Capítulo VI

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Capítulo VI: a hóspede

— Zafira… — a voz de Elijah soa em tom de adoração em direção a garota a sua frente, acariciando sua face de modo terno.

Ela franze o cenho, tentando soltar-se do aperto do vampiro, que se tornava cada vez mais forte

— O que está acontecendo com você, Elijah? Está ficando louco?

Ela não tem tempo para dizer mais nada, pois logo o vampiro aproxima sua face da dela, próximo demais na opinião de Zafira.

Os olhares do original intercalam entre seus olhos e lábios cheios. Sua mão deixa o pescoço livre e logo ambas se direcionam para a cintura da jovem, que logo sente quando ele a impulsiona para cima em seu colo, a segurando com seus braços e mantendo-a presa entre ele e a parede.

— Elijah… — sussurra, mas logo sente os lábios dele a atacarem em um beijo avassalador. Surpresa pelo que acontecia ela não sabia como reagir, porém não demora a se entregar ao beijo assim como ele. Coloca seus braços ao redor de seu pescoço, sentindo quando ele a prensa mais ainda contra a parede.

O beijo é intenso, cheio de toques e sensações. As mãos de Elijah deslizam para cima e para baixo sobre a cintura da garota, deixando um leve aperto no final e aos poucos desacelera.

Ele passa seus beijos para a pele desnuda do pescoço dela, o atacando com fervor, o que a faz gemer baixinho quando ele deposita leves chupões no local, porém, quando ela menos espera, Elijah a morde e suga um pouco do seu sangue, todavia com a mesma velocidade que ele a morde, ele a solta ao sentir todo seu corpo queimar com o sangue dela.

Zafira grita de forma aguda pela dor e em segundos Elijah cai no chão de joelhos, cuspindo todo o sangue dela e tossindo demasiadamente.

Caída no chão do outro lado daquela enorme sala com a mão no pescoço ela se afasta dele.

— Você me mordeu! — o acusa, demonstrando o medo em sua face.

De volta a si Elijah a encara arrependido, enquanto ainda sentia sua boca e garganta queimar.

— Me desculpe, Zafira, não foi minha intenção, é essa febre que está me causando alucinações e me fazendo agir de uma forma que não corresponde a quem sou.

Ela o encara com cautela, sem saber o que dizer.

ㅡ Maldição... ㅡ ele urra ainda pela dor, enquanto espera aquela terrível sensação passar. Parecia que seus lábios e garganta estavam em chamas. ㅡ Está usando verbena?

Ela o encara séria.

ㅡ Não, não estou usando. — Responde ao passo que pressiona o machucado que ele fez em seu pescoço com a mão. Ele a encara com curiosidade no olhar. Se a moça à sua frente não usava verbena então o que havia na sua corrente sanguínea para torná-lo venenoso para ele? — Eu acho que já vou para casa, não sei para que me chamou aqui.

— Não, por favor, espere, fique mais um pouco. Prometo que não farei mais nada com você.

Ela o encara desconfiada, não sabia ao certo se deveria acreditar nas palavras dele.

— Lhe dou a minha palavra. — Continua.

Horas mais tarde, após um banho quente, Elijah encontrava-se deitado na enorme e confortável cama de seu quarto, ainda recuperando-se da mordida de lobo. Zafira encontrava-se deitada ao seu lado, o encarando com curiosidade, após tê-lo ajudado a passar pelos últimos momentos de tortura pelo veneno de lobo em sua corrente sanguínea.

— Ainda estou tentando entender o que aconteceu na sala, o que o levou a não conseguir ingerir meu sangue. — Inicia o que estava há minutos tentando dizer.

Por mil anos | Elijah Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora