A Insanidade no Amor [Pausada]

Morte

-- "Tatsu... Leve-o logo da...qui..."
  ...
-- "...Pare!"
Quê?

-- "E-ei! O que pensa que está fazendo? Disse pra parar..."

Quê? O-o que está acontecendo? É um sonho, certo?

-- "Idiota... ha... faça como quiser"

COMO É!??

Me pego olhando de súbito para o teto sentindo a claridade causar incômodo nos meus olhos, me fazendo piscar várias vezes para acostuma-los com a luz, aproveitando para colocar em ordem minhas lembranças embaçadas, assim como minha respiração agitada.

O que foi aquilo? Não consigo me lembrar perfeitamente... Estávamos em um encontro e na volta Vitalle ficou furioso... E então... E então....
...!!!!!

M-- Ahhhhhhh!! Q-q-quê!?

Sinto minha garganta e cabeça latejar pelo grito, não me importando na momento. Sento na cama procurando desesperando meu rosado;

T.-- Tão barulhento...

M-- T-tatsu?!

O pequeno murmura após sair do banheiro com seus cabelos molhados, vestido por uma regata cinza com capuz, deixando amostra seus músculos nada exagerado, como também algumas marcas claras atingidas de vermelho/quase rosa em seu pescoço perfeitamente desenhado. Observo elas sentindo meu corpo esquentar enquanto me lembro de ontem.

T.-- Está encarando muito o estrago que fez, não? Ao envés de admirar esse hematoma, que tal se desculpar?

Sinto uma leve ardência em minha testa pelo peteleco dado alí. Sua voz soou mais serena que nunca, fazendo-me perceber que ele não se importava com as marcas. Ahh~ realmente fofo!
Deixo escapar breves risadinhas pela sua atitude, logo me concentrando nos fragmentos da minha memória; Algo aconteceu com a Mika e é minha culpa... eu só lembro de vozes falando o nome dela...

M-- O que aconteceu com a Mika?

T.-- Não sei, não saí do quarto ainda.

Estava esperando eu acordar...?
Sorrio me levantando para ir até o banheiro, avisando-o que iria me arrumar.

Tudo que consigo recordar de ontem é apenas as falas de Tatsu e vozes baixas distintas. Não é como se eu perdesse a razão quando me deixo liberar, mas também não é como se eu ficasse totalmente consciente... Ou eu fico... ha~ não entendo também...

(...)

Observo a sala totalmente vazia, deserta, com apenas os móveis presentes. Normalmente haveria um ou dois membros vegetando no local, sempre há alguém alí...

M-- É tão sério a situação assim...?

Acompanho o rosado caminhando confiante pelo primeiro andar, parecia saber bem onde estava os outros. Paro em frente a um dos quartos abertos, mirando minha visão na multidão em um local tão pequeno. Mesmo "apertado" o ambiente estava quieto, a maioria dormia de qualquer jeito espalhados pelo lugar, incluindo Kei, Foz, Maison e Zero, os mais barulhentos.

M-- Pensei ter escutado que não havia saído do quarto.

T.-- Até aquele momento, não.

V-- Monstrinho~ como é prazeroso te ver logo pela manhã~! Ora, o que significa isso?

O loiro, que já se encontrava colado no Tatsu, toca delicadamente seu pescoço, indicando os chupões. O pequeno suspira pesadamente, respondendo indiferente, como sempre;

T.-- Culpa de um canibal. Era isso ou vocês morreriam em agonia. Mudando de assunto, quem é ele?

Tatsu direciona seu olhar a um senhor de aparentemente 40 anos, ao lado do corpo de Mika deitada na cama cercada de equipamentos hospitalares.
Levanto minha guarda rapidamente chegando mais perto do meu pequeno. Como diabos eu não percebi??

Tsm-- Calma, garoto. Ele está aqui para consertar sua bagunça.

?-- Oh, peço perdão se meu silêncio insinuou ameças a você. Me chamo Rans, especialista nível comum + em plus. Estou aqui para resolver o ca–

Kei-- OH! Vocês estão aqui!! TSU~ COMO VOCÊ É M–

Kei além de interromper a apresentação do homem, se própria interrompe ao tropeçar nos fios dos aparelhos pela afobação em que se levantou após acordar, derrubando quase tudo no chão, assim como a si mesma. Em poucos segundos a loira se levantar disposta a terminar sua gritaria quando um pedaço consideravelmente grande de mármore atinge sua cabeça.

De onde aquilo saiu...?

Foz-- PARA DE ESCÂNDALO! EU ESTAVA DORMINDO, POHA!!

Percebo um sorriso raro se formar nos lábios do rosado com aquela cena. Os outros membros que descansavam seus olhos acordam com os gritos comuns e cotidianos.

Rans-- É sempre agitado assim?

L-- Sem comentários... E então?

Rans-- Oh, como estava dizendo, é um caso raro, não, único. Não tenho dados o suficiente para sequer ter uma base. Por enquanto, o que posso dizer é que a morte não foi corporal, e sim mental. Irei envia-la ao laboratório principal para descobrirmos melhor sobre o caso, no entanto, peço que não tenham esperanças. Será melhor para vocês estarem cientes da real morte dela, a última–

Kei-- Han? Minha parceira das travessuras e perversões está morta!?? Não pode ser... isso é mentira, né? Né!?

Rans-- Eu sinto muito.

Ele diz tais palavras dolorosamente, todos ficam em silêncio, não pela notícia, mas sim por respeito aos sentimentos do homem. O silêncio se pendura por breves momentos, até Kei quebra-lo novamente;

Kei-- TSU! Você será o substituto! Vamos caçar hoje a noite, só nós dois!! Niuhahaha, que se dane as regras!

Mai-- Como você é chata. Deixa ele em paz.

Zero-- Eu queria mata-la!!!

Tsm-- Bem, não há nada para ser feito.

Haru-- É uma pena. Irei pegar as coisas dela, ninguém toca!

Foz-- Droga, me prenderam aqui a toa. Se iria morrer, que fosse sem me incomodar.

Mek-- Posso fazer aquilo novamente em você? Eu gostei~

Todos se preparam pra sair do quarto, pouco se importando com a notícia dada. Rans fica confuso, olhando de um para o outro.
Tatsu se solta das garras da loira e logo se pronuncia calmamente;

T.-- Ela era alguém próxima de vocês, desse jeito até parece não terem sentimentos...

M-- .....

Mai--.....

V-- ......

Todos-- .........

Todos-- NÃO QUEREMOS OUVIR ISSO VINDO DE VOCÊ!!

Rans-- ??