13. selfish

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Sowon soltou um suspiro pesado enquanto passava o marca-texto na frase. Fechou os olhos por alguns segundos e bocejou antes de alcançar o celular para conferir as redes sociais, rolou todo o feed do Instagram, respondendo à mensagem de Lana, avisando estar bem e já em casa. Ainda usava as roupas que havia vestido para sair com Donghyuck, mas novamente ele não havia aparecido. Era o quinto encontro furado, e Sowon não recebeu sequer uma mensagem.

O relógio marcou duas da manhã. Sua cabeça começava a doer, talvez pelo cansaço. Seu celular tocou, o nome de Donghyuck brilhou na tela e Sowon se questionou se deveria atender a ligação pensando em qual seria a desculpa que ele usaria dessa vez. A ligação caiu após algum tempo e não demorou até que o aparelho voltasse a tocar.

— São duas da manhã Donghyuck — falou assim que atendeu.

— Você pode abrir a porta? É uma emergência.

Sowon franziu o cenho, notando que a voz do garoto estava um pouco diferente, parecia cansada e carregava um tom de seriedade, indicando que algo havia acontecido, o que lhe causou certa preocupação.

— O que aconteceu, Hyuck?

— Só abre a porta.

Sowon se apressou em deixar os livros de lado, correndo até a porta enquanto encerrava a ligação. Ao abrir a madeira, sentiu como se o seu coração tivesse parado.  Donghyuck adentrou o pequeno apartamento sem perder tempo, carregando junto ao seu corpo outro garoto, que Sowon reconheceu rapidamente. Era Jeno. Um rastro de sangue se fez presente no chão e um gemido dolorido saiu dos lábios do rapaz.

― Donghyuck... ― sussurrou, assustada com a situação, os olhos estavam arregalados acompanhando cada movimento do namorado. Jeno estava deitado em seu sofá e sangrava na lateral do corpo, pouco abaixo da costela.

Seu rosto tinha ferimentos e hematomas que aparentavam ser graves, suas roupas estavam repletas de sangue e ela não soube dizer se todo aquele sangue era ou não dele.

― Por favor, não faça perguntas agora, apenas me ajude. ― Donghyuck falou de forma rápida e um pouco grosseira, correndo de um lado para o outro para que alcançasse tudo o que fosse necessário. 

Sowon, ainda perdida, aproximou-se para ajudar, não fazia ideia do que havia acontecido, mas não passou despercebido que o namorado também estava ferido, não tanto quanto Jeno, mas ainda sim, estava machucado. 

― O que aconteceu com ele? ― perguntou, pressionando a ferida para que conseguisse estancar o sangue.

― Foi esfaqueado ― respondeu, seu tom de voz pareceu ter soando um pouco estranho, como se aquilo fosse normal, Donghyuck não parecia assustado ou qualquer coisa assim. ― Você sabe dar pontos?

— O quê? Donghyuck, ele precisa ir para um hospital, eu não posso fazer isso, pode causar uma inflamação, você deveria ter ido direto para o hospital, eu não posso...

— Ok, se você não vai ajudar, então pelo menos se afaste para que eu possa fazer alguma coisa.

Sowon o observou, dando um pequeno passo para trás ao ouvir o tom de voz rude do garoto. Puxou o ar um pouco ofegante por toda a adrenalina e sentiu-se enjoada ao ver o namorado fazer todo o trabalho no ferimento do irmão, inclusive dar os pontos no enorme corte. Suas mãos tremiam e seu coração batia forte, queria ajudar, mas simplesmente estava travada no lugar, sem qualquer reação.

Donghyuck se manteve concentrado no que fazia e o outro contorcia-se no sofá, soltando alguns burburinhos que ela não conseguia compreender, quando Hyuck acabou, ele soltou um suspiro pesado, conferindo os comprimidos para dor que a garota o oferecera e dando um a Jeno, tinha aprendido o básico com Kun, Jeno estaria bem por aquela noite, mas amanhã o médico da família teria de dar uma boa olhada ali para evitar que piorasse.

NO CONTROL ───── Lee Donghyuck ✓Where stories live. Discover now