Capítulo 1

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🇧🇷
H E L E N A

O caos está formado no aeroporto Tom Jobim.

Senti falta desse calor brasileiro, das pessoas falando alto e correndo apressadas atrás de um táxi disponível.

É exatamente isso que estamos fazendo agora.

- Ei, aqui! - Sara estende a mão para o motorista que está passando com o carro vazio. Está vindo outro atrás dele, então não perdemos tempo.

Se não fosse tantas pessoas e tantas malas até que poderíamos ir todos no mesmo veículo. Eu, o Noah e o Peter vamos dividir um. A Cida, o Ed e a Sara irão dividir outro.

Combinamos de alugar dois carros ou uma mini van para nossos passeios pela cidade. Mas isso ficará para amanhã; quase quinze horas dentro de um avião não é mole, e ainda tivemos uma conexão no caminho. Infelizmente não conseguimos um voo direto, mas finalmente estamos no Rio de Janeiro.

O motorista desce do carro para nos ajudar com as malas, acomodando todas no porta-malas. No fim das contas, o Peter me convenceu a trazer somente uma mala grande e outra menor, fora a sua e a do Noah. Cida se contentou em trazer uma mala mediana com poucos pertences pois pretende levar algumas coisinhas daqui do Brasil para os Estados Unidos.

- Eu disse que não deveríamos trazer tantas coisas! - Peter resmunga ao meu lado.

- Você ainda vai me agradecer por isso. - passo a mão pelo seu maxilar. - O que está achando do Rio, até agora?

- Eu ainda não posso falar muita coisa. - ele dá um sorrisinho debochado. - Mas, como você ja tinha falado antes, é quente. Estou morrendo dentro desse jeans e não vejo a hora de tirar uma soneca.

- Vai melhorar quando estivermos em casa.

Entramos no táxi e o moço logo dá partida, entrando na pequena fila de outros carros que está tentando sair do aeroporto.
A Sara nos deu o endereço da sua antiga casa, mas mesmo assim o táxi dela está bem na frente do nosso. Pedi que o motorista seguisse o carro.

Quando enfim conseguimos sair do emaranhado de carros e pegamos a linha amarela, muito engarrafada, o nosso condutor resolve puxar conversa:

- Primeira vez de vocês no Rio de Janeiro?

- Só ele. - mostro o Peter, e o cara olha pelo retrovisor interno.

- O que foi? - meu noivo sussurra.

- Nada, ele só quer saber se é nossa primeira vez aqui.

- Ah.

Seus olhos curiosos estão olhando para todos os lados, como um garotinho. E, por falar em garotinho curioso, o Noah está capotado com a cabeça encostada no meu ombro. O coitado não dormiu quase nada na viajem e agora está matando as horas perdidas de sono.

- Eu me chamo José. - o homem se apresenta com um sorriso educado. - Pelo que prestei atenção, seu marido não é brasileiro, mas pode dizer que ele vai gostar bastante daqui!

Não corrijo o taxista. Em breve eu serei esposa do Peter, mesmo!

Seu jeito de falar é caloroso e só assim vejo o quanto não via a hora de escutar o sotaque carioca. Bom, têm a Cida e a Sara, mas as vozes delas já é bem conhecida e é como se não fizesse muita diferença. Não que eu não goste, é claro, mas existe uma grande diferença.

Depois do AcasoWhere stories live. Discover now