Capítulo X

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Capítulo X: sentir

Com uma elegância jamais vista por Zafira, Elijah retira um lenço do bolso interno do seu paletó e limpa as mãos cobertas pelo sangue de Tommaso que agora jazia no chão frio em frente da casa onde Zafira vive.

A jovem não sabia o que dizer ante a cena que se passou em sua frente. Ela ainda mantinha os olhos arrregalados ante tudo aquilo, algo que ela jamais imaginou que presenciaria.

Por outro lado, Elijah sentia que ela queria dizer algo, talvez até mesmo reprovar sua ação, mesmo que Tommaso merecesse aquilo, ele nunca sabia o que esperar da jovem, na maioria das vezes um julgamento, então antes que ela dissesse algo, ele a interrompe:

ㅡ Volte para dentro da casa e termine de arrumar suas coisas, por gentileza, vou me livrar do corpo e logo iremos partir. Está formando chuva e não quero dirigir em meio a uma tempestade.

Zafira ainda o encarava surpresa. Mesmo em sua forma mais bestial, Elijah ainda conseguia ser extremamente educado e polido. Não sabia como ele fazia aquilo, só sabia que na cena que havia se passado em sua frente, ele demonstrando mostrando sua faceta de vampiro mau, a tinha encantado, por mais estranho que isso pudesse soar.

Ela assente ante sua sugestão e se vira para adentrar a casa e terminar o que fazia antes de Tommaso aparecer, porém antes vira-se novamente para ele, proferindo:

ㅡ Obrigada.

Inicialmente Elijah fica surpreso por ela o estar agradecendo, pois sabia que a jovem garota a sua frente possui um bom coração, que é alguém pura e de ações tão boas quanto e que talvez a atitude dele de ceifar a vida daquele homem a fizesse condená-lo, porém sorri sabendo que ela não via a cena dessa forma e assente.

ㅡ Não há o que agradecer, Zafira.

Ela se vira e segue até o interior da casa.

Uma hora mais tarde suas coisas já estavam sendo colocadas no grande carro SUV de Elijah que estava estrategicamente estacionado em frente a casa e algo chama a atenção de ambos, uma caminhonete parando em frente à eles, enquanto Elijah colocava os pertences de Zafira no carro e eles prestam atenção em quem deixaria o carro. Elijah se colocando à frente dela de forma protetora, porém ela logo relaxa os ombros ao ver quem era.

— Está tudo bem, eu o conheço, é alguém do bem. — Ela diz para Elijah, colocando a mão sobre seu ombro e logo seguindo até o senhor que deixava o carro, o dono da casa que Zafira havia alugado e que havia vindo a pedido dela buscar a chave do imóvel.

— Obrigada por vir, senhor Brown, estou partindo hoje para Nova Orleans, sei que foi algo muito de última hora, mas tenho muitos assuntos para resolver na cidade. — Diz o necessário, ele não precisava saber mais do que isso.

— Minha esposa e eu estamos muito tristes que vai nos deixar, menina Zafira, sabemos o quanto é uma menina boa e de coração bom, foi por isso que foi a única pessoa para quem tivemos a coragem de alugar a casa que seria de nossa filha. Espero que voltemos a vê-la.

Ela assente e sorri. O casal de senhores eram como pais para ela, sempre a ajudaram em tudo quando precisou.

— Eu vou voltar, senhor Brown, não se preocupe, a viagem para Nova Orleans é temporária, além do mais deixei muitas coisas minhas ainda na casa.

— Pode deixar que tomaremos conta de tudo, quando retornar estará tudo da forma que deixou. — Garante e ela sorri.

— Zafira, não quero incomodar, mas precisamos ir. — De onde está Elijah anuncia e ela assente.

— Já estou indo.

— Te esperarei no carro.

Ela assente e logo se volta para o senhor à sua frente.

Por mil anos | Elijah Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora