Capítulo 23

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VOOOOLTEEEEI!

E NÃO TENHO MUITO O QUE DIZER, SÓ QUE AQUELES DOIS VÃO FICAR PUTOS.

BEIZUS DE LUX ❤





- AI MEU RABO!

- Mas eu nem enfiei ainda.

Encaro ela.

Filha da puta do cão!

- Isso doeu, Brooke! - fecho a cara.

Saio de perto dessa louca, massageando meu pobre bumbum, e vou até o espelho, levanto o blusão que cobria o local dolorido e fico ainda mais puta.

- Sua infeliz, deixou marca.

Encaro o carimbo avermelhado no formato de mão, que ela havia deixado na minha bunda.

- Deixa eu bater do outro lado. - seu sorriso aumenta.

Pego uma pelúcia que estava na penteadeira e jogo nela.

Em cheio! Bem na cara!

- Ouxe, foi só um tapinha.

Rolo os olhos e cruzo os braços, encarando ela com uma sobrancelha arqueada.

- Aliás, adorei como a marca da minha mão ficou aí. - seu sorriso muda para algo carregado de malícia, e seus olhos brilham com o sentimento.

Dou passos para trás quando ela começa com os seus em minha direção. A parede me impede de continuar me afastando, o frio que brinca na minha barriga me faz respirar mais rápido, e a ansiedade e o leve medo ao ver a expressão séria no rosto dela, me fazem abaixar levemente a cabeça.

Ela para a centímetros de mim, encarando de cima sem deixar a expressão de poder sair do rosto. Sua mão vai para o meu queixo, o segurando nas pontas dos dedos e o levantando, me fazendo olhar no fundo dos olhos coloridos.

- Você é tão perfeita para o que eu estou procurando. - a voz sai baixa, rouca, e parecia carregada de desejo e promessas ocultas.

Um arrepio sobe por todo o meu corpo, se instalando em meu ventre em seguida, e fazendo meu coração acelerar um pouco mais.

- D-do que você está falando?

Gaguejei, mas não era exatamente medo que corria nas minhas veias. Tinha outro sentimento, algo novo e perigoso, que fazia meu cérebro gritar para tomar distância.

- Estou falando, que você parece perfeita para ser a submissa que eu quero.

Não ouso me mexer um centímetro, quando ela desce o rosto, tirando a mão do meu queixo e colocando na minha nuca, fecha os dedos nos meus cabelos, a boca indo em minha orelha fazendo a respiração quente e rápida, me causar arrepios.

- O medo que eu estava esperando não apareceu nos seus olhos, Dalila.

Fecho os olhos, aproveitando da tortura gostosa que sua boca fazia na minha orelha e depois pescoço.

- Talvez, eu não tenha medo. - respondo sem pensar, mas não consigo me arrepender.

Eu não conseguia pensar em nada com aquela maldita boca tão perto de mim, ou com a mão puxando meu cabelo e as vezes fazendo uma carícia leve com a ponta da unha.

- Então quer isso? - a voz ainda mais rouca, um tom mais baixo, e fazendo o alerta de perigo disparar no meu corpo.

Dei mais acesso ainda para ela quando tombei um pouco mais meu pescoço para o lado, e um maldito gemido escapou dos meus lábios.

- Como vou decidir se não sei como é?

Ela levanta o rosto, e não me demorei em sentir falta do que ela fazia ali, e abrir os olhos.

- Língua afiada, senhorita Dalila.

O sorriso de lado surge, e sinto uma aperto forte em minha cintura. Mas não consigo sentir receio algum, pelo contrário, o desafio grita em meu corpo e só tenho vontade de responder e provocar Brooke ainda mais.

- Você pode dar um jeito nela, Brooke. - me atrevo a tentar sorrir do mesmo jeito que ela.

Péssima escolha a minha.

Sua mão vai para o meu pescoço deixando de brincar com meu cabelo. Os dedos apertam com cuidado, sem me machucar, mas deixava claro que não era eu quem controlava ali.
Brooke sabia bem o que estava fazendo, pelo menos, era a minha percepção até agora. Sempre procurando minha permissão com os olhos, esperando um momento para ver se eu reagiria mal a alguma coisa que ela fizesse. Mas eu não iria agir como uma garotinha assustada, não depois de conhecer um pouco desse mundo com Heitor, de saber o mínimo de como era tudo. Ela ser assim ou querer isso não me amedrontava, era bem o contrário, só me atraia mais.

Sou louca? Bem, eu é que não vou tentar convencer ninguém do contrário.

Estava gostando sim desse novo mundo que vinha conhecendo, e estava curiosa com o que Brooke poderia me mostrar...

Sinto o aperto aumentar levemente no meu pescoço, e isso me faz voltar a realidade.

- Em que você tanto pensa?

Seu olhar curioso me faz sorrir de lado, e aproveitar a chance para provocar.

- Em quando você irá me mostrar o que preciso para ser sua submissa.

Maluca

Maluca

Maluca

Completamente maluca!

Minha parte racional estava prontinha para me internar em um hospício, e eu não duvido que os médicos concordariam no mesmo instante.

- Você é maluca!

Dou de ombros.

- Disso eu sei.

Ela suspira, parece pensar por um momento e depois nega com a cabeça me soltando em seguida.

- De qualquer forma, não acho que você suportaria esse tipo de coisa. - fala por cima do ombro, já que se afastou de mim e sentou na cama.

Rolo os olhos sem paciência para mais uma pessoa olhando somente para a minha possível fragilidade, mas não digo nada, simplesmente vou até a minha penteadeira e pego uma caixa que estava escondida atrás dela.
Kael havia me dado ela de presente, alegando que o que ele usaria comigo seria separado das coisas que Heitor usaria, mas no fim somente ficou ali, guardado desde que me entregou.
Me sentei na frente de Brooke e coloquei a caixa entre nós duas. Seu olhar logo foi tomado por curiosidade, mas também uma dúvida mal escondida.

- Eu não sou tão inocente assim, Brooke. - suspirei e me levantei, ficando em sua frente. - Pelo menos, não sou mais...

Ela só me olhou, e eu comecei a fazer o que pensei ao pegar a caixa. Tirei o blusão que cobria meu corpo, abri a caixa, - que era composta por várias caixinhas menores - e fui pegando o que eu precisaria. Por fim, meu pescoço estava preso por uma coleira, uma meia com cinta liga delineava minhas pernas, e eu estava de joelhos com a cabeça baixa na frente dela, do jeito que eu havia sido instruída quando assinei aquele contrato com Heitor.

- Talvez eu já seja o que você procura, Brooke.

Eu não podia ver a expressão no rosto dela, mas sabia que me olhava. Sabia pois sentia o meu corpo queimar e pesar com sua atenção em mim.

Daddy Por Tempo IndeterminadoOnde histórias criam vida. Descubra agora