Capítulo 29-Festividades

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POV NARRADOR

   O dia estava agitado na residência dos Dreemurs, muitos servos iam e vinham cuidando dos preparativos, cuidando para que tudo estivesse perfeito a noite. Os convidados, gente renomada com conexões com o clã, eram muito bem recepcionados e guiados aos respectivos aposentos. Fora, na cidade, o povo comum erguiam barracas e vendinhas tradicionais, com jogos e petiscos que maravilhava os menos abastados.  

   Havia bastante agitação na cidade o que resultou nos nossos protagonistas não tendo muita interação, afinal eles não poderiam fazer corpo mole enquanto todo mundo trabalha. Somente logo antes do banquete eles tiveram tempo e ainda assim tiveram de usar esse tempo para se arrumarem.

   Chagada a hora do banquete, no começo da noite, os convidados estavam distribuídos em seus assentos, a importância da posição do indivíduo era inversamente proporcional à distância da família Dreemur, quanto mais importante o convidado mais perto deles se sentaria. Para a insatisfação de Frisk, o lugar designado a Sans estava a uma distância considerável da família.

   A introdução ao evento não foi curta, Asgore insistiu em fazer um discurso e sua oratória não era exatamente cativante, muitos dos mais jovens estavam quase pegando no sono. Felizmente Toriel era sensível o bastante para chamar a atenção do marido quando este estava entediando os convidados até a morte.

   Brindes e elogios mais tarde a festa estava no seu auge, os monstros e humanos presentes aproveitando bebida de qualidade enquanto um grupo de músicos os entretiam com um repertório diversificado. A música lembrava Frisk do pequeno fantasma em Atsui, a música dele era bem bonita apesar da timidez do artista.

   Sans estava satisfeito em poder beber do melhor que havia na adega, não era sempre que se podia degustar bebida tão refinada, mas os murmúrios ao redor dele estavam um pouco incômodos.

-Ei, aquele não é o...

-Muito audacioso esse cara, ousando aparecer assim.

-Como podem permitir ele aqui?

-Não confio nesse covarde, traidor do próprio clã.

-Não se pode confiar em traidores.

   Muitos dos presentes dirigiam sua hostilidade para o esqueleto, embora houvessem alguns que já se habituaram a presença dele estes eram minoria. No fim, os cochichos e murmurações foram irritantes demais, Sans se levantou e saiu do salão, agarrando um jarro de saquê no caminho.

   O ocorrido não passou despercebido para a maioria dos Dreemurs e Frisk sentiu seu coração apertar dentro do peito. Asriel tentava aplacar a fúria de Chara, afinal o comediante havia ficado para trás e arriscado a vida por eles, e Toriel lançou um olhar reprovador em direção a Asgore, que ignorara a situação.

-Com licença.-Frisk disse se levantando. Ela se curvou em despedida e também deixou o salão, indo atrás de Sans.

POV Frisk

   Eu andava pela mansão a procura do Sans, mas onde ele poderia estar? Ele não estava no quarto dele e não tem muitos outros lugares aonde ele vai. Hum... talvez no jardim?

   Eu entro no jardim e vejo ele sentado sob a cerejeira, ele parece realmente gostar deste lugar. A visão dele nesse cenário iluminado pela luz pálida da lua é um colírio para os olhos, sinto que posso ter uma hemorragia nasal a qualquer momento.

   Foco Frisk, foco. Eu ando até onde ele está sentado, o jarro de saquê ao seu lado no chão.

-Ei.-Cumprimentei sentando-me ao seu lado. Ele se virou para mim e eu pude perceber a surpresa em sua expressão.

Katanatale Frans AUOnde histórias criam vida. Descubra agora