Cap.17

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Cheguei em casa e não tinha ninguém o que não é novidade pra mim, meu celular se conectou a internet e chegou uma tonelada de mensagens resolvi ler apenas as do Ryan e da Sam

A da Sam contava sobre um cara que ela conheceu na festa ontem a noite e acha que vai finalmente desencalhar, Ryan até me assustou com a quantidade de mensagens e uma perguntava aonde eu estava que não respondia nada des das onze, apenas mandei um "oi estou aqui, não se preocupe" para ele e fui ate o meu quarto, nunca estive tão cansada parecia até que tinham me dado uma surra, fechei meu olhos mas os abri logo após sentir mãos geladas no meu pescoço, o rosto estava desfocado mas eu podia ver os cabelos loiros de Mike, soltei um grito alto

"O que foi isso?" meu pai gritou de longe

Olhei para os lados e não havia ninguém, eu estava suando tanto, foi tudo um sonho? Ou melhor pesadelo? Foi o mais real que eu já tive, eu estava ofegante e com falta de ar, minha porta abriu com tudo revelando meu pai

"Filha!" meu pai me abraçou e tocou minha testa "Meu Deus está queimando em febre Loren" ele disse num tom assustado

"Vou pegar um termômetro e a caixa de remédios" ele saiu correndo

"Pai... Não..." protestei mas minha voz saiu fraca, meu pulso estava acelerado, deitei novamente na cama e respirei fundo, olhei para o lado e já eram quatro da tarde, perdi a total noção do tempo, céus

"Aqui" meu pai voltou com uma pilula e um copo d'agua

"Não pai, Derek já me deu remédio se eu tomar outro minha pressão vai bai..."

"Quem é Derek?" meu pai enferruscou a cara, ótimo deixei escapar antes de contar toda a história

"Eu... Preciso contar uma coisa..." engoli seco

"Fala" ele sentou na beirada da cama

"Eu fui sequestrada, ou melhor...quase"

"Como assim? Quando?" ele gritou ficando em pé na cama

"Essa... Noite, madrugada... Não sei bem pai" senti meus olhos marejarem

"Ficou depois do horário que te dei? Onde foi isso? Eu quero que você me conte tudo Loren" podia ver que seus nervos estavam a flor da pele

"Quem foi o canalha?" ele disse num tom quase gritando levando as mãos a cabeça

"Calma pai... Senta aqui por favor você vai ter um infarto ou um avc assim" puxei sua mão levemente e ele se sentou

"Toma" dei o copo de água que ele havia trazido pra mim

"Fala logo" ele respirou fundo após empinar o copo de uma só vez

"Eu fui me encontrar com uma pessoa que eu estou saindo..."

"Você está saindo com alguém sem me avisar?" ele rosnou

"Já sou uma adulta, você vai me deixar contar?" me irritei

"Olha o jeito que fala comigo..." ele bufou

"No caso o Derek"

"Derek? Derek do que?" sua voz saiu trêmula, meu pai é tão ciumento...

"Meu Deus pai! Posso terminar uma frase se quer?" choraminguei "Não sei Derek sei lá o que... E antes que me repreenda se me interromper mais eu juro que paro de contar" falei quando ele abriu a boca pra protestar

"Derek me chamou para irmos ate o Nobu em Malibu e eu aceitei" lancei um olhar irritado pra ele quanto ele resmungou algo "Só que ele se atrasou, muito, então apareceu um tal de Mike"

"Não pode ser..." ele resmungou baixinho mas resolvi ignorar

"Eu sei, eu sei confesso que errei em aceitar a companhia desse cara para jantar mas eu estava chateada pelo Derek supostamente ter me dado um bolo então jantei com ele, cheguei no estacionamento e os pneus do meu carro estavam furados, com certeza foi ele pra ele poder me dar uma carona cuja eu não aceitei, fui ligar pro seguro e meu celular estava fora de área, ele ofereceu seu celular fingiu ter perdido e pediu para eu procurar no banco de trás do carro, ele colocou algo no meu nariz, a última coisa que me lembro foi meu nariz arder..."

"Como se salvou?" os olhos do meu pai estavam raiados de vermelho, ele fica com olhos vermelhos quando briga com alguem ou sente raiva

"Derek... Ele me salvou..." dei um sorriso bobo, meu pai se levantou e deu um soco na mesinha do computador, não quebrou nada mas me assustou

"Me desculpa pai eu fui irresponsável eu sei e..."

"As chaves" ele estendeu a mão, me calei e lhe dei as chaves do meu carro, é justo eu ficar de castigo dessa vez

"Vá tomar um banho, vou dar uma saída e quando voltar veremos isso" ele disse num tom duro alcançando a porta

"Aonde vai?" perguntei sem obter respostas, ele fechou a porta com tudo

Onde será que ele vai? Ele não disse nada sobre o que lhe contei isso está me assustando, será que o decepcionei tanto assim? Isso me lembra quando minha mãe e meu pai brigavam, ela não aguentava tamanha decepção que saia para espairecer, minha mãe morreu quando eu tinha oito anos num acidente de carro, nessa época morávamos da Itália, depois da morte dela meu pai saiu no mesmo dia para Los Angeles comigo, como se estivesse fugindo da dor

Eu queria tanto saber onde meu pai foi...

Bandit loveOnde as histórias ganham vida. Descobre agora