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Rengoku

  Eu estava arrepiado, ouvia os mesmos sons de quando cheguei aqui, será que...?!

  Abro meus olhos lentamente por causa do sono e arregalei meus olhos, eu estava novamente no porão, amarrado naquela cadeira!

  Olhei para a frente e me espantei, o homem da noite passada estava amarrado em uma pilastra de madeira, ele tentava dizer algo, mas estava amordaçado. Ao me ver acordado, ele me olha e tenta gritar.

  Ouvimos a risada maléfica que eu conhecia bem, olhei para o lado e lá estava eslavos afiando uma faca.

— Finalmente acordou, está na hora do show!

— Show? Que show?! — eu estava com um mau pressentimento.

— É tipo roleta russa, só que... — ela nos mostra a faca com um sorriso — Com uma faca! — entrei em pânico, ela ia mesmo fazer isso?!

— Por favor, Hoshi! — ela joga a faca ao meu lado, fazendo um corte de raspão em minha bochecha.

— Como é que eu te mandei me chamar? — engoli em seco.

— P-Por favor, m-mestra! — o homem me olhava surpreso e confuso, abaixei a cabeça.

— Vamos começar com as regras! Terão cartas sorteadas, aquele que mostrar o ás primeiro ganha e decide se quer matar o oponente ou deixa esse trabalho para mim! — ela parecia amar a idéia, me atrevi a encarar seus olhos e me arrepiei, era como encarar o demônio.

— P-Posso...

— Calado! — ela ficou amedrontadora, mais do que já é abaixei a cabeça — Eu soltarei vocês e iremos começar! — ela sorriu e nos soltou, eu tinha certeza que o porão estava trancado, ela não é idiota, ela coloca as cartas de cabeça para baixo no meio de nós dois — Peguem no mínimo dez cartas! Rengoku, me amor, comece primeiro! — nervoso, eu peguei dez cartas, as virei para mim e me surpreendi, eu tinha três áses, engoliu em seco — Agora você. — ela disse com desdém, ele estava sentado de costas para ela, a minha frente. — Comecem.

   Respiro fundo e jogo a primeira carta, uma carta aleatória, eu não entendo muito de baralho, só conheço as cartas de ás e de coringa.

— Lembrando uma coisa... — ela me encarou com um sorriso macabro — Quem mostrar certa carta, será morto imediatamente. — arregalei meus olhos e olhei nas minhas cartas, não havia nenhum coringa, eu estava salvo, mas e o homem a minha frente? Ele está salvo?

  Logo ele mostra outra carta, engoli em seco e mostrei outra. Ele mostra outra.

  E assim se segue o jogo, até que eu fico apenas com minhas cartas de ás, era a vez dele, meu coração disparou quando ele mostrou o coringa, ela riu como louca.

— Você é burro?! Tinha um ás na mão e jogou a carta amaldiçoada! — o homem arregalou os olhos e começou a tremer — Como pôde ser tão burro?! — ela ria como maníaca, por um lado eu me sentia aliviado, mas por que? Se eu morresse, meu sofrimento chegaria ao fim.

   Foi quando a máscara caiu, ela sabia que eu não ficaria tão desesperado caso a "sorte" viesse para mim, ela organizou tudo, na hora que ela colocou o baralho, ela havia planejado cada passo! Mesmo que ele mostrasse outra carta, eu teria que mostrar ás!

My Boy - Rengoku e Oc fanficOnde as histórias ganham vida. Descobre agora