Capítulo 3

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🇧🇷
H E L E N A

Era para ser apenas um pequeno passeio pelo bairro, mas acabamos vindo até o Leblon.
O trânsito estava mais tranquilo nesse domingo. Não demoramos muito para chegar aqui, e é mais perto que Copacabana ou Ipanema.

A Cida e o Ed conseguiram alugar um SUV com sete lugares.
Vamos economizar mais, e assim não precisamos ir para os lugares em carros separados.

Planejamos uma viagem quase de última hora, e o que mais precisamos nesse momento é economizar, o que pode ser um pouquinho difícil mas nada impossível.

Deixamos o carro no estacionamento, que estava quase sem vagas disponíveis, e fazemos o resto do percurso a pé até à praia.

São três da tarde, mas o sol está muito forte.

A orla está lotada de banhistas aproveitando o dia e o mar imenso. Vários carrinhos de água de coco e sorvete estão passeando pelo calçadão. A movimentação é intensa.

Peter e Edward parecem fascinados com tudo. Estão no "estilo brasileiro" usando camiseta, short de banho, chinelo, boné e óculos escuro.
Noah está no mesmo ramo, mas sem os óculos escuro.

Nunca tinha visto o meu noivo assim antes, e preciso confessar que ele está um gato além do normal. Ainda não me acostumei com essa sua nova versão.

Nós, as garotas, estamos ostentando um biquíni super confortável, menos a Cida, que está usando um maiô decotado nas costas e short. A coroa está tão em forma quanto eu!

- Caramba, Cida, você está arrasando! O Alfred que se cuide. - falo em português e dou uma piscadela pra ela, que sorri e demonstra estar com vergonha.

- Você não tem jeito mesmo, menina!

Tanto tempo sem vir aqui que quando piso na areia, a sensação é indescritível. Tiro as sandálias e deixo que meus pés afundem nas partículas densas e minúsculas.

Que delícia!

- Olha só isso! É incrível! - Peter dá um sorriso aberto, apertando minha mão na sua. - Se eu soubesse que era assim teria vindo aqui ontem mesmo!

- Quem vai dar um mergulho agora? - Ed pergunta, tão empolgado quanto o amigo.

Noah levanta o braço, assim como a Sara, a Cida, o Peter e eu.
Não temos ninguém para olhar nossas coisas, que deveríamos ter deixado no carro, então não podemos ir todos.

- Podem ir, depois eu vou. - digo para os meus amigos.

- Assim é chato! - Noah reclama. - Por que não deixamos tudo no carro?

- Nem eu sei. - resmungo.

- Vão vocês, eu espero. - Cida se solidariza ao ver o rolo em que entramos.

- Mas, Cida... - Sara começa.

- Sem "mas"! Vocês vão e depois eu vou.

Edward está com cara de tão impaciente que mal espera que ela complete a frase, sai correndo como uma criança na loja de doces. A única coisa que faz é tirar a camiseta e os acessórios, tudo rapidamente.
Meu filho, não muito diferente, só espera uma confirmação minha para sair correndo e puxando o Peter junto. Eles mal percebem que fiquei para trás, sentada na areia com a Aparecida. Mas não ligo.

Depois do AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora