✦ trinta e quatro ✦

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POV LOUIS PARTRIDGE

— S/N? — chamo a garota que resmungara algo há alguns segundos.

Passei a noite no hospital ansioso por seu despertar.

— Lo... Louis? — sua voz fraca e rouca chama.

— Que bom que acordou! — sussurro me ajoelhando no chão gelado e acariciando seu rosto neutro.

— O que aconteceu? Só lembro de ter falado com minha mãe no celular e... mais nada.

— Longa história... mas não se preocupe, por mais que a pancada que levou fora bastante forte, não quebrou nem faturou nada.

— Menos mal, me sinto um pouco dolorida e minha cabeça lateja.

— É normal, os médicos lhe deram bastante medicamentos durante a noite.

— Foi a Luma, né? Aquela desgraçada! — sua voz que antes estava fraca, se altera fazendo-me arregalar os olhos.

Não pude deixar de sorrir a vendo brava.

— Foi ela, mas como eu disse, não tem com o que se preocupar.

— Como não, Louis? Ela quase me matou! Pelo menos era isso que aquela louca tinha em mente quando me empurrou!

— Pelo menos agora você lembrou-se, mas, já disse para não ficar nervosa com isso, Luma já deve estar bem longe daqui.

— Ela foi embora?

— Foi. Luma foi expulsa, na verdade, aí os pais optaram por voltarem para Londres já que o trabalho do pai dela acabara há dias.

— Graças a Deus, espero não ver aquela alienada nunca mais.

— Digo o mesmo, mas vai ser meio impossível já que, um dia, terei que visitar meus avós que moram lá — falo sentindo meu peito arder, sinto tanta falta de todos que deixei para trás.

— Imagino... não me vejo ficando tão longe dos meus avós.

— Vou deixar você descansar... qualquer coisa, estarei na recepção — me levanto deixando um beijo em sua testa, S/N cora.

— Fica aqui... peraí... passou a noite aqui comigo? — pergunta espantada.

— Claro! Não saí nem por um segundo — a garota larga minha mão bruscamente.

— Pois então vá para sua casa! Precisa se alimentar, tomar um banho e dormir — diz autoritária. — E nem adianta protestar, eu vou ficar bem, não se preocupe — eu abro a boca tentando falar algo, mas o cansaço que sentia me venceu.

— Tudo bem... se cuida, o.k.? — murmuro abrindo a porta e a observando uma última vez.

— Você também! — fala com seus dentes alinhados à mostra.

Atravessando os corredores iluminados do hospital, me despeço rapidamente dos pais de S/N que, assim que saio, correm até o local em que minha namorada encontrava-se.

Para não incomodar minha mãe, chamo um Uber para finalmente ir para a casa. Ainda estava fantasiado com a roupa de Harry Potter, foi meio engraçado o jeito que o motorista me olhava pelo banco da frente.

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