{Vampire Verse} O Vampiro De Notre Dame {Concluída}

🎨Cap 40🍷

No palácio de Fallacy estava treinando Encre e seus poderes, tudo estava indo bem. Encre conseguia controlar bem seus poderes, e sua sede por sangue aos poucos estava se esgotando e Fallacy estava conseguindo substituir o sangue por vinho. E por não serem tão afetados pelo álcool isso serviria bem.

Naquela manhã, o pintor acordou e começou a andar pelos corredores até encontrar Fallacy observando uma pintura que antes nunca tinha sido notada. Nela estava ilustrado Jasper, Fallacy e sua falecida esposa.
—Bonjour..
[Bom dia]
Diz o pintor observando a pintura intrigado.
—Oh! Está acordado.
—Sim, essa é...
—Sim, essa era a mãe de Jasper.
Ele olha Fallacy e percebe que o mesmo está hipnotizado pela pintura. Ele aperta o punho e com a outra mão segura seu braço.
—Ela era bem bonita, não?
—Sim...
—Não quer comer alguma coisa?
—Pode descer primeiro.
O pintor apenas aceita e desce as escadas indo para a sala de jantar.
“Ele tem o direito de observar uma pintura, não é tão sério assim. Não deixe a raiva te controlar agora”
Quando ele chegue no andar debaixo ele vê pela janela que o tempo estava se fechando aos poucos, aquela noite choveria bastante.
Ele se dirige a mesa e enche sua taça de vinho.
Alguns minutos depois Fallacy chega.
—Me perdoe pelo atraso.
—Está tudo bem. Podemos começar com os estudos primeiro? Não estou querendo ir para a prática primeiro hoje.
—Está bem, começaremos com os estudos.
Ele diz se aproximando para beijar a testa do pintor.

Na biblioteca, Fallacy deixava Encre estudar de forma independente com apenas a restrição de ele se manter nos livros de história vampírica. Encre decidiu estudar um pouco mais sobre a história de Fallacy. Queria saber sobre seu passado com Mareena, sua falecida esposa.
Descobriu que além de suas cartas, Fallacy também era bastante agressivo sobre qualquer rumor sobre os dois, e principalmente sobre ele! Já que o povo não ficaria calado sobre as mulheres que era  "cortejada" pelo rapaz. O rumor mais conhecido foi o de que ele traia a mulher com sua própria irmã e que ele pagava para o marido da mesma não revelar nada. Ele respondeu ao rumor escrevendo uma carta de puro ódio e argumentos. Ele nunca faria isso com a pessoa que ele amava, muito menos pagaria por algo do tipo.

“Eu nunca aruinaria meu legado por tão pouco. Nunca faria isso com a única pessoa que conquistou realmente meu coração, nunca pagaria para fazer algo do tipo. Não reflitam suas realidades sobre a minha vida, a culpa não é minha se não estão satisfeitos com o que tem. As mulheres que foram cortejadas por mim antigamente eram apenas algo para esconder que estávamos juntos, mas ej não guardarei meu segredo. Meu legado e meu coração pertencem a Mareena e a ninguém mais”

Quando leu esta parte da carta de resposta Encre deixou suas lágrimas de raiva e tristeza saírem, seus olhos estavam vermelhos.
—Agora não...
Ele respira fundo, então sente Fallacy o abraçando por trás.
—Vamos para a prática?-ele não recebe resposta e encara Encre por uns minutos-Por que está chorando?
—Nada...
Ele fecha o livro e o guarda na prateleira.
—Vamos a prática...

