01 - 🐈 - REINO DE NEKO

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Capítulo revisado em: 16/02/2024

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Capítulo revisado em: 16/02/2024

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O Amante do Rei

por Sahh

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"O Reino de Neko, em todos os séculos, sempre foi conhecido pela quantidade abundante de gatos que lá residem. Não há um só morador ou habitante de Neko que não possua um dos felinos em suas casas. Comandado por seu justo e tímido Rei, Kenma Kozume, o reino passa por um período de paz e prosperidade."

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O brilho da lua se torna opaco diante da resplandecência dos teus olhos. Tudo em ti exala majestosidade, é impossível desviar os olhos de tão formosa excelência. Creio que seja mais fácil deixar de respirar do que frear meu encanto por você, que multiplica a cada segundo. É um crime deixar de pensar nos teus olhos na mesma medida em que é impossível deixar de pensar em ti: fonte da minha paixão e desejo, que, pelo resto da vida, admirarei.

De seu fiel apreciador.

Esse poeta parece cada vez mais inspirado, hm?

O jovem de cabelos e olhos dourados trajando vestes requintadas — um manto vermelho sobre uma malha creme — soltou um suspiro. Kenma Kozume, o jovem rei de Neko, como sempre mergulhou em reflexões enquanto passava os olhos pelas palavras no envelope, buscando decifrar nelas o mistério que as rondava há um bom tempo. Era a quinta carta que ele recebia só neste mês e a quinquagésima que se perguntava sobre seu remetente. Kenma sempre as encontrava em seu jardim particular, ora presas nos galhos de suas plantas, ora sobre o vão da sacada. Seus conteúdos? Igual ao que ele acabara de ler: confidências de amor.

E cada vez mais Kenma desejava descobrir quem as escrevia.

Seguindo o protocolo das outras quatro vezes, Kenma lacrou o envelope e retornou ao castelo. Caminhava por um dos corredores externos, olhos ainda presos à carta, quando esbarrou em alguém.

Por sorte, Kenma não foi ao chão. Endireitou-se, ergueu os olhos e se deparou com um rapaz alto, muito alto. Distraído, nem percebeu a ausência da carta em suas mãos, que caíra no chão. Estava diante de dois empregados, e, dadas suas vestimentas, Kenma constatou que trabalhavam na Cozinha Real.

O mais baixo deles — baixo mesmo, pois até Kenma o ultrapassava — o olhou bem e, ao reconhecer ali seu rei, se apressou em lhe fazer uma vênia.

— M-Majestade, nós sentimos muitíssimo! Meu colega é desastrado por natureza, peço que o perdoe! — Ele endireitou-se e, ao ver os sacos de farinha caídos no chão junto à carta, começou a pegá-los. — Peço desculpas por isso.

Os Sete Reinos • HAIKYUUOnde histórias criam vida. Descubra agora