bitter ✩ corbyn besson.

Amigas e segredos.

Cameron.

— O que é isso no seu pescoço? – Jack perguntou enquanto comia uma batatinha frita. Bridget encarou mas não conseguiu enxergar nada.

— Eu não tô vendo nada. – Reneé puxou o meu cabelo para trás e começou a olhar meu pescoço de perto.

— Eu e meu pescoço agradeceríamos se pudéssemos almoçar em paz. – disse, afastando a mão de Reneé de perto de mim.

— Eu quero uma namorada. – Jonah resmungou vendo Zach e Reneé cochichando e rindo juntos, presos no mundinho deles.

— Tem a Bridget. – Jack apontou com a cabeça.

— Não, não tem a Bridget. – Daniel resmungou fraco e eu arregalei os olhos.

— O que... – franzi a testa e olhei para Bridget, que agora estava roxa de vergonha. — Sua sem vergonha, você transou com ele e não me contou!

— CAMERON! – Bridget soltou e eu coloquei as mãos na boca. Daniel estava vermelho igual um tomate, acabei ficando com pena.

— Gente pelo amor de Deus, olha a baixaria... – Corbyn chegou na mesa com sua bandeja. O único lugar vago era o ao meu lado, no canto. Respirei fundo e baixei o olhar para meu hambúrguer.

— Temos vinte e poucos anos e estamos almoçando no John's igual adolescentes. É por isso que eu não arranjo uma namorada. – Jonah resmungou e comeu uma batatinha.

— Tecnicamente, o Zach tem 19. – Daniel disse.

— Obrigado, Daniel, se você não falasse, eu não saberia minha idade. – Zach sorriu irônico e Reneé fez carinho no cabelo dele.

Jack, Bridget, Daniel e Jonah estavam conversando e Reneé e Zach presos em seu mundinho de amor.

— Como você está? – Corbyn puxou assunto comigo. — Digo, como foi sua manhã? – ele sorriu, irônico.

— Normal. – dei de ombros e continuei mexendo em meu celular.

— O que foi normal? – Reneé perguntou, se intrometendo no assunto.

— A minha manhã. Foi normal. – falei e suspirei.

— Ah, a minha manhã foi super divertida. – Corbyn disse sorrindo.

Eu ia dar um murro na cara dele.

— Por que? – Zach perguntou, curioso.

— Ah, você sabe. Fiz alguns exercícios logo que acordei. Isso ajudou muito a começar minha manhã.

A mão de Corbyn estava por baixo da mesa, posicionada em minha coxa. Seus dedos acariciavam a mesma com calma, como se nada tivesse acontecendo.

— Cameron? – Bridget me olhou, preocupada. — Você tá vermelha. Tá tudo bem?

— Ahn... é... tá sim. – respirei fundo e senti a mão de Corbyn em minha calcinha. — Eu preciso ir ao banheiro. – falei, me levantando rápido e saindo dali.

— Gente... que? – Bridget levantou e me seguiu até o banheiro.

Apoiei os braços na pia e fiquei me encarando no espelho por alguns segundos.

— Ou você me fala o que tá acontecendo ou acabou nossa amizade. – Ela cruzou os braços em minha frente.

— Nada... não tá acontecendo nada. – liguei a torneira e passei um pouco de água na minha nuca. — Eu só... só tô com calor. Acho que vou pegar gripe, sei lá.

— E por acaso essa gripe se chama Corbyn? Olha Cameron, eu vou falar isso como sua amiga, eu acho que você devia desistir dele porque ele tá namo...

— Eu transei com ele. Duas vezes. – falei e respirei fundo. Parecia como soltar um peso das minhas costas.

— QUE? – Bridget gritou. — Você sabe o quão errado isso é? Puta que pariu Cameron!

— Sim, eu sei. E é exatamente por isso que você vai ficar quieta e não vai falar nada pra ninguém. Não vai acontecer mais, eu te juro.

— Você sabe que vai acontecer. Você sabe que isso vai dar uma merda enorme e vocês dois vão sair machucados. – ela disse e eu abaixei a cabeça. — Mas eu vou estar aqui. Sempre. Não esconda de mim, nunca mais. – Bridget me puxou para um abraço.

Por mais durona e mandona que ela fosse, eu a amava muito. E com certeza ela estava certa. Isso ia causar um problema enorme.