Dormente amor

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Homenageando o primeiro "claro que sim, otários",
que marca minha cabeça até hoje.
Eu rio tentando te compreender, enquanto
teu sentido entendo e mesmo assim tanto me foge.

O ódio que morava em tudo que me disseram,
agora posso finalmente deixar fluir.
E sinceramente amo como
essa caralha me lembra tai chi.

Passei muito tempo em
rolês que não eram meus.
E agora as palavras sei respeitar,
quando explicam mais dos seus.

Naquele dia no colégio deixei a todos expressar,
aquilo que os adultos me ensinaram a citar.
Mas como se energias fossem, aquilo que deixei instaurar,
aprendi a jogar ao universo todas as frases de fases que em mim não podem mais morar.

Posso com facilidade
respeitar o que me tornei.
Mas não consigo não admirar
tudo o que em ódio me joguei.

Aulas de inglês, Alemão, programação e tudo
mais que pude tentar aprender.
No fim, em meu ódio
consegui me surpreender.

A criança travessa cativada
pelo caos estava a se rebelar.
Mesmo que mais uma surra
de mamãe fosse tomar.

Isso é o que "forei".
Perdido nas gargalhadas do caos, amando a ordem que podia seguir,
mas sem nunca com a vida real conseguir me iludir.

Eu amo o que nunca fui, amo poder viver o que
nunca serei e amarei tudo aquilo que esquecerei.
Entendi a amar o destino, mas ele não consegue
reverberar como a risada do caos de quais flertei. 

Verão DestoanteWhere stories live. Discover now