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Rengoku

— H-Hoshi...! — sussurrei vendo ela me encarando.

— Eu te salvei, cuidei de você...! E mesmo assim...você insiste em fugir de mim! O que eu preciso fazer pra você aceitar meu amor?! — ela disse começando a chorar, sua mão tremia segurando a arma.

— P-Por favor...! Me deixa ir!

— POR QUE VOCÊ NUNCA ME ACEITA?! — ela derrubou a arma — POR QUE?! POR QUE NINGUÉM ACEITA O MEU AMOR?! — ela caiu de joelhos, chorando no chão — Por que me olham como se eu fosse um monstro...? Eu só quero ser amada...! — fiquei surpreso.

  Então ela faz isso tudo...pensando em amor? Não...isso é manipulação!

— V-Você...tá mentindo...!

— EU NÃO TÔ MENTINDO! — ela falou olhando nos meus olhos — Por favor...apenas...me ame...! — fiquei surpreso.

— ..!

— Por favor...!

— Como você ainda tem a audácia de achar que eu amaria a pessoa que me tortura, me aprisiona e me ameaça o tempo inteiro?! — falo juntando toda coragem possível pra falar e não gaguejar, ela se levanta e joga a arma com tudo no chão, tamanha foi a força que ela quebrou, entrei em alarde.

— TUDO QUE EU SOU PRA VOCÊS É UM MONSTRO! EU NÃO QUERIA TE MACHUCAR, MAS EU PRECISEI FAZER ISSO, SÓ ASSIM DE ALGUMA FORMA VOCÊ OLHARIA PRA MIM! SENTIRIA ALGO POR MIM! FALARIA COMIGO! TUDO QUE EU QUERO, É QUE VOCÊ ME AME COMO EU TE AMO!

— Você não sente amor...você só sente obsessão...quando se cansar de mim, vai me descartar, como fez com o Akaza!

— QUE SE FODA O AKAZA! EU SEMPRE DEIXEI CLARO QUE NÃO SENTIA NADA POR ELE!

— Você é um demônio...! — falo sentido, sua expressão se tornou furiosa.

— Ah...eu sou um demônio então...? — ela começa a rir psicopata — Então eu irei te apresentar o inferno! — ela pega uma arma de um dos caras e atira no meu peito esquerdo, fiquei em choque.

— H...Hoshi...! — cuspo sangue e coloco a mão no local do tiro, fui ficando fraco, caí de joelhos, a olhando em puro pânico.

— Sinta o gosto do inferno...Kyoujurō. — meu corpo cai de vez no chão e eu apago.

  Eu..morri...?

Terceira Pessoa

   Ela ficou o olhando perder a consciência no chão, quando a raiva passou, ela ficou surpresa consigo mesma, jogou a arma no chão e correu até ele.

— RENGOKU! R-Rengoku, meu amor...! Me desculpa! Me desculpa, me desculpa, me desculpa! Por favor...por favor...! — ela o segurou nos braços, vendo ele inconsciente, com sangue escorrendo de sua boca e de onde ele havia levado o tiro — CHAMA A PORRA DO MÉDICO! — ela grita chorando enquanto o segura — Por favor...não me deixa...! — ela sentia como se fosse a última vez que o estivesse abraçando, e talvez tenha sido...

   Shinjurō suspirava pela casa, andando inquieto pelo quarto.

— Kyoujurō...! Onde você se meteu? — ele mordeu o lábio — Que mau pressentimento insuportável...! — se sentou na cama, tremendo a perna.

My Boy - Rengoku e Oc fanficOnde as histórias ganham vida. Descobre agora