Capítulo 9

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Eu estava uma pilha de nervos! Já havia me arrumado e agora esperava ansiosamente para ver minha menina depois de um final de semana inteiro sem conversar com ela direito, mas além da saudade, tinha o nervosismo do que estava prestes a acontecer, ...

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Eu estava uma pilha de nervos! Já havia me arrumado e agora esperava ansiosamente para ver minha menina depois de um final de semana inteiro sem conversar com ela direito, mas além da saudade, tinha o nervosismo do que estava prestes a acontecer, eu ia conhecer a mãe dela! E não vou mentir, estava me borrando de medo, isso é um fato! Ah, não venham me julgar, ok? Mães são protetoras e nervosas, ainda mais quando o "filhote" é do sexo feminino, aí sim, era algo perigoso de se mexer. E eu estava indo fazer exatamente isso!
Respirei fundo mais uma vez, e finalmente tomei coragem de bater na porta branca a minha frente. Em segundos escuto os passinhos do lado de dentro e um 'já vai' abafado, logo em seguida a minha bebê se joga em meus braços e deixa um beijo estalado em meus lábios.

- Boa noite, amor. - a última palavra sai baixinha e envergonhada, mas escuto mesmo assim e deixo que a novidade se espalhe de um jeito bom em meu peito.

- Boa noite, meu amor!

Sussurrei contra seus lábios e aproveitei para roubar um último selinho seu, mas isso só porque uma baixinha com cara de mal me encarava de dentro da casa. Tô na merda!
Sorrio de uma forma educada e dou uma empurradinha na minha pequena, e acho que ela entende perfeitamente, já que me puxa para dentro pela a mão, fecha a porta e se coloca entre mim e sua mãe.

- Dona Mari, esse aqui é o Heitor!

A mulher me olha, da cabeça aos pés, da uma volta completa me avaliando, e quando eu estou quase surtando ela finalmente fala.

- Que homem em minha filha!? - ela ri.

A mulher simplesmente ri, e eu ali, quase dando um treco! E acho que ela notou isso.

- Calma menino, já te aprovei já. - ela da uma piscadela. - Mas nem pense em pisar na bola com a minha menina.

Concordei rapidamente com a cabeça e dona Mari voltou a sorrir.

- Ótimo! - recebi dois tapinhas no ombro. - Agora vamos jantar, sim?

Só concordei de novo, mas dessa vez muito mais aliviado. Depois disso, a noite foi tranquila. Conversamos e damos risadas enquanto comíamos, foi bom o tempo que ficamos ali, distraídos e presos naquele momento tão novo para os três. Na verdade, foi bem melhor do que eu imaginei que seria, dona Mari era uma pessoa boa, super protetora com a filha, mas isso era o medo de que Dalila tivesse o mesmo problema que ela teve, e nisso, depois de escutar toda a história, eu entendi perfeitamente o seu medo, e prometi, se dependesse de mim, isso não aconteceria nunca...

••• 🧸 •••

Depois de ajudar as duas a arrumar a cozinha, - mesmo elas reclamando que eu era visita.- Dalila me puxou pro seu quarto sem se importar com os avisos de sua mãe.

- Ela não vai ficar com raiva ?

Perguntei quando vi a maluca trancar a porta e se encostar com um sorriso divertido nos lábios.

- Já prometi a ela não fazer nada sem conversar com a mesma antes. E...- ela desencosta da porta e se aproxima de mim. - Você disse que queria me entregar algo.

Olhei pra ela impressionado, da onde surgiu essa ousadia toda? Mas só deixei pra lá, eu já sabia como usar esse atrevimento futuramente...

- Eu comprei isso aqui.

Tirei a caixinha rosa do bolso e entreguei para a minha pequena. Eu sabia que ela já tinha uma, nessa primeira semana de namoro ela me mostrou as coisinhas que ela gostava de usar dentro e fora do little space. Mas eu queria mimar Dalila o quanto eu conseguisse, e aquele era só um começo, de tudo o que eu queria poder dar a ela.

- Um bubu novo! - ela fica eufórica assim que vê o conteúdo dentro da pequena caixa.

Deixo o meu sorriso crescer quando ela volta do banheiro depois de lavar a chupeta, e com a mesma na boca. Ficou exatamente como eu tinha imaginado, uma bebê fofa e delicada, e o melhor, era minha! Sorri ainda mais, se é que era possível, e abracei meu bebê dando um passo para trás e nos derrubando na cama. Enquanto acariciava seus fios cor de rosa, fiquei pensando nisso de "minha", eu nunca fui um cara lá muito ciumento, e também não ligo realmente de "dividir" a pessoa com quem estou, desde que seja em meus termos, até porque, tenho certo interesse em um relacionamento compartilhado, ou seja, dividir essa vida de daddy com alguém próximo e que vá respeitar os meus termos. Não me entenda mal e nem me ache contraditório, já que eu tinha deixado meio claro que não queria mais dividir com vários, a pessoa que está comigo, mas isso foi mais tipo: eu quero alguém que se comprometa em um relacionamento, e não que me diga toda vez que não pode nem mesmo passar a noite na minha casa. Quero sim que a Dalila seja minha, e não vou mentir, não aceitaria ela se relacionar com outra pessoa, e eu também não faria isso com ela e nem com a "outra", mas ser um daddy em tempo integral é meio complicado, eu precisaria da ajuda de outra pessoa, alguém de minha confiança e que eu aceitaria numa boa perto da Lila, desde que ela aceitasse isso, claro! Bem, no fim isso vai ter de esperar, já que ela nem mesmo sabe das regras mais simples disso ainda...
Quando dou conta de quão longe os meus pensamentos foram, minha menina já estava dormindo. O bubu, como ela chamava, havia caído de sua boca e agora estava entre nós dois, uma mancha pequena e molhada imaculava o branco da minha blusa, a bebê dormia tão profundamente que babava, e no lugar da raiva, me veio a vontade de sorri, a cena não passava de engraçada pra mim.
Me afastei de vagar dela, deixando seu rosto apoiado no travesseiro, quando a mesma se mexeu e resmungou, coloquei o mais rápido que consegui a chupeta em sua boca, e a mesma voltou a dormir. No criado-mudo, deixei um bilhete, não queria que ela acordasse e achasse que fui embora sem me despedir. Falei com dona Mari, e expliquei que Dalila havia dormido e que eu precisava ir embora para adiantar a aula de segunda, nos despedimos, e eu fui embora. Eu não vou mentir, esse foi o único jantar da vida que eu realmente gostei, e pela primeira vez estou indo embora não estressado, mas sim com um sorriso idiota nos lábios.

Daddy Por Tempo IndeterminadoOnde histórias criam vida. Descubra agora