Capítulo 21 - fora uma foda e tanto

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 Respira Jennifer. Não tem porque você ficar nervosa com isso. É só o seu chefe vindo na sua casa para uma festa, nada demais. É só o chefe que te comeu no elevador. Aquilo era motivo para surtar!

Eu não deveria ter mandado aquela mensagem, não deveria mesmo. Ele deve estar me achando uma aproveitadora. Transei com ele no elevador e agora quero me aproveitar disso. Eu sou uma idiota.

Taquei o celular na cama o mais longe possível de mim e dei um pequeno grito estérico. Só uma pessoa poderia me fazer esquecer daquilo, R.

Voltei a pegar meu celular e mandei uma mensagem para ele.

"Vivo?"

A respostas veio mais rápido do que eu esperava.

"E infelizmente ocupado"

Fiz um bico teimoso involuntário com a boca.

"Está me dispensando? Magoei"

"Se eu pudesse iria aí arrancar sua roupa nesse exato minuto"

Mordi o lábio com a ideia provavelmente muito estúpida que me veio a mente. Levantei da cama e tirei a camiseta e a calça que estava vestindo, ficando apenas com minha lingerie branca de renda que mal tapava meu corpo. Fora uma boa escolha afinal de contas.

Voltei a sentar na cama e fiquei virada para o espelho que tinha pendurado na parede. Me ajeitei em uma posição que valorizasse minhas curvas e tirei uma foto com o celular, em seguida a mandando para R com uma mensagem.

"Tá falando dessa roupa?"

"Você só pode estar querendo me matar

Me deixou duro durante uma reunião importante" — ele respondeu de imediato.

Por algum motivo, consegui imaginar R abrindo minha mensagem na maior inocência e se deparando com aquela foto. Até conseguia vê-lo esconder rápido o celular. Pensar naquilo me fez rir.

"Ninguém mandou me dar um fora"

Eu gostava de brincar com R, era divertido e excitante. Poderia ficar o dia inteiro fazendo aquilo.

"Se continuar me provocando vou te dar o troco quando voltar para poa"

Então ele estava fora da cidade, interessante.

As vezes me questionava sobre como era a vida de R. Com o que ele trabalhava, quem era a família dele, qual era o seu real nome. Eu queria realmente conhecê-lo, não entendia porque ele se escondia de mim. O que de ruim poderia acontecer se eu descobrisse sua identidade?

"Estarei esperando"

Mandei antes de bloquear o celular e largá-lo na cômoda ao lado de minha cama.

Consegui dormir um pouco sem pensar na besteira de convidar meu chefe para uma festa em minha casa, mas a verdade é que sexta eu teria de encará-lo, e eu não fazia ideia do que poderia acontecer. Será que ele só aceitou por educação? Ou pretende continuar os acontecimentos do elevador? Vai ver ele nem aparece no dia e eu estou fazendo drama à toa.

A verdade era que eu queria que ele aparecesse, mas também tinha medo que isso acontecesse, pois não saberia o que fazer. Vê-lo no ambiente de trabalho é totalmente diferente de encontrá-lo em uma festa, ainda mais na minha casa. E depois do que aconteceu no elevador, comecei a sentir coisas estranhas quando pensava nele.

Maldito CEO!

Por que eu fui ficar presa com ele no elevador? Por que o acompanhei no evento de caridade? Por que eu sequer consegui um estágio na empresa dele? O destino devia me odiar, era a única explicação. Desde quando eu tinha medo de encontrar alguém? Logo eu, Jennifer Alves, a desinibição em pessoa.

Maldito CEOWhere stories live. Discover now