VINTE E OITO

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  ◇◇  ◇◇  ◇◇ Rafael ◇◇  ◇◇  ◇◇

Nós partimos para Nusa Penida no dia do meu aniversário. Voltaremos apenas no final de abril. Nós vamos pousar em Bali, pegaremos um barco para Nusa Penida e ficaremos lá por cinco dias. Depois voltaremos a Bali e ficaremos aqui pelo resto da viajem. Chegamos no hotel de manhã. O nosso quarto tem uma bela vista da praia e suas águas turquesa. Lily está mais animada do que eu, e logo troca de roupas e me arrasta até a praia. Nós decemos por uma grande escada de madeira até a areia branca e fina. O sol brilha quente no céu azul e limpo, fazendo nossas peles brilharem.

Essa ilha, uma das milhares que formam o arquipélago da Indonésia, ainda não é muito conhecida. A ilha tem centenas de praias escondidas, prontas para serem exploradas pelos mais curiosos. Lily e eu somos dois desses curiosos. Assim que nossos pés encostam na areia da praia, olhamos para aquela imensidão azul, e sorrimos. Eu sou o primeiro a retirar as roupas, Lily logo segue meu exemplo, e admiro seu corpo coberto pelas duas peças de tecido preto.

A água cristalina possibilita nossa visão  até a areia. O solo é limpo. Sem conchas ou pedras, apenas areia macia. As águas geladas nos refresca do calor, me fazendo suspirar. Assim que Lily emerge na água, reparo seus cabelos vermelhos pelos raios solares. Honestamente, seu cabelo fica mais vermelho do que castanho. Gosto de pensar que tem cabelos ruivos-acastanhado, e não o contrário. Sim, ela é ruiva. Minha ruiva.

— Sabe, eu te amo, mas esqueci de comprar seu presente — ela sorri meio envergonhada.

Passando suas pernas pelos meus quadris, aproximo a boca do seu ouvido e surrusso:

— Não se preocupe com isso. Eu já comprei meu próprio presente. Quando você vesti-lo, ficará completo — ela afasta seu rosto do meu, surpresa.

— Comprou uma lingerie?

— Isso mesmo. Vermelha como seus cabelos, pequena — ela cora fortemente. — E o seu rosto — acrescento risonho.

Eu adoro deixá-la corada. Não é muito difícil, mas ela não cora na mesma frequência que fazia no início do nosso relacionamento. Mesmo assim, ela cora bastante. Espero que isso nunca acabe. Por que vê-la corar quando tiro sua roupa, quando sussurro algo que não devia em seu ouvido, e quando digo o quão linda ela é depois do amor; me deixa maluco.

Depois de sair da praia, nós visitamos um dos templos antigos. O nome é Goa Giri Putri. Um templo hindu subterrâneo, localizado dentro de uma caverna, no topo de uma colina. Para entrar no templo é necessário se espremer entre rochas apertadas, já que a entrada é quase um buraco no chão. Só quando paramos perto da entrada é que me lembro que a Lily é claustrofóbica.

— Desculpe, pequena. Eu tinha esquecido disso. Vamos, tem outros lugares para visitar — sorrio pra ela, mas Lily me para.

— É só a entrada. Posso lidar com isso. Além do mais, não vou deixar de aproveitar minha vida por causa disso — ela diz firme.

Apenas concordo, e a acompanho para dentro. A entrada é apertada, mas logo que entramos no templo, ficamos pequenos. A caverna é enorme. A altura entre o chão e o teto deve ter metros e metros de altura. O interior é surpreendentemente gelado. Lanternas localizadas no alto das paredes rochosas iluminam o lugar, nos permitindo ver os altares e estátuas antigas que rodeiam o lugar.

Lily e eu passamos o dia explorando as praias escondidas por entre as montanhas rochosas, e colinas altas e verdes. Ao final do dia, quando voltamos ao hotel, Lily estava com as bochechas e o nariz vermelhos pelo sol, assim como seus ombros. Seu corpo está com uma marquinha deliciosa de biquíni, que eu estou louco para percorrer com a língua.

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