito valioso pro estado. A delegacia seria invadida na primeira hora por causa dele. Aqui não vão invadir.

Ele e o outro saíram do carro dando risada.

Ramirez: Aí que vocês se enganam. A Patroa vai fazer esse Presídio ficar pequeno quando invadir isso aqui.

A porta do lado que eu tava foi aberta e me puxaram pro lado de fora do carro.

Xx3: Bem vindo a sua nova casa pelos próximos 40 anos.

Esse maluco acha mesmo que eu vou ficar aqui por todo esse tempo?

Fico aqui no máximo dois meses.

Eu não abria minha boca pra nada.

Não sou trouxa nem nada não pô.

Se tu abrir a boca pra falar um oi aqui, tu leva um pau por nada.

Lá dentro da cela é outro bagulho, os cara tem medo de quem tu é, só te peitão se eles tiverem com os amiguinhos, sozinhos não são nada pô.

Não é a primeira vez que eu sou preso, e também não vai ser a última.

O filho da puta começou a me puxar pra dentro desse caralho.

Quero só ver a onde eu vou cair dessa vez.

Nunca dei o azar de cair na mesma cela que inimigo.

Passei por aqueles portões do inferno.

Mandaram eu trocar de roupa e colocar todos os bagulho que eu tava carregando quando caí, dentro de uma bandeja com o meu vulgo.

Eles acham que eu sou burro o suficiente pra dar meu nome assim.

O máximo que eles sabem de mim, é a minha cara e o vulgo.

Nem minha idade esses pau no cu sabe.

Depois ainda tem gente que diz que o trabalho da policia é eficiente.

Tudo palhaçada isso.

Me levaram em direção a cela.

Por todos os corredores que a gente passava, o povo ficava gritando com ódio, tanto pra mim, como pros gambé que tavam me acompanhando.

A Mafiosa e o Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora