PUSH & PULL; bakugo katsuki [✓]

capítulo 3 • arco 2

Depois daquele dia, Bakugou se manteve afastado de mim. Eu não sabia ao certo o motivo, mas eu também não o forcei a se aproximar. Tanto quanto eu, deveria querer digerir tudo que estávamos sentindo um pelo outro. Não sei sobre ele, mas sei que é a minha primeira vez sentindo algo diferente assim.

Uns dias se passaram, e voltamos para nossas próprias casas, estando no meio das férias.

Os estágios voltavam antes das aulas, então eu constantemente me encontrava com Todoroki, e com Ako, Kirishima e Tamaki no metrô.

— Você e o Bakugou tem alguma coisa? — o bicolor parecia curioso. Enquanto estávamos encarregados de cuidar de algumas papeladas, ele decidiu puxar um assunto. — Depois da praia.

— Ahn, eu não sei ao certo — respondi com sinceridade. Àquele ponto, eu já confiava um tanto em Shoto, visto que ele não era do feitio de contar as coisas pros outros.

— Hm — ele assentiu, organizando as pastas nas prateleiras, pondo-as em ordem. — Ele não tem falado com você. — isso mais pareceu uma afirmação do que uma pergunta, e eu assenti.

— Não. Ele nem me mandou mensagem depois do primeiro dia na casa de praia do Eijiro — suspirei, exausta, choramingando. — Queria que fosse mais fácil de entendê-lo.

— Todo inimigo tem sua fraqueza — ele murmurou, pegando papéis soltos e prendendo-os com clipes. — Acho que só você pode conseguir contatá-lo, Kagami.

Sorri pelo modo dele de falar. Era um tanto engraçado.

— Certo... Acho que você tá certo — o olhei, com o sorriso ainda no rosto.

Ele piscou seus olhos, sorrindo de volta, como sempre de forma mínima. Já era alguma coisa, algo que eu considerava muito. Não se ganha o sorriso do meio-a-meio todos os dias.

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Como de costume jantamos juntos no restaurante de soba. Todoroki não parecia se importar em pagar com o cartão de seu pai – e eu já imaginava o porquê disso.

Na volta, ele me acompanhou até em casa. Eu adorava quando ele podia fazer isso, ter um companhia era sempre bom. Na ida eu ia de metrô, e na volta ele me levava a pé.

— Ah, ela já chegou — Yuri estava no quintal, com seu casaco preto que usava de vez em quando. Geralmente era depois do jantar, pra sair. — E aí, Todoroki! — ele até mesmo já tinha conhecido o bicolor.

— Oi — ele acenou com a cabeça, e deu dois tapinhas em meu ombro como uma despedida. — Já vou indo, Kagami.

— Okay, tchau, Todoroki!

— Pode me chamar de Shoto. — ele deu um daqueles seus sorrisos, e eu sorri abertamente de volta.

— E você me chame de Hyuna.

— Certo. Até mais — acenou para mim e Yuri, saindo novamente.

Dei um breve "tchau" para meu irmão que estava de saída e entrei para falar com minha mãe.