• A Saga dos Sete Reinos •
Em uma terra longínqua e paradisíaca, dona de uma aura peculiar e fascinante, haviam dezenas de reinos distintos e diversificados, todos dotados de culturas e costumes próprios. Dentre eles, haviam sete que se destacavam...
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O Guardião do Príncipe
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"O Reino de Shiratori, comandado pelo rei absoluto, Ushijima Wakatoshi, é modelo de prosperidade, organização e disciplina. Para todas as nações, Shiratori representa o "Símbolo de Poder", e essa impressão incontestável dá-se deveras pela imponência e grandiosidade de seu soberano. A região é muito temida pela presença intimidante de incontáveis montanhas onde dezenas de águias ferozes e ágeis montam seus ninhos."
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— Ei, rapazinho, cuidado! Não vê que o tubarão está a caminho? O que fazemos numa situação como essa?
Um lindo bebê que, supostamente, devia ser "o corajoso condutor do navio", soltou um gritinho e se jogou no chão, tapando os olhos. O boneco de brinquedo do jovem condutor voou para longe.
— Não, não; não devemos nos acovardar! Onde estão guardadas as lanças, ó nobre e corajoso senhor Takashi? Vamos, não temos tempo a perder, se não... — o tubarão de brinquedo começou a se aproximar, lento e intimidador — ... Ele vai pegar você!
Assim, a criatura começou a "devorar" a barriga do bebê, que pôs-se a balançar as pernas e a rir adoravelmente. Pelo visto, o tubarão fazia mais que apenas devorar; proporcionava agradáveis cócegas.
Um pouco longe de tal divertida área de lazer, havia um expectador, este que estava observando a brincadeira há um tempo. Sua expressão não havia alterado-se um segundo sequer, permanecendo sólida e impassível, como sempre. Com intensos e consistentes olhos de um profundo verde-oliva e cabelos da mesma cor, estava ali alguém dotado de uma majestade absoluta:
Ushijima Wakatoshi, o inabalável rei do Reino de Shiratori.
Em dado momento, em que continuava a observar o pequeno bebê de apenