31 - Revanche

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    A semana passou rápido e M.C. resolveu várias coisas em Nova York. Atendeu algumas clientes muito exclusivas e deixou tudo em ordem em seu ateliê. Estava se preparando para voltar quando Nathalie lhe avisou que Chloe Bourgeois queria agendar um horário. Isso vai ser engraçado, pensou. Avisou a Nathalie que poderia marcar para a próxima sexta feira.

   Mari já estava de volta a Paris e a sua mansão. Gorila levou suas malas e ela foi direto para o seu quarto. Não viu Adrien quando chegou e estranhou, mas era melhor assim. Uma semana longe e ela ainda não sabia como se comportaria na presença dele. Chamou Nathalie que lhe passou um relatório de tudo o que acontecera em sua ausência. Adrien passara a semana inteira trancado em seu quarto, nem no seu dia de folga ele saiu. Ele descia nos horários das refeições e voltava para o quarto. Não ia à academia ou à piscina, não andava pela casa ou pelo jardim. Nathalie estava ficando preocupada, alguma coisa não estava bem.

Mari:—Nathalie, diga a ele que M.C. o aguarda no escritório em 30 minutos.

Nathalie:—Sim senhora. 

   Em meia hora Adrien estava lá, na porta do escritório. Gorila o deixou entrar e M.C. estava sentada em sua cadeira, como da outra vez.

M.C.:—Troque de roupa e suba no puff.

   Adrien obedeceu calado. Mari mal conseguia se concentrar, a apatia do rapaz a estava perturbando!

M.C.:—O que há com você? Não consigo desenhar com você assim.

Adrien:—Perdão senhora. O que quer que eu faça? - disse com uma voz inexpressiva

M.C.:—Quero vida, quero algum sentimento dentro de você. Amor, ódio, qualquer coisa...

Adrien:—Perdoe-me, mas já não sinto nada.

M.C.:—Como assim não sente nada?

Adrien:—Não sinto nada. Não tenho um amor, não tenho amigos, não tenho trabalho, não tenho família, não tenho prazer em mais nada. Você não queria um manequim? Uma marionete? Pois cá estou. Faça o que quiser comigo, estou vazio.

   Nesse momento Nathalie entra na sala.

Nathalie:—Perdão senhora, só gostaria de confirmar que a senhora Chloe Bourgeois está agendada para amanhã.

Adrien:—Chloe, aqui? Era só o que me faltava mesmo. Agora meu inferno está completo.

M.C.:—Remarque para sábado, não quero atendê-la amanhã.

Adrien:—Se eu puder pedir um favor, não diga a ela que estou aqui.

M.C.:—Ora, mas ela não é sua esposa?

Adrien:—Na verdade nunca foi. Só não quero vê-la, por favor.

M.C.:—Vou pensar. Agora vista-se, não consigo desenhar com você catatônico desse jeito. Me encontre em 5 minutos na sala de treino.

Adrien:—Sim senhora.

   O comportamento de Adrien já estava deixando Mari irritada. Ela queria fazê-lo sofrer, mas do jeito que ele estava...aquilo não era sofrimento, era anulação. Não era isso que ela queria: ela queria que ele tivesse ódio de M.C. e depois ela se revelaria, mostrando a ele como ela se sentiu quando ele a deixou. Mas nada disso estava acontecendo. Mari então o chamou para a sala de treino para ver se acendia alguma coisa dentro dele.

Adrien:—A senhora quer que eu pegue as manoplas?

M.C.:—Não, quero que pegue as luvas. Venha lutar comigo.

   Mari estava de camiseta e short, e um protetor de cabeça que escondia o seu rosto. Adrien colocou as luvas e foi para o centro da sala.

 Adrien colocou as luvas e foi para o centro da sala

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