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Perigo: eu tô começando a achar que quer mesmo é me ver pelado- fala saindo do banheiro e eu dou risada
Eu: tranca a porta pô, como eu vou saber que tem gente no bendito banheiro?- pergunto e ele da risada
Perigo: sei lá, batendo?- fala e eu dou de ombros
Eu: do mesmo jeito, tranca a porta bebê- falo e vou pro banheiro plenissima.

Tomo o meu banho bem gostosinho mesmo, saio enrolada na toalha e vou pro meu quarto, entro trancando a porta e vou pro guarda-roupas, visto uma calcinha qualquer, um pijama bem confortável e pronto, passo perfumes desodorante e arrumo o meu cabelo num coque bagunçado, pego o meu celular e vejo sem tem alguma coisa importante, saio do quarto com o celular na mão e vejo o Perigo todo largado no sofá mechendo no celular, ignoro e vou direto para a cozinha, faço um miojo de galinha para mim e me sento no balcão para jantar plenissima mesmo, quem achar ruim que lute.

Perigo: tu tá comendo o que? Pergunta vindo para a cozinha
Eu: miojo- falo colocando o celular no balcão e ele me olha com uma careta- é o que tem, ainda não fiz compras esse mês- falo e ele vai para o fogão fazer o dele.

Janto numa boa mesmo e deixo a panela na pia, vou pro meu quarto com o celular na mão, deixo o celular no carregador e me jogo na cama me cobrindo toda bonitinha, viro pro lado e rapidinho eu apago.

[...]

César: tudo isso é sua culpa- fala do caixão- sua culpa, sua vadiazinha de merda, tudo é sua culpa- fala e eu dou um passo para trás assustada
Eu: minha culpa? Como minha culpa? Você que é culpado de tudo seu desgraçado- falo desesperada e ele da uma risada irônica
César: você ainda vai me pagar por tudo sua vadiazinha de merda, tu vai me pagar sua desgraça- fala pulando em cima de mim

[...]

Acordo gritando e respirando ofegante, esfrego o meu rosto nervosa e o Perigo entra no quarto num pulo me olhando preocupado, começo a chorar desesperada e ele bem pro meu lado me abraçando, ele não fala nada, apenas fica calado me abraçando e fazendo carinho na minha cabeça, eu sempre tenho vários pesadelos com o Sérgio, toda a noite praticamente, sempre assim, me ameaçando, ou algumas memórias que eu tenho da minhas infância, coisas desse tipo, entende? Mesmo com ele morto eu não consigo me libertar de tudo o que ja aconteceu comigo, eu não consigo me libertar do homem que se dizia ser meu pai, eu não consigo a minha liberdade nem com aquele desgraçado morto, que saco! Eu só quero ser libre, só quero viver uma vida sem traumas, sem medo, sem insegurança, entende?! Será que é tão difícil eu conseguir a droga da minha liberdade? Aquele merda já está morto, por que infernos eu não consigo ser uma pessoa livre? Será que infernos eu não consigo ser uma pessoa normal nesse caralho?

💀Leonardo Martins💀

BR: como tá sendo morar com a Carolzita? Ela tá pegando muito no seu pé?- pergunta entrando na minha sala com um sorriso divertido no rosto
Eu: mina é de boa pô, é até melhor morar com ela do que com a minha mãe- falo e dar a mínima mechendo no computador para resolver os bagulhos da favela
BR: tá comendo?- pergunta e eu nego com a cabeça rindo
Eu: vou mentir para tu não, mulherão da porra, quem não quer uma daquelas na cama?- pergunto e ele da risada
BR: tu, eu e mais o morro inteiro tá querendo ela- fala e eu dou de ombros
Eu: garota é bonita mesmo, não dá papo para qualquer um, é engraçada, quem não vai querer?- pergunto e ele da de ombros
BR: bagulho é o seguinte, rouba uma calcinha dela, coa café e bebe, a mina é tua- fala e eu dou risada da cara dele
Eu: as idéias do outro? Que porra tu anda fumando caraí?- falo e ele da risada
BR: bom que tu aquieta o facho, fica nessas tuas brisas que tua coroa tá querendo nora e neto- fala e eu me benzo
Eu: tá aí uma coisa que ela vai ficar querendo, vai para lá com essas brisas cacete- falo e ele da risada
BR: mas na moral mesmo, para fiel, tu escolhia quem aqui da favela?- pergunta e eu dou de ombros
Eu: Carolina, querendo ou não a bicha é foda por demais, já imaginou aquela porra de patroa na favela?- falo rindo e ele se benze
BR: Deus é pai, tenho até medo viu?!- fala e eu dou risada.

Ficamos lá um bom tempo falando da dona Carolina, vejo que tá perto da dona lá sair do trabalho e pego a moto emprestada com o BR para ir buscar a bonita, papo de dez minutos eu já tava parando em frente da loja lá e ela tava saindo conversando com um marmanjo, já vi que ele tá incomodando ela só pela cara feia que ela tá, desço da moto e tiro o capacete me aproximando deles, passo o braço pela cintura dela e ela me olha assustada.

Eu: bora amor?- chamo me fazendo mesmo
- amor? Jurava que tu era solteira- fala me olhando debochado
Eu: sabe como é né?! O que ninguém sabe ninguém estraga- falo e a Carol me olha com uma cara não muito boa
- que se foda Carol, deixa esse arrombado de lado e fica comigo porra- fala e eu olho para ele com uma cara muito da boa
Eu: segura isso aqui- falo entregando os capacetes para a Carol e coloco ela atrás de mim, seguro a gols da camisa do cara lá que me olha com os olhos arregalados- já vou te mandar o papo, fica longe da minha mulher se não tu vai se ver comigo, e eu posso te garantir que tu não vai gostar nada nada de se resolver comigo- falo e solto ele que ficou lá que nem bosta no chão caído.

Agarro o braço do Carol e levo ela até a moto, monto na moto e pego o capacete da mão dela colocando na cabeça, dou a mão para ela e ajudo a guria subir na moto, ela coloca o capacete e agarra a minha cintura.
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Hey babys, gostando do capítulo? Espero que sim! Não esqueçam de votar, comentar o que estão achando da história e até quarta-feira.

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