É uma luta corpo a corpo, o objetivo é treinar a habilidade dele em versão demoníaca ou não. Ele tem que aprender a lutar se for ajudar na guerra, e nesse momento ele deixa sua raiva tomar conta e já começa avançando em sua versão demoníaca completamente maravilhosa. Suas asas brancas, assim como seu corpo, eram tatuadas e seus olhos mudavam de cor dependendo de suas emoções, eles estavam vermelhos com detalhes em laranja.
Ele avança em Fallacy que consegue desviar por muito pouco, mas acaba com uma parte de sua roupa rasgada.
—Hoje você está irritado...
—Percebeu agora?
Encre pergunta demonstrando sua raiva.
—O que você leu?
—Não te interessa!
Ele avança novamente com as garras. Fallacy consegue novamente escapar impune, mas com um pequeno arranhado no rosto.
—Diga agora, se não eu não vou ser bonzinho mais com você.
—Otimo! Quero que você não tenha piedade, assim como muitos não terão!
Ele analisa o pintor por alguns segundos e percebe os detalhes de seus olhos mudando para um azul profundo.
—Foi algo sobre mim?
—ME ATACA LOGO!
Fallacy suspira deixando suas asas expostas e seus olhos vermelhos brilham.
—Como quiser...
Ele da de ombros e o ataca com as garras. Encre consegue escapar voando e em seguida chuta as costas do vampiro e coloca o pé em cima dele.
—Você nem está tentando!
Fallacy pega no calcanhar do mesmo e o joga no chão. Ele prensa as pernas do menos com as suas e segura seus pulsos.
—Me diga o que você leu! Você normalmente não é tão agressivo...
Encre cospe no rosto do maior.
—Seu legado e seu coração pertencem a uma pessoa morta! Então me solte!
Fallacy surpreso apenas o solta.
—Você...
—Sim, eu li tudo sobre Mareena e você!-Ele se levanta respirando fundo e voltando a sua forma normal-Chega de prática.
Fallacy estava em estado de choque. Há anos ele não se lembrava do que tinha dito naquela carta respondendo aqueles estúpidos rumores.
—Encre...
—Vou dormir em outro quarto essa noite, amanhã podemos continuar.
Ele entra no palácio e Fallacy corre atrás do mesmo desesperado.
—Aquela carta foi escrita a muito tempo e...
—Eu vejo como você olha para ela nas pinturas, você queria estar com ela não?
—Claro que não. Antes ela fazia falta, mas...
—Sem "mas",-ele se vira para o vampiro em frente a escadaria-você mesmo escreveu que não amaria mais ninguém.
—Eu era jovem e ingênuo, eu não sou mais aquela pessoa e Mareena está morta!
—Então por que guarda as cartas dela? Por que você ainda fica hipnotizado ao ver ela em uma pintura?
—Deixo uma pintura dela aqui apenas para Jasper não achar que eu não me importo.
—A pintura é aceitável, mas me dê apenas um motivo para as cartas.-Fallacy se cala, ele não tem motivos para ele manter as cartas-Você ainda a ama não?
—Ela está morta, e não eu não a amo mais.
—Então me prove!
Ele rapidamente sobe as escadas até o quarto dos dois, e pega as cartas no lugar que tinha escondido antes.
—Você as encontrou mesmo, não?
Ele pega uma lamparina que estava na escrivaninha e a ascende. Em seguida abre a mesma e pega uma das cartas.
—Se eu as queimar na sua frente, o que vai fazer?
—Nada.
Ele queima a primeira carta, a segunda e por ai vai. Fallacy assistia tudo da porta, enquanto Encre estava surpreso e angustiado. Quando chega nas últimas cartas ele se aproxima de Fallacy de cabeça baixa até segurar a camiseta do mesmo e o encarar enraivecido e choroso.
—Reaja, faça alguma coisa! Você não a ama?
—Não mais, eu estou bem com isso. Seguir em frente depois de tanto tempo não é ruim, principalmente com você ao meu lado.
Ele passa a mão no rosto do menor que começa a chorar.
—Eu...-o nó em sua garganta é aparente-Me desculpe...
Encre agora abraça Fallacy chorando, ele se sentia culpado por estar com ciúmes de um passado que para Fallacy já tinha superado.
—Mon amour...-Fallacy chamava por Encre, mas não tinha nada, então apenas o levou no colo até a cama-Está tudo bem, eu iria queimar elas mais cedo ou mais tarde...
[Meu amor...]
—Me perdoe eu só...
Fallacy seca as lágrimas do pintor.
—Não se preocupe, eu tinha que me livrar disso mesmo. Foram bons tempos,-ele pega uma das cartas que sobraram-mas agora, é a nossa vez.-Ele queima a carta que está em suas mãos-E não adianta ficar enraivecido por essas coisas, converse comigo na próxima ao invés desse show.
Encre da risada e seca suas últimas lágrimas.
—Certo... Pode ficar com essas últimas cartas, agora eu não vou me importar tanto.
—Sabe o quarto que você entrou para achar isso? É basicamente meu quarto do lixo, eu nunca tive tempo pra jogar tudo aquilo fora. Você me fez um favor na verdade.
—Eu ainda me sinto mal...
Fallacy junta suas testas.
—Ne vous sentez pas mal à ce sujet...
[Não se sinta mal por isso...]
—Droite
[Certo]
Eles se entreolham e em seguida se beijam.
De longe o fantasma de Mareena observava o marido junto com seu novo amado, ela finalmente poderia realmente partir, ela apenas estava esperando poder ver seu marido a esquecer completamente e seguir em frente.
—Je suis contente que tu m'as laissé partir, je te regarderai toujours pour assurer ton bonheur mon amour.
[Estou feliz por você ter me deixado ir, ainda te observarei para garantir sua felicidade meu amor...]
Mareena estava feliz pelo marido, e mais feliz por saber que Jasper também tinha encontrado seu verdadeiro amor.