13 - O amor deixa marcas

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🎶 Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento

Não é coisa de momento, raiva passageira Mania que dá e passa, feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá pra apagar 🎶
Espumas Ao Vento - Fagner

Não é coisa de momento, raiva passageira Mania que dá e passa, feito brincadeira O amor deixa marcas que não dá pra apagar 🎶Espumas Ao Vento - Fagner

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***
Victoria observou a chave diante da porta do apartamento de Luiz ainda vacilante. Toda mulher fica ansiosa antes de um encontro com um homem a quem ama, mas, no caso dela, haviam ainda muitas, muitas coisas que completavam aquele lio incompreensível.

O fato de que o namorado de sua amiga tenha dito que Heriberto queria esclarecer coisas com ela lhe deixou trêmula e preocupada, mas a ideia de estar com Heriberto depois daquela manhã tão intensa vivida no dia anterior fazia com que aquela ansiedade tivesse contornos ainda mais avassaladores em seu coração impetuoso.

Quando ela abriu a porta, com o coração na boca, sentiu algo parecido com um calafrio percorrer seu corpo ao encontrar com os olhos de Heriberto que estava sentado na mesa do outro lado da sala. A mesa estava arrumada para que ambos almoçassem e quase fazia com que ela voltasse naquele tempo em que ele preparava um peixe grelhado e uma salada em seu flat para que comessem juntos depois de estarem exaustos de tanto amar.

— Bem-vinda! — Ele exclamou voltando a seduzi-la com seu sorriso vigorosamente encantador. — Obrigado por aceitar meu convite.

— Devo confessar que hesitei. — Ela disse sem usar de nenhum ardil. — Mas, Luiz me disse que você queria esclarecer as coisas comigo e... nós nunca tivemos oportunidade de falar sobre o que aconteceu, eu tinha que vir.

— Sente-se. — Convidou. — Eu comprei comida naquele restaurante que costumávamos ir. Não queria me arriscar a não acertar o que você gostava.

Ela deu alguns passos e observou a mesa que tinha aquela modéstia sofisticada que Heriberto sabia que a encantava. Sobre ela, em embalagens de bom gosto, um risoto de limão siciliano e um salmão grelhado que ele começou a servir acompanhado de um suave vinho rose.

A mesa era pequena e simples e estava forrada com uma singela toalha branca. Aliás, singelo era uma boa palavra para definir o apartamento de Luiz. O ambiente não tinha nenhum requinte, a decoração se resumia à alguns quadros discretos e algumas plantas que deixavam a sala mais acolhedora.

Honestamente, desde que redescobrira aquela paixão por Heriberto, Victoria até preferia a simplicidade àquela opulência de seu mundo que há muito a sufocava. E muito mais agora que ia ser novamente mãe. Mãe de um filho dele. E, neste caso, era a verdade oculta que a sufocava.

— Obrigada. Está tudo perfeito. — Ela agradeceu, sentando-se.

— Em um tempinho o vinho vai estar no ponto, acabei de colocar no gelo. — Explicou ele. — Você quer que eu já te sirva?

A mesma sensaçãoWhere stories live. Discover now