Meu amor das Estrelas | Minimoni (Minjoon)

🌠 • Eu prometo que sempre vou te observar.

E enfim chegamos no último capítulo. Gostaria de agradecer as pessoas que tiraram um tempinho para dar amor para essa fic. Peço desculpas se deixem a desejar em algum momento. Espero vê-los em breve com novos projetos.
   
                         Até mais e boa leitura. 🤍🤍

                                           🌠

Por meses a nossa rotina se baseava naqueles pequenos jantares seguidos de momentos de amor entre nós dois. Nesse meio tempo Jimin havia me pedido em namoro, e isso não poderia ter acontecido de uma forma melhor. Ele me levou até o ponto exato do parque onde havíamos nos visto pela primeira vez, e com dois cordões em mãos fez o pedido, com o maior sorriso que eu já tinha visto.

— Desde que eu vim para cá você só me mostrou o melhor lado da vida, coisas na qual eu nunca tinha parado pra pensar ou cogitar pensar, então não faz sentido eu não querer viver ao lado de quem me proporcionou os melhores meses da minha existência. Então... você aceita namorar comigo?

Se passaram um, dois, três minutos e eu permaneci ali, parado feito um poste com a boca entreaberta e piscando sem parar. Mas transformei minhas palavras em ações quando inclinei meu copo para a frente e o abracei, sentindo a temperatura amena do seu corpo em meus braços, sorrindo.

Hoje em dia acredito que não demonstre tanto os meus sentimentos com ações como fazia naquela época, mas ainda sinto meu peito aquecer ao lembrar dos nossos momentos juntos. Até mesmo quando lembro do dia que ele precisou partir. Estávamos no final de um um dos nossos jantares quando ele começou a falar. Ou ao menos tentar.

— Eu vou entender se você não quiser mais estar comigo... afinal o que eu estou te pedindo não é justo. Eu só...

Jimin parou de falar quando as lágrimas começaram a resvalar pelo seu rosto, e um soluço alto ecoou pela minha sala pequena. Eu também senti muita vontade de chorar nesse dia, mas me mantive firme para que ele soubesse que eu estava ali para apoiá-lo. Então eu o abracei forte, deixando um beijo em seu ombro.

— Eu aceitaria te esperar por um ano, vinte, ou até pela vida inteira. Você é o meu amor e vou sempre esperar por você, onde quer que você vá. Pois eu te amo.

— Eu também amo você, meu menino.

Ele sorriu e se afastou um pouco do meu abraço, para tomar meu rosto em suas mãos e beijar minha testa, para só então beijar os meus lábios. Não foi um beijo muito aprofundado, foi apenas um selar demorado, mas repleto de sentimento e de medo. Medo de perder o grande amor da minha vida para algo que eu nem sequer conhecia.

Tivemos a nossa primeira noite de amor depois daquela conversa, e eu nunca tinha me sentido tão feliz e amado como naquele momento. Dormimos abraçados, aproveitando o calor e a companhia do outro. No meio da madrugada ele me acordou dizendo que havia chegado a hora, infelizmente.

— Pode me prometer uma coisa? - Jimin se virou para mim assim que chegamos em minha varanda, onde segurou minhas duas mãos.

— Posso prometer que vou te ligar sim.

Ele riu da minha tentativa de soltar uma piada para tentar quebrar o clima triste e doloroso em que nos encontrávamos. Durante algumas noites pude sonhar com a sua risada, desde o tom até os seus olhinhos fechados. Apesar de não acontecer com tanta frequência nos anos de hoje, ela ainda se faz presente quando fecho meus olhos ou quando tenho um dia difícil.

— Me prometa que você vai ficar bem. E que nunca vai deixar de me observar, como sempre fazia no parque.

— Eu prometo que sempre vou te observar. Mas... como vou saber quando você vai voltar?

Ele sorriu pequeno e beijou as minhas mãos e logo depois a minha testa, passando os dedos gélidos pela pedra cristalina no meu cordão.

— Você saberá, meu amor. Prometo que vou voltar para você. Agora feche seus olhos.

E assim o fiz. Respirei fundo e deixei com que minhas pálpebras se pesassem sobre meus olhos, sentindo a brisa acariciar meu rosto úmido pelo choro que logo começará a escapar. Não tive coragem de abrir meus olhos por longos minutos, até perceber que ele tinha mesmo ido embora.

No início passei alguns dias chorando antes de dormir, mas como prometido sempre ia até a varanda para observá-lo. Daquela época até agora, sempre que me esticava até a varanda para olhar o céu, parecia que as estrelas estavam cada vez mais brilhantes. Era como se ele soubesse a forma certa de me confortar, mesmo estando tão longe.

Hoje eu as observaria de um ângulo diferente. Por volta da madrugada de uma quinta, não me lembro bem do horário exato, coloquei uma roupa fresca e ajeitei os meus óculos, antes de sair de casa e me dirigir até o parque. A cada passo que eu dava meu coração acelerava mais e minha ansiedade aumentava. Não demorei até que chegasse no banco tão conhecido por mim, logo me sentando e encarando o céu sorrindo.

Mesmo depois de quase vinte e três anos ainda me lembrava perfeitamente da estrela cadente que vi rasgando o céu noite a fora, com o seu azul brilhante roubando toda a atenção para si. Isso me fez querer chorar de saudade, mas como havia prometido para ele eu seria feliz. E naquele exato momento eu não poderia estar de outra forma. Do mesmo jeito que aconteceu no dia que nos conhecemos, Jimin veio como uma gigantesca luz azul celeste, descendo sobre o céu e pousando na grama alguns metros a minha frente. Sorrindo e segurando o choro de alegria me levantei, começando a caminhar em sua direção. Ele estava da mesma forma, apenas um pouco mais velho, assim como eu, mas seu sorriso apaixonante e acolhedor continuava o mesmo.

— Eu não disse que voltaria para você?