Bom o suficiente

Capítulo 1

Ray se levantou, ele olhou para o relógio na cômoda ao lado da sua cama, marcava quatro e meia da manhã.
Ele suspirou, o mesmo colocou os pés no chão, um arrepio percorreu seu corpo quando seus pés tocaram o chão de madeira frio.

Ele ainda estava com sono, ele foi até a porta e abriu-a, Ray saiu do quarto e caminhou até as escadas, ele desceu silenciosamente os degraus, quando ele já estava no andar debaixo, o mesmo dirigiu-se à cozinha.

Ele pegou um copo e despejou um pouco de água, ele tomou a água em alguns goles, e então se virou para voltar para seu quarto, mas viu uma figura de olhos azuis entrando na cozinha.

- Norman? O que você está fazendo aqui? - Ray perguntou em um sussurro.

- Ah, eu vim beber um pouco de água. - Ele sussurrou em resposta.

- Entendi, bem, já estou voltando para o meu quarto. - Ele deu alguns passos, mas quando passou por Norman, o mesmo segurou seu braço. - O que você quer?

- Ray, almoce comigo na escola amanhã? Por favor. - Norman perguntou olhando para seus olhos esverdeados.

- Hã? Por que você está me pedindo isso? Você costuma almoçar aqui em casa - Ele disse erguendo uma sobrancelha - Não, muito obrigado, tenho coisas para fazer.

Norman suspirou e soltou o braço de Ray, o de olhos azuis olhou para Ray e depois para o chão.

E então Ray voltou para seu quarto, ele não entendeu o súbito pedido do esbranquiçado, ele se deitou e ficou olhando para o teto.

"Eu nunca tive uma boa conversa com o Norman, embora sejamos 'irmãos', não sei nada sobre ele, somos desconhecidos." - Pensou Ray.

Ele suspirou.
Por que todo mundo amava Norman? Era por causa dos seus olhos azuis? Era por causa de sua bondade? Ou era porque ele é perfeito?

- Ele é um lord, e eu sou apenas uma linha torta, não podemos ser irmãos, minha mãe tem motivos para preferi-lo. - Ele disse fechando os olhos.

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Ray desceu as escadas, sua mãe estava conversando com Norman, ele tentou passar por ambos discretamente, mas a tentativa falhou.

- Filho, bom dia, eu não consegui preparar nenhum café da manhã para você, pois estava preparando algo para o Norman comer na escola. - disse ela com um suspiro - E você já está atrasado, então eu também não consegui preparar nada para você levar. Tudo bem?

- Ah, tudo bem, não estou com muita fome, eu já estou indo para a escola! - ele forçou um sorriso.

- Já? Você não quer que eu leve você junto com o Norman? - Isabella perguntou olhando para o mesmo.

- Não, obrigado! Até logo. - Ele caminhou rapidamente até a porta e saiu de casa.
Ele caminhou em passos rápidos para sua escola, onde um humano de cabelo alaranjado correu para abraçá-lo.

- Ray! Tudo bem? Senti sua falta! - Emma, ​​sua melhor amiga, perguntou abraçando-o com força.

- E-Emma, ​​eu não consigo respirar! - Ele falava com dificuldade, a garota rapidamente o soltou do abraço - Obrigado, eu estou normal, aliás não há motivo para você sentir minha falta, nos vimos ontem.

- Ray, meu querido Ray, eu te amo tanto, é por isso que senti sua falta, hehe. - ela sorriu animadamente - Mas, Ray, qual é o seu normal? Seu normal é feliz? Triste? O que?

- Meu normal é normal, Emma. - ele falou com indiferença.

- Nossa, isso me ajudou muito, obrigada! - ela fez uma careta - Mas, mudando de assunto, as coisas na sua casa já foram resolvidas?

- Não, ainda é a mesma merda. - Ele falava com sua expressão de tédio como sempre - Já te disse, o Norman é perfeito e eu sou uma linha torta.

- Ray! Você não é uma linha torta, mas também não é perfeito, você é bom o suficiente. - ela fez uma pausa - Você que está se julgando e se comparando aos outros.

- Eu não me julgo e nem me comparo com os outros! Onde você inventou essa merda?! - disse ele suspirando entediante.

- Se você diz. - ela deu de ombros - Mas, mudando de assunto novamente, você não queria ser bom em esportes como eu?

- Ah sim, eu queria, eu sou um merda nos esportes, você é ótima neles, se eu fosse como você... - Ele disse desviando o seu olhar para o chão.

- Está vendo?! Você se julga, Ray, você é bom o suficiente, lembre-se disso. - Emma disse séria.

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