Capítulo 33

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Capítulo triste, pesado e revoltante. AVISO DE GATILHO: buillying explícito e humilhação pública.

...

— Por que decidiu divulgar o paradeiro dela? — Grant perguntou à Charlotte, completamente enfurecido. — Eu tinha um plano e estava dando tudo certo!

— Porque eu conheço aquela idiota. — disse a matriarca. — Ela poderia até sair desse buraco onde se escondeu. Mas não voltaria para nós. Sumiria de novo, e seria até mais cautelosa desta vez. Agora, com a imprensa em cima, com os segredos dela expostos, Camille não terá outra opção a não ser retornar à Europa.

— E o fazendeiro vai odiar aquela atenção em cima dela. Mais um motivo para ele se afastar. — o empresário refletiu.

— Agora você entendeu.

Ele sorriu. — Se eu tivesse pensado dessa forma, nem teria me dado ao trabalho de armar com aquela prostituta.

— Não, isso nos dá a segurança necessária. O homem não vai querer perder o filho, o que o impedirá de vir atrás de Camille. Deixe essa Joanne lá por, pelo menos, um ano. Depois disso, não teremos com o que nos preocupar. Camille vai trocar os pés pelas mãos de novo e o tal Ronald não vai querer saber dela nunca mais. — Charlotte sorriu, sentindo o gosto da vitória em sua boca.

~~***~~

— O nome dela é Camille Leblanc? Ela mentiu esse tempo todo?

— Parece que estava se escondendo da imprensa. Dizem que ela é uma famosa bem encrenqueira lá pelas bandas da Europa.

— Ouvi dizer que ela quase morreu de overdose.

— Joanne está certa de tirar Matt de Ron. Agora que ela tem condições e está vivendo bem, tem mais é que levar o menino para longe dessa confusão.

Não se falava de outra coisa na cidade.

A imprensa americana, e alguns correspondentes europeus estavam acampados ao redor da casa comprada por Camille. Pauline ficou estarrecida com toda aquela confusão.

Quando foi procurar pela irmã, a viu sentada no chão da sala, se balançando para frente e para trás. As janelas estavam cerradas e as luzes, apagadas.

— Eles me acharam, Pauline. — A modelo falou sem olhar na direção da advogada. — Eles me acharam, e agora a vida do Ron e da família dele vai virar um inferno por minha causa. Eu tenho que ir embora daqui.

— Sim, eu sei. Vou chamar a polícia, fretar um jatinho e contratar uma equipe de guarda-costas. Também vou dar uma declaração à imprensa em seu nome.

— Ron vai me odiar. — ela se virou para a irmã mais nova com os olhos cheios de lágrimas. — Eu destruí a vida dele. Como sempre, tudo o que eu toco, eu destruo. Lisa tinha razão. Todos têm razão.

Pauline apenas abraçou Camille, e a deixou chorar.

Mais tarde, a polícia já estava no local, fazendo um cordão de isolamento. Um repórter até quis desafiar um dos oficiais, mas foi rechaçado, assim como todos os outros, pelo delegado. — Quem ousar pisar nessa propriedade, vai ser preso por desacato e invasão. Aqui não é terra de ninguém.

Nesse meio tempo, uma equipe de segurança estava vindo de Burlington. Pauline havia fretado um jatinho, e conversava com Gary e Singer. Ambos descobriram que Charlotte havia dado a pista para a imprensa anonimamente.

Ainda em estado de choque, Camille pegou o telefone e ligou para Ron, que atendeu no terceiro toque. — Eu sinto muito.

Não é culpa sua. Aposto que isso foi coisa da Joanne, para me pressionar.

Labirinto - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora