•Gostosin, pô•

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G A B R I E L A

Enfim, a gente não dormiu. Varamos até o amanhecer e foi lindo ver o sol nascendo. Eu e a Gio como sempre nos emocionamos. Esses momentos sempre lembravam a nossa mãe.
Estava me segurando pra não chorar, mas a Gio veio me abraçar com os olhos embargados.

— Eu queria que ela tivesse aqui. — Despejei tudo que eu tava guardando. Não me importei de chorar rios na frente de todo mundo.

— Eu também queria. Mas ela tá feliz por você, aonde quer que esteja! — Ela disse e eu assenti abraçando forte a minha irmã.

Ficamos ali até meu choro passar e restar somente o soluço e a gratidão. Gio foi pegar alguma coisa pra gente comer e eu aproveitei pra fazer uma publicação em homenagem minha mãe.

 Gio foi pegar alguma coisa pra gente comer e eu aproveitei pra fazer uma publicação em homenagem minha mãe

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gabigalvani há cinco anos atrás eu era uma menina com sonhos malucos. Metas inalcançáveis. Cheia de esperança. E eu tinha você.
Foi a nossa última foto juntas, mas as memórias ainda estão dentro de mim mãezinha! Hoje eu estou realizando mais um ano de vida, com a certeza de que vou ser uma boa mulher. Tive a melhor professora!
Obrigada por ter sido o alicerce pra eu me tornar o que sou hoje. Espero um dia ser o mínimo do que você foi❤️

Limpei as lágrimas e guardei o celular de novo. Lennon sentou do meu lado sorridente.

— Ela tá orgulhosa!

Era tão bom encontrar alguém que eu não preciso explicar tudo a todo momento. Lennon me entendia só de me olhar. Ele compreendia cada gesto ou palavra. Era incrível ter ele comigo.

Me inclinei pra frente e beijei ele lentamente. Nunca perde a graça!

— Eu nunca disse isso, mas eu te admiro tanto por ser forte nessas horas. Se fosse comigo eu estaria de mal com o mundo! Você leva isso com tanta leveza. Tenho inveja, tá ligada? — Lennon colocou uma mexa atrás da minha orelha.

— Não é fácil, mas é por ela. Minha mãe sempre me falou que é bem melhor viver sorrindo do que se lamentando, independente das cicatrizes. E ela se foi, não tinha o que fazer. Mas a minha obrigação é levar as palavras dela comigo, sabe? — Desabafei com ele que assentiu e beijou o meu ombro delicadamente.

— Tenho certeza que você tem a bondade dela. — Lennon disse e eu sorri com aquilo.

...

Estávamos na areia jogando altinha. Já passava de meio dia e a maioria das pessoas dormiram ali mesmo na areia. Eu ainda estava ligada no 220w, mas tenho certeza que no final do dia eu não vou dormir, vou invernar!

— Porra Gabriela. — Lennon falou botando a mão no olho.

Sem querer chutei forte demais e catou na cara dele.
Corri até ele pra ver se estava bem.

— Desculpa, desculpa! — Tentei assoprar o olho dele.

Fui surpreendida com ele me pegando pela cintura e correndo me levando pro mar.

— Lennon para! Para caralho! — Pedi, mas foi tarde demais.

Senti o gelo da água por todo o meu corpo. Quando voltei pra cima peguei ele pelo ombro e afoguei.

— Oh cê não brinca comigo não! — Ele disse tossindo e eu tentei afogar ele de novo, mas ele foi mais rápido e agarrou minha cintura, selando a minha boca. Ele pediu passagem e óbvio que eu cedi, mas me arrependi segundos depois.

O filho da puta cuspiu a água do mar na minha boca. Esse cara é um nojento mesmo!

Cuspi a água fora e fui correndo atrás dele na areia.

— Eu vou te matar Frassetti! — Gritava e ele continuava correr.
Graças ao meu físico de atleta e do dele de senhor de meia idade, alcancei em dois palitos. Pelo impacto ele caiu no chão e eu subi em cima.

— Você é nojento sabia? — Perguntei com humor e ele riu.

— Gostosin, pô! — Ele brincou e eu me aproximei pra falar no ouvido dele.

— Proxima vez que eu te chupar, vou guardar a tua porra na boca e te beijar.

— Isso foi nojento! — Lennon disse e eu gargalhei.

— Gostosin, pô! — Imitei ele.

4/5

perdição | L7NNONOnde histórias criam vida. Descubra agora