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Eu: finalmente estreamos o meu escritório- falo com a cabeça deitada no seu ombro, completamente exausta.

TT: como está sendo bom estar de volta- fala e eu dou risada da cara dele.

Eu: eu te amo- falo olhando para ele e o meu marido já me puxa para um beijo gostosinho.

TT: eu te amo, nunca duvide do meu amor por você Carolina, porquê ele é muito maior do que você pode imaginar- fala e eu já encho ele de selinhos.

Mas sei lá, parece que quando tudo está bom, tudo está maravilhoso, tudo está na santa paz, aparece um jeito desse clima ser estragado, agora por um exemplo, os fogos começaram a ecoar pelo complexo avisando sobre uma invasão que já está acontecendo.

Me levanto de cima do meu marido num pulo e nós dois já fomos vestindo as nossas roupas, o meu marido já vai pegando a arma dele e a fuzil que ele mandou eu esconder atrás de uma quadro com outro foto nossa, vestimos os nossos coletes a prova de balas e ele já me puxa para ele me beijando.

TT: não sai daqui, aqui é o lugar mais seguro que você pode ficar- fala me olhando sério.

Eu: eu não vou deixar vocês nessa guerra sozinho- falo e ele nega com a cabeça.

TT: e eu não vou deixar na guerra, você tem que ficar segura porra- fala e eu nego com a cabeça.

Eu: você sabe que eu vou dar o meu jeito de sair daqui né?!- pergunta ja lhe dando a resposta e ele confirma com a cabeça.

TT: você ainda vai me deixar doido da cabeça Carolina- fala e me puxa para um beijo rápido- cuidado amor- fala me dando um último selinho.

Eu: me promete que vai voltar para mim- peço e ele confirma com a cabeça.

TT: mesmo não sendo em carne e osso, vou estar sempre com você boneca, até quando Deus me permitir- fala e eu nego com a cabeça.

Eu: não vem com esses papos não Thiago, eu preciso do meu marido bem, vivo- falo e ele da de ombros.

TT: eu tô indo para a guerra vida, não posso te dar garantia de nada, piorou de que eu vou voltar vivo, mas eu tô prometendo fazer de tudo para voltar para você- fala e eu confirmo com a cabeça.

Eu: eu te amo- falo e ele me puxa para outro beijo.

TT: eu te amo vida- fala me dando um último selinho antes de sair vazado.

Percebo que ele esqueceu o radinho dele em cima da minha mesa e já o agarro, fico sentada na minha sala, apenas rezando para tudo dar certo enquanto escuto os moleques falando pelo radinho, só na espera de notícias sobre o meu marido, o BR e dos meus sogros.

Lobão: é o Perigo, acabei de ver ele subindo na direção da Maktub com um grupo de soldados.

TT: a Carolina está lá porra- fala bravão no radinho.

Lobão: porra, eu tô ocupado aqui, alguém sobe lá- fala desesperado.

Bia: eu tô subindo com um grupo de vapores- fala ofegante.

BR: tô subindo também- fala também ofegante.

TT: eu tô descendo, eu tô descendo- fala e escuto os tiros ecoando no fundo.

Eu levanto num pulo e já trato de prender o radinho no meu colete, sigo até o quadro de uma das minhas primeiras fotos com o TT e já o puxo revelando o arsenal escondido, pego uma Glock prendendo na minha calça, e o fuzil já vendo se está carregado.

Fecho o arsenal e já saio da minha sala indo até o elevador, aperto o botão do primeiro andar e fico na espreita com a fuzil apontada para a porta, pronta para atirar em que aparecer na minha frente, nessas horas que eu agradeço ao TT, o BR e os meus sogros por terem me ensinado a atirar.

As portas do elevador se abrem e eu já vejo a minha sogra e o BR apontando as armas para mim, a minha sogra me abraça com força e já saímos da Maktub prontos para caçar o Perigo, de longe eu vejo o TT descendo o morro correndo com os homens dele atrás, assim que ele me vê ele já vem correndo na minha direção e me aperta no abraço.

TT: você tá bem?- pergunta e eu confirmo com a cabeça.

Eu: tô sim amor, calma- falo e ele confirma com a cabeça me dando um beijo na testa.

TT: ele já apareceu?- pergunta e negamos com a cabeça.

Bia: vamos sair daqui logo, estamos muito expostos aqui- fala e confirmamos com a cabeça.

TT: é hoje que eu mato esse filho da puta- fala com o ódio bem presente na sua feição.

Saímos em grupos da frente da Maktub, o BR foi por baixo, a minha sogra assumiu o meu lugar já Maktub com os homens dela, e eu subo com o Thiago, o meu marido faz questão de me colocar atrás dele na tentativa de me proteger, mas na primeira oportunidade de tomar o seu lugar eu já estava lá.

Sigo na frente do Thiago em um beco estreito, sigo pelo beco focada na mira e já vejo o Leonardo de costas para mim no beco, cutuco o Thiago fazendo sinal de silêncio e nós dois já miramos nele, seguimos devagar até chegar em uma das entradas do beco e nos protegemos atrás de uma das casas, olho para o Leonardo com o Thiago e o meu marido faz sinal para eu me abaixar, assim eu faço e o meu marido fica mirando nele em cima de mim.

Contamos até três com os dedos e atiramos, mas o filho de uma puta desgraçado conseguiu correr e se esconder atrás de uma parede, me protejo atrás da parede com o meu marido também e ele começa a atirar, meto as caras e começo a atirar nele também, mas o filho da puta se esconde atrás da parede novamente.

Ficamos nesse embate até a arma do meu marido ficar sem munição, olho para o Thiago e ele já entende o que o quero fazer, ele só nega com a cabeça e eu já me levanto e saio do "esconderijo", sigo devagar pelo beco e já paro cara a cara com o Leonardo, um com a arma apontada para o outro.

Perigo: você está mais perigosa do que antes Carolzinha- fala debochado e eu dou risada.

Eu: você não imagina o quanto querido- falo e atiro duas vezes contra a sua cabeça- isso é para você nunca mais achar que pode encostar em mim- falo e descarrego a minha fuzil no seu rosto, mesmo ele já estando morto no chão.

LiberdadeWhere stories live. Discover now