CAPÍTULO 11

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𝑬𝒕𝒉𝒂𝒏 𝑺𝒄𝒐𝒕𝒕

E não é que ela se soltou mesmo.

Agora a Scar está pulando igual uma doida no meio da pista, as vezes ela gargalha de si mesma.

Se eu não soubesse, diria que ela está bêbada.

Pego na mão dela e a puxo para cozinha.

- Eu sei andar viu - Fala assim que a soltei.

A ignoro e vou em direção a geladeira pegando uma vodka e colocando no copo junto com suco de laranja.

- Ethan, se você nos matar eu te mato! - Diz exasperada e eu gargalho.

- Calma Sweetie, vai ser só essa - Ela faz uma careta fofa.

- Tá avisado.

Dou um gole da minha bebida e ela fica me encarando.

- Quer? - Ofereço.

- Já te falei que não bebo.

- Nem um gole? Você tava com cara de quem queria experimentar - Dou um meio sorriso.

- Não quero - Me encara - Só um gole.

Dou uma risada e estendo o copo para ela.

Ela pega relutante e da um gole 

-  Até que não é ruim - Devolve o copo e logo em seguida senta na bancada da cozinha - É errado eu não me arrepender do que estou fazendo?

- Como assim? - Pergunto confuso.

- Eu tô saindo pela segunda vez escondida de meus pais, e não me arrependo, de nenhuma das duas - Fala me olhando.

- Normal, você está apenas descobrindo os prazeres da vida - Dou de ombros - Quer ficar mais um pouco ou quer ir embora?

- Ficar mais um pouco, vai saber quando eu vou sair de novo - Desce da bancada e me puxa para sala.

Vejo que no canto da mesma está uma roda.

- Chega aí Ethan - Luke grita, ele estava na roda.

Eu e a Scar fomos até ele.

- Quer jogar - Arqueio uma sombrancelha - Sete minutos no paraíso - Da um meio sorriso .

A Scarlet da de ombros.

Não deve nem saber que brincadeira é essa.

- Pode ser? - Susurro para ela, e a mesma acente.

Sentamos na roda.

Depois de muitas rodadas era minha vez de girar a garrafa.

E pra sorte da loirinha, caiu nela.

Esses outros garotos daqui com ela lá dentro, não ia querer ficar só nos beijos.

Mesmo sendo só sete minutos.

Principalmente o Luke, ele é meu amigo, mas aquele cara não vale nada.

Fico de pé e a ajudo a levantar.

- Aproveitem - O garoto que está na porta fala e em seguida nos trancam.

- O que se faz sete minutos aqui dentro? - Pergunta me olhando e eu olho pra ela surpreso.

- Você está brincando, né? - Assim que pergunto ela solta uma risada.

- É claro que eu estou - Fala assim que para de rir.

- Já estava me perguntando o motivo de você não estar em um convento - Ela solta uma gargalhada me fazendo rir junto.

- Aqui é apertado né - Fala e sobe em um pequeno degrau que tinha no canto da parede.

- Muito - Me apoio na porta.

- Você com certeza gostaria de estar com outra garota aqui - Olho confuso para ela.

- Por que acha isso?

- Não é óbvio!? Você estaria nos quase lá com a garota agora - Dou uma risada - Agora você vai passar os próximos, seis minutos me encarando.

- Deixa disso Scar - Falo e abraço ela.

Ela fica um pouco surpresa no começo mas em seguida me abraça também.

- Somos amigos, hun - Falo e a encaro.

Nossos rostos estão muito perto, consigo sentir sua respiração.

Me aproximo mais, dando um selinho rápido.

Ela me olha um pouco assustada, mas depois acaba com a distância entre nossos lábios.

A puxo mais para perto enquanto nossas línguas parecem dançar em perfeita sintonia.

Infelizmente o ar faltou.

- Amigos não se beijam - Sussura ainda ofegante.

- Isso só fortalece a amizade - Dou risada e a beijo novamente.

Seus lábios macios se encaixam perfeitamente nos meus.

Fomos interrompidos por alguém batendo na porta.

- Um minuto em!

Eu queria matar quem estivesse do outro lado.

A Scar me olha um pouco sem graça.

Eu poderia jurar que a mesma estava ruborisada.

Mas a pouca iluminação do lugar não me permite ver isso.

- Incrível que até mesmo desse pequeno degrau, eu sou mais alto que você - Falo para evitar um clima estranho.

- Isso é porquê você é um poste - Fala rindo e eu dou risada junto.

Somos atrapalhados pela porta que se abre.

- Acabou o tempo - Aparece dando um sorriso malicioso.

Reviro os olhos saindo junto com a Scar.

- Quer ir embora? - Pergunto antes de irmos para roda e ela balança a cabeça concordando.

Vou na direção oposta da sala e ela me segue.

- Vê se não mata nós - Fala subindo na moto.

- Vou tentar - Dou risada acelerando a moto.

Acelero o máximo possível.

É engraçado ver ela apertando minha cintura forte com medo de cair.

Hoje talvez seja o último dia que saímos já que seus pais vão voltar.

Com certeza ela vai voltar a ser a filha perfeita e certinha.

Ou não já que Scarlet é uma caixinha de surpresas.

Estacionei minha moto na parte de trás da sua casa.

- Entregue Sweetie - Ela desce da moto e tira o capacete me olhando.

- Esse apelido é horrível - Fala me entregando o capacete e eu dou risada.

- Eu gostei, Sweetie - Dou ênfase no apelido para irrita-la e revira os olhos.

- Tchau Ethan - Da um meio sorriso.

- Até mais - Roubo um selinho dela acelerando a moto em direção minha casa.

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