Depois de, em um curto período viverem intensamente um grande amor, a sonhada felicidade que viria com o casamento se tornou um pesadelo para Heriberto e Victoria. Ela está às voltas com a justiça enfrentando um processo movido por sua filha Fernand...
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*** Heriberto ajeitou os óculos e se sentou na mesa preparada por Bernarda induzindo-a a fazer o mesmo. Sua atitude não só era inesperada como também fazia com que a megera tivesse que pensar muito rápido. Ela não estava acostumada a ter seus planos questionados e, muito menos por Heriberto a quem tinha lhe resultado fácil manipular desde que ela descobrira seu ponto fraco.
— Você não quer me fazer te lembrar todas as razões pelas quais isso que você está dizendo é muito perigoso, não quer Heriberto? — Indagou ela ainda não completamente recuperada do impacto de suas palavras.
— Faça o que achar melhor! — Exclamou ele com desdém. — Eu cheguei no meu limite. Esta casa, esta vida, você e suas exigências... Bernarda você tem noção de tudo que você me fez?
— Parece que você é que não tem noção de que nada disso é nada perto do que eu ainda posso fazer! — Ameaçou ela procurando controlar-se.
— Sinceramente, nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia. — Heriberto afirmou com propriedade. — Hoje eu vou embora dessa casa e você não vai poder me impedir.
— Ah não? — Ela o desafiou. — Você sabe que com um telefonema eu posso acabar com a vida da pessoa que mais te importa no mundo, ou você se esqueceu? — Ele a olhou cheio de ódio. — Esqueceu-se também que Victoria só está livre por causa do meu depoimento? Porque eu contei à polícia que ela estava comigo e com você na sede da Casa Victoria naquela manhã? Que eu posso mudar isso a qualquer momento?
— Como eu posso me esquecer se você me lembra disso todos os dias? Se essa é a maldita razão para esse casamento? Se você tudo o que faz há três meses é me chantagear para me obrigar a me casar, a viver a agora até a transar com você? — Gritou acomodando-se bem de frente para ela.
— Então quer dizer que você espera que eu pegue mais leve? Que minhas exigências têm incomodado você? Heriberto, sou eu quem dá as cartas aqui e você... você é meu! — Exclamou.
— Isso é o que suas chantagens te fazem acreditar, mas eu tenho vontade própria e minha vontade é ir embora daqui e não voltar a te ver nunca mais. — Tentou falar com o máximo de clareza.
— Pois prepare-se! — Ameaçou desabotoando um dos feches de sua lingerie deixando parte dos seios à mostra. — Ou você me faz alucinar de prazer agora mesmo aqui nessa cama ou eu acabo com o que resta da sua vida e da de Victoria. Eu vou destruir sua carreira, roubar a empresa daquela vagabunda e, escute bem, Heriberto, também vou matá-la! Se você não me foder com tudo se prepare para chorar a morte de sua amada Victoria, mas não sem antes eu arruinar por completo tudo o que resta da vida medíocre daquela mulher. — Aproximou-se dele tentando forçá-lo a beijá-la, mas ele se esquivou. — Você quer pagar para ver?
