T E R C E I R O

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ALEX:

Bip bip bip...

Sinto a minha cabeça latejar. Não sei onde estou,nem o que estou fazendo.

Até que as lembranças me batem com força, os flashes do momento do acidente. Nada concreto, mas consigo me lembrar até o momento que fiquei inconsciente. Não sei quem me resgatou ou como me resgataram.

Tento me levantar, mas todo meu corpo reclama. Sinto dores por quase todos os lados. Estão mais fortes nas costelas, na minha perna esquerda, pulso direito e ombro. Só consigo enxergar coisas muito brancas, que ocultam um pouco a minha visão. Fechando os olhos com certa força, eu tento drenar a minha dor. Nada adianta.

Aos poucos a minha visão é aperfeiçoada.
E vem a certeza de onde estou.

Hospital!

Estou na droga de um hospital, um lugar que se eu pudesse nem passava próximo a fachada. Já perdi pessoas importantíssimas na minha vida neste lugar. Tenho um pavor! O barulho da porta, também branca, chama a minha atenção. Com muita dificuldade eu consigo ver, uma enfermeira empurrando um carrinho passar por ela. Quando seu rosto se levanta-mesmo não olhando diretamente pra mim-eu vejo seu os seus longos cabelos pretos e suas curvas que inundaram os meus sonhos. Meu coração falha uma batida.

Quando eu iria imaginar que voltaria a vê-la num lugar que jamais pisaria meus pés, se não estivesse nessas condições?

—Bom dia senhor Coolidge. Eu sou a enfermeira responsável, irei cuidar da sua medicação e curativos.—levanta o olhar, e quando repara em meu olhar sobre si, engole em seco e fica levemente corada. Com toda a certeza ela me reconheceu. Nossos olhares ficam travados assim por um tempo, até que ela desvia, olhando pros conteúdos do carinho. Mas eu não consigo, continuo lhe olhando, sem esconder um sorriso de contentamento.

Não poderia ter outra enfermeira melhor!

Sua roupa branca, deixa um pouco amostra as suas curvas,não como eu vi na sua casa outro dia. Ela fica extremamente sexy com esta roupa. Um fetiche e tanto.

—Agora eu vou lhe aplicar uma injeção para aliviar a sua dor. Será aplicada diretamente na sua veia, demorará uns minutos para fazer o efeito esperado.—suas bochechas ainda estão em tons rosa e vermelho, mas sua voz como profissional, não falha em momento nenhum.—Irei fazer também os seus curativos agora. Se o senhor tiver alguma dúvida ao longo do procedimento, é só me perguntar, ok?

—Perguntarei!—minha voz sai mais rouca que o esperado. Só agora eu percebi que minha garganta dói, preciso molhá-la com um gole de água. Parecendo perceber a minha careta quando engulo a saliva, ela pega um copo de água.

Regula a cama,e eu fico parcialmente deitado,um pouco inclinado.

—Você consegue segurar o copo e lavar a boca?—pergunta com a voz doce, que me encanta. Com um balançar de cabeça, eu nego. Por mais que meus braços ambos estejam doendo, eu ainda conseguiria beber um copo de água sozinho, mas não perderei essa chance.—Certo.

Com um sorriso brincalhão no rosto, ela vem me dá a água. Vira o copo na minha boca, e eu começo a engolir o líquido, que me refresca, é aliviante. Encaro seu olhos caramelados, seus lábios carnudos que aparentam ser suculentos, eu ainda terei o prazer de me deliciar neles. Quando a água se acaba,eu me sinto muito melhor.
A observo bem de perto,vendo o geito que administra a injeção, o geito meigo que aplica. Vejo amor e dedicação a sua profissão. Coloca as luvas de plástico, a máscara, e os objetos para o curativo. Com lentidão, retira os lençóis que cobrem metade do meu corpo. Estou vestindo um macacão ridículo de hospita. Vejo uma ferida um tanto grande na minha coxa, muito bem perto do meu membro. Passando um álcool sobre minha pele eu me arrepio, e quando sua mão me toca, eu tremo o corpo inteiro. Fecho os olhos, me controlando pra não ficar com uma ereção e lhe deixar constrangida.

Sem escapatória. (Em Andamento)Место, где живут истории. Откройте их для себя