Capítulo 11 - Movida Pela Raiva

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Era fim de semana. Acordamos e nos preparamos para descer e tomar café.
Quando Jubileu abriu a porta, Peter estava lá segurando um buquê de violetas.

- Aaaah! Oi. -Ela disse toda meiga e carinhosa, dando um celinho nele.

- Bom dia meninas. - Acenei. - Ju, achei que podíamos tomar café juntos. - disse ele.

- Seria ótimo! Jen, tudo bem pra você?

- Claro, vão em frente, fico feliz por vocês.

Ela cruzou seus braços em volta do pescoço dele.

- Mas só vai me acompanhar no café? O pessoal concordou em ir ao shopping mais tarde; o convite ainda tá de pé se quiser.

- Valeu mais eu não tava brincando, realmente detesto shoppings.

- Pois é... qualquer dia vamos ter uma conversa séria sobre isso.

Então, apoiados um no outro, eles saíram.
Pensando bem eu não estava com tanta fome assim, pelo menos não de comida. Fui até o quarto do Johnny. Ele abriu a porta e de cara o beijei, estava sem camisa, aqueci um pouco minhas mãos para esquentar as coisas ao toca-lo.

- Que surpresa legal, Jen. -

- Achei que podíamos passar o dia juntos, minha amiga vai sair com os velhos amigos e eu não tenho planos então...

- Olha, eu já tenho planos, mas se te interessar pode vir conosco, eu e o pessoal vamos invadir a sala de treinamento e arrasar com as coisas.

- Já tinha topado antes de você convidar.

- Legal. Ei Bobby, a Jen vai com a gente. - Ele falou pro colega de quarto que estava calçando os sapatos.

- De mais! Você tem telecinese, né?! Isso pode ser útil numa invasão.

- Isso e muito mais. - Respondi.

Eles terminaram de se trocar e fomos, na porta da sala de treinamento estavam as garotas e o dragãozinho que conheci na festa.

- E aí gente, qual o plano? Tipo... a Kitty pode atravessar a porta mas e o resto de nós? - Perguntou Anna.

- Eu tinha pensando em uma coisa muito louca envolvendo o alarme de incêndio e as aberturas de emergência, mas... felizmente a amiga do Johnny pode quebrar esse galho pra gente, certo? - respondeu Bobby.

- Apenas observem. - Usei a telecinese para destrancar a porta e girar a alavanca de cofre. Entramos.

- Aiii! Isso é tão empolgante, não acha Lockheed? - Kitty falou com seu dragão de estimação, que voou por todo o local antes de pousar novamente em seu ombro, demonstrando empolgação.

- Ainda está sem graça; e os robôs? - Questionou Anna.

- Servem esses? - Bobby disse, congelando o vidro onde os robôs ficavam presos e o quebrando.

- Hora da festa! - Falei ligando um dos robôs com a mente e perguntando quem ia primeiro.

Anna foi. Assim que o robô pressentiu o ataque avançou em cima dela, a garota se mostrou muito habilidosa em luta corpo a corpo, já que esquivou de todos os golpes do andróide e com movimentos rápidos subiu em suas costas, absorvendo energia e o eletrocutado até que pifasse em um curto-circuito.
Então segui ativando um robô para cada um. Johnny venceu perfurando o seu com bolas de fogo; Bobby, sem dificuldades, apenas o congelou e quebrou em vários pedaços; Lockheed distraiu o robô, se livrando dos golpes com o vôo enquanto Kitty o desmontava por dentro.
Enfim chegou minha vez. Hora de mostrar pra esse pessoal meu maior poder. Ativei cinco androides de uma vez, enrolei um pouco apenas amassando de leve alguns, até que fiz eles se chocarem um contra o outro e comecei a queima-los com a chama cósmica, minha adrenalina estava disparada, o corpo todo sentia o calor do poder da Fênix, era incrível; foi quando tive mais uma lembrança.

Eu estava no antigo quarto da minha mãe, no Instituto, falava com uma garota que tinha exatamente o mesmo corte do meu novo cabelo.

- Sou sua colega de quarto, me chamo Bizzy. - Disse a garota.

Aquela altura os robôs já haviam derretido, mas eu continuava envolta em chamas, todos ficaram preocupados.

- Jen, já pode parar. - Disse Anna me tocando, mas ao invés de absorver os meus poderes ela foi jogada para longe, e com isso voltei a realidade.

Bobby foi ajudá-la. Ela estava bem.

- Desculpem. Não me toquem, nem me sigam, só tenho que me mandar dessa droga de vida. - Falei e saí correndo.

Enquanto andava em direção a porta comecei a pensar sobre a lembrança que tive e me enchi de ódio, aposto que chamas se formavam dentro dos meus olhos.

- Por mais que eu me esforce para mudar ao máximo, o passado sempre volta a me atormentar, nunca me deixando esquecer que eu já fui essa garota idiota. - Pensei.

Foi quando o vi na porta, Peter, ele não me viu, estava sorrindo para alguém do lado de fora.

- Já que o passado quer tanto me perseguir, hora de eu mesma encara-lo.

Então, cega pela raiva, agi sem pensar e corri para cima de Peter, o beijei, ele não retribuiu, assim que o susto do beijo passou, Peter me afastou e eu pude ver para quem ele acenava, pois lá estava Jubileu, meus pais e todos os outros funcionários do colégio que eram amigos deles.

A Herdeira da Fênix Vol. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora