Jacally/Calipce

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O piso negro do Ministério refletia seu reflexo enquanto executava as passadas largas e apressadas em direção a sala principal de reunião dos aurores de alta patente, onde discutiam planos e estratégias para capturar bruxos das trevas e fazer com que o Mundo Mágico ficasse mais seguro.

Estava, como o costume, uniformizado o que não era obrigatório pois não se encontrava em ação, todavia sempre gostou de trajar as vestes formais. A blusa de couro marrom que por dentro era revestido de couraça de dragão para retardar feitiços estava no tamanho certo, a capa arrastava-se até o fim de suas botas grossas e o cinto completamente equipado com as amostras de poções que deveriam sempre ter em campo.

Ainda era cedo, porém sempre gostava de chegar antes de todos para revisar os planos sozinho e também pensar em alguma contribuição que poderia fazer à causa.

Ficou surpreso quando as portas se abriram revelando uma presença na sala.

— Harry — cumprimentou.

Seu chefe abriu um sorriso.

— Sempre o primeiro, Jace — elogiou fechando a pasta que lia e a arrastando para suas mãos enquanto levantava.

Os dois se cumprimentaram com um aperto de mãos.

Não passou despercebido para Brousnton que o auror escondeu os detalhes do caso atrás das costas para que não lesse o nome na ficha.

Considerou a atitude estranha pois sua patente era alta o bastante para obter aquele tipo de informação e já que era ocultada então queria dizer que tais dados jamais passaram ou passariam na frente dos seus olhos.

O que esconde, Potter?, questionou em mente.

Antes que qualquer um falasse novamente uma terceira pessoa ocupou a sala.

— Harry, desculpe o atraso, mas Rose está doente hoje e Hermione fica zumbindo no meu ouvido a cada minuto para que eu dê a quantidade certa de poção pois não sou capaz o suficiente para isso, enfim... — Rony ultrapassou rapidamente a passagem, com dois copos cheios em mãos preocupado demais em não derramar o conteúdo para erguer os olhos. — Podemos voltar ao caso de... Ah, Jace, você está aí — piscou surpreso temendo ter revelado demais.

Imediatamente obteve compreensão.

Nos protocolos só havia um motivo para que certa investigação não fosse informada a algum auror: envolvimento pessoal. Alguém próximo sendo sondado ou alguma situação relacionada de uma pessoa de seu convívio.

Rezou para que Theodore não tenha cometido nenhuma indiscrição.

Harry suspirou fundo, perspicaz demais para notar o que Brousnton havia adivinhado.

— Escute, Jace — tocou no ombro do bruxo. — Não posso discutir detalhes, mas não fique com raiva e nem preocupado, estamos extraindo e checando cada informação antes que possamos considerar qualquer fato e...

Ele, achando desnecessário, o interrompeu:

— Faça seu trabalho, Potter, que eu farei o meu.

Harry abriu um sorriso. A maioria de seus homens não levaria numa boa, mas a integridade de Jace era limpa. Nada temia a seu respeito e também não podia controlar a moralidade de seus conhecidos, cada um fazia conforme as consequências dos próprios atos.

— Sobre a investigação de Isadora le Fay — resolveu impor o assunto que seria pautado na reunião. — Minhas fontes informaram que não é um boato ela estar sobre o solo britânico — entregou os documentos a Harry. — Depois de fugir da prisão na França e matar quatro aurores consegui a prova de que veio clandestinamente para cá, o local mais provável de estar é na Borgin e Burkes onde procura o cajado de Morgana le Fay, sua ancestral.

M a r r i e dWhere stories live. Discover now