Cap. 61 - Revelações chocantes

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O dia amanhecia mais uma vez, mas o sol não iluminava muito bem os céus, por que cobrindo os céus, estava totalmente coberto de nuvens cinzas e chovendo, mas a chuva era algo bem fraco, praticamente algumas minusculas gotas caindo, o Azure acordava e olhava pelo seu despertador e via que era umas 8:35 da manhã, então ele se levanta, pega algumas roupas e se encaminhava ao banheiro, depois de sair do banheiro, ele ia até a cozinha, onde estava totalmente sozinho, já que o Alpine ainda tinha aula, e seus pais saíram para trabalhar.

- Bem, aparentemente eu tenho a casa toda apenas para mim - Azure falava com um sorriso um pouco presunçoso, e se encaminhava até a mesa, onde tinha um pote com um sanduíche dentro.

Azure passava alguns minutos comendo seu sanduíche, enquanto ele passava parte de seu tempo assistindo a um filme de terror que ele pode achar nos canais, mas por um momento, ele pensou:

- Talvez seria melhor visitar o Lex, desde ontem, tô precisando passar um pouco de mais tempo com ele.

Então o Azure desligava a televisão e saia de sua casa e ia até o jardim, e de lá, pulava a cerca que dividia a casa do Azure e do Lex, e entrava pela porta dos fundos, que era uma porta que abria de lado, feita de um vidro fosco, ele entrava na cozinha da casa de seu amigo, e lá não tinha ninguém, ele mesmo caminhava até o quarto do seu amigo, e lá, não tinha ninguém.

- Mas que estranho, o Lex não costuma sair quando o pai dele saia de manhã - O azure falava um pouco baixo.

Mas quando o Azure estava prestes a sair, ele via algo que o chamava atenção, o que parecia ser uma caixa que estava escondida embaixo da cama do Lex, ele retirava aquela caixa, e de inicio, parecia ser uma caixa de sapatos normal, mas ao abrir, tinhas diversos papeis dentro, e a primeira coisa que ele viu que chamou sua atenção, era algumas embalagens do que parecia ser um frasco de antibiótico, ele pegava um desses frascos que dizia escrito "Fluoxetina", de inicio, o Azure não fazia a menor ideia do que esse remédio fazia, então ele pegava seu celular do bolso, e ao encontrar sua resposta, ele levantava suas orelhas, e ficava muito surpreso, aquele medicamento era um antidepressivo.

- Um antidepressivo? Mas porque el...

E foi nesse momento que o Azure pareceu que se tocou de algo, o Lex andava muitas vezes desanimado, entristecido e melancólico, e talvez ele tomasse esses antidepressivos pra tentar se animar ou pra tentar talvez sair de uma depressão ou ansiedade que ele esteja enfrentando, e olhando mais a caixa, ele achava outras duas embalagens de fluoxetina, uma que ainda estava totalmente cheia, e que parecia que nem mesmo foi tocada, e uma outra totalmente vazia, como se ele tivesse já consumido tudo, e então ele decidiu olhar os papeis naquela caixa, e algum daqueles papeis eram relatórios médicos, marcando vários dias diferentes onde ele teve encontros com psicólogos e psiquiatras, alguns fazem um relatório de transtorno depressivo menor e distúrbios de ansiedade.

- Meu Deus do céu amado, o Lex realmente está com depressão, mas por que? Por que ele tinha que esconder isso de seus amigos? - Azure falava praticamente espantado com o tamanhos das revelações que ele estava olhando naquele momento.

Azure olhava melhor a caixa, e vários dos papeis diziam basicamente sobre como poderia ser o tratamento e indicações de remédios, mas olhando melhor, o Azure achava um caderninho, ele pegava e abria, na primeira pagina estava escrito "Alexander Flink" com uma letra bem legível que claramente não era do Lex, mas vendo a próxima pagina, o Azure podia ver claramente o que era a escrita e caligrafia do Lex escrito com uma caneta:

"Meu psicologo me deu esse caderno, ele deve tá achando que eu vou escrever meu sentimentos e tal, mas ele falou que ele queria apenas que eu relatasse aqui, tudo que eu ando sentindo nesse período de introspecção (????), como se contar o que eu sinto pra um caderno fosse adiantar algo"

Azure folheava mais as paginas, e lá, ele achava uma pagina que o interessava:

"Vai se fazer quase 8 anos desde a morte da minha mãe, esse buraco enorme no meu coração ainda continua doendo, essa ferida não quer se fechar por nada, mesmo com o tanto de remédios, amigos e momentos que eu quero passar junto, eu não consigo mais me manter feliz, faz muito tempo que não via meu pai sorrindo, eu costumava a sentir falta do tamanho do sorriso que ele dava"

E do lado, ele colocava uma carinha sorrindo, com uma pequena lagrima, e do lado, tinha uma foto pequena colada, que era uma foto do Lex, e de seus pais, eles pareciam estar se divertindo muito nessa foto, o Azure então sentia um aperto em seu coração, suas orelhas abaixavam, ele se sentia entristecido, pelo tamanho da dor que o seu amigo vivia com ela, e que nada podia animar o mesmo, e depois ele voltava a folhear o caderno:

"Mais uma vez meu pai brigou comigo por eu ter brigado com ele sobre ele ficar bebendo cerveja praticamente a hora toda, ele não sabe o quanto precisamos de dinheiro pra nos manter vivo, mas ele não quer me escutar, eu chorei muito hoje, como deve estar a Jenny?"

O Azure começava a se sentir muito mal lendo tudo aquilo, mas quando ele estava prestes a guardar seu livro, ele olhava uma pagina que estava quase solta, e quando ele abria naquela pagina, o papel se soltava do caderno, o Azure pegava o papel e lia o papel, que estava cheio de garranchos, e ao ver a data, dia 20 de março, que foi ontem:

"Eu acabei de ver o meu melhor amigo de toda a infância beijar na frente dos meus olhos, aquele coelho desgraçado, o Haru tentou me animar me levando pra comer em um postinho de estrada, como se isso fosse adiantar algo, tudo que eu estou sentindo é tristeza, e ódio, aquele coelho vai me pagar, chorei muito depois que cheguei em casa, sair pra cidade foi uma péssima ideia, eu nunca fiquei tão triste antes quanto agora, deve ser essa a hora..."

O Azure começava a chorar naquele momento, ele não fazia o tamanho da ideia do quanto o Lex era tão importante assim a ele, o Azure se ajoelhava em lagrimas, e começava a sentir uma grande dor em seu peito, depois disso, o Azure pegava um dos potes de fluoxetina que estava totalmente vazio, e guardava aquela pagina em seu bolso, mas antes dele mesmo guardar aquela caixa, ele olhava de canto, uma outra foto, que era a foto do aniversario do Azure, onde estava todos os seus amigos, o Azure sentia um aperto maior em seu coração, ele mesmo ficava mal, por não ter notado que seu amigo de infância estava enfrentando esse problema por tanto tempo, mas então dali, o Azure saia da casa do Azure.

O garoto diferenteDonde viven las historias. Descúbrelo ahora