Capítulo 18

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Era engraçado de se ver aquela cena! Os dois homens, que ficavam feito gigantes perto da mulher baixinha, com medo por ela estar armada com uma colher

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Era engraçado de se ver aquela cena! Os dois homens, que ficavam feito gigantes perto da mulher baixinha, com medo por ela estar armada com uma colher...
A minha mãe não tinha ficado feliz por eu ter saído no sábado e só retornado ontem, na segunda de tarde. Então obrigou os dois brutamontes que me trouxeram até em casa, dormir aqui para que ela tivesse uma conversinha com os dois. E agora, na cozinha apertada, a minha mãe ameaçava bater em Kael, já que este deu a louca e resolveu contar pra ela, que ele também era meu namorado!

E o que aconteceu?

Sim! Deu merda!

A minha mãe é uma mulher tradicional, que respeita aquelas regras antigas, apesar de não me obrigar seguir a risca essas mesmas, mas se eu fizer, a deixarei imensamente feliz... Então, já devem imaginar que ela não ficou nem um pouco feliz ao saber que agora estou namorando os dois homens, um moreno ajeitadadinho e um loiro pra frente e gostosão! - palavras da dona Maria, ok!? -. E já fazia um bom tempo que os dois tentavam amansar a fera, enquanto eu só aproveitava o meu brigadeiro e assistia She-ra*.

Se eu não vou ajudar eles?

Não, não vou! Ninguém mandou abrirem a boca! Kael podia muito bem se passar por um amigo!

Dou de ombros pros meus pensamentos. Tenho culpa de nada disso naum!
Volto minha atenção para o meu brigadeiro e não me surpreendo nem um pouco com a bagunça que acabei fazendo enquanto divagava. Minhas mãos e a colher estavam meladas, e tinha mais brigadeiro fora da vasilha do que dentro dela...

- Dalila você... que bagunça! - olhei para Kael, e ele me olhou de volta, e parecia bravo!

O ti eu fiz!?

- No little de novo, pequena?

Ue, adola ele tá bonzinho?

- A bagunça...- meu dadda entra na sala e eu e Kael o olhamos. - É um gatilho pra ela entrar no little, a bagunça com o doce...

Naum tô entendendo mais nada! Ti negócio é esse de gatilho?

- Vem bebê, vamos limpar isso antes que sua mãe veja.

Estendo meus braços e aceito o colinho. Melhor lugar do mundo todinho!
Meu dadda me leva pro quarto enquanto o appa volta para cozinha, cada um fazendo o que me prometeram, cuidar de mim...
Heitor me faz tomar banho e ainda me dá umas palmadas por eu ter feito pirraça antes de entrar - forçada! - no banheiro. Quando saí, já estava vestida com a calcinha, porquê dadda não podia ver minha parte de princesa. Fui até ele que estava sentado na beiradinha da minha cama e com uma blusa e short meus na mão.

- Vê se essa roupa que escolhi está boa para você. - pego o conjunto e coloco eles arrumados na cama, ao seu lado.

Era uma blusinha branca com estampa de pequenos ursos pandas e no estilo kawaii, o shortinho era jeans e na cor preta, e rasgadinho nas beiradas.

- Tá bom xim, dadda! - minha voz sai diferente, mas não ligo.

Abraço ele em agradecimento e aproveito para me sentar em seu colo.

- Amo quando me chama assim, bebê. - sinto os lábios molhados dele na minha bochecha e sorrio.

Amava o carinho do meu dadda!

- Vamos vestir? - ele sorri e eu concordo.

Solto um gritinho quando sinto minha toalha ser retirada e o creme gelado entrar em contato com minha pele, logo começo a gargalhar junto com Heitor que me joga na cama e faz cócegas em minha barriga.

- Quem é a minha bebezinha!? - ele para as cócegas por um momento e me olha esperando a resposta.

Uma vontade estranha de dar a resposta errada surge em mim, e eu o olho sorrindo travessa.

- Naum xei, dadda! - olhei pra ele por baixo dos cílios.

O rosto dele muda, fica sério, mas o brilho divertido ainda continuava lá, nos seus olhos.

- Ae!? - sobe em cima de mim, ficando sentado nas minhas pernas. - Tem certeza, baby!?

Sorrio, queria responder ele, errado de preferência, mas aquele jeito sério deixava claro que ele continuaria as cócegas, e esse treco é uma tortura!

- Sou eu dadda, mas agola xai ti voxê gordo! - empurro ele mas o mesmo não sai do lugar.

- Como é que é, Dalila!? - olhei pra ele.

Seus olhos escureceram, e agora eu fiquei com medo! Mas ainda Queria provocar ele...

Aish! doida?

- Falei pra sair de cima de mim! - desafio a morte mais uma vez, mas não ligo e sorrio. - Você está pesado, anda sai!

Ele sai de cima das minhas pernas, mas antes que eu possa cantar minha vitória, sou virada de uma vez na cama. Heitor volta a sentar sobre as minhas pernas e logo em seguida me assusto ao ouvir o estalo e logo em seguida a ardência em minha bunda.

- Nunca mais Dalila, nunca mais seja petulante comigo desse jeito! - sua voz sai estranha como se fosse ele a sentir dor.

O próximo tapa vem, e depois o outro e depois mais um, até completar dez. Não solto um barulho sequer, minhas lágrimas molham meu mosto, mas me recuso a emitir um soluço sequer! Minha raiva e mágoa está muito maior que a dor, por quê ele está me batendo?

- Heitor, Dalila...- ele entra e logo sua voz aumenta alguns tons. - Mas que merda você está fazendo, cara!?

O peso sai de minhas pernas e logo estou envolvida por braços enormes e um abraço reconfortante.

- Eu... pequena me desculpa! - escuto sua voz e não a suporto. Não o olhei, somente me agarrei ainda mais a Kael. - Dalila, você não pode...

- Vai pra casa, Heitor! Depois conversamos...- escuto sua voz sair calma, mas os seus braços me apertam um pouco mais.

Depois disso, só vem o barulho dos passos e a porta batendo. Ele tinha ido embora, e eu agradeci por isso, me permitindo soltar o primeiro soluço.

- Ei meu anjinho...- sua mão me afasta um pouco e depois segura em meu rosto, me obrigando olha-lo. - Está tudo bem...

Não, não estava! Aqueles tapas tinham machucado mais os meus sentimentos do que o meu corpo, e eu não conseguia entender! Estava magoada com Heitor, não entendia o motivo dele ter me batido, não queria entender, não queria ver ele de jeito nenhum!
E continuei com esses pensamentos quando Kael passou uma pomada na minha bunda, que começava a ficar roxa, ou quando ele me vestiu só com um vestidinho leve, e me fez deitar na cama, explicou para minha mãe o motivo de eu não estar com fome, e que ficaria ali comigo. Quando a noite chegou e ele se foi, minha mãe me trouxe um chocolate quente, me fez escovar os dentes e deitou na minha cama comigo até que eu pegasse no sono de novo, e pudesse esquecer por algumas horas o sentimento que estava me esmagando o peito...

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N. A: Ainda tem alguém ?

Eu sei que esse cap demorou mais que o normal pra sair, mas é que minhas ideias simplesmente evaporaram e eu não sabia o que escrever...
Ele não ficou muito bom, eu pelo menos não gostei, mas espero que pelo menos vocês tenham gostado...

Dois bjs! ❤❤


She-Ra: É uma série em desenho da Netflix.
(Maravilhosa, eu amo! E recomendo).

Daddy Por Tempo IndeterminadoWhere stories live. Discover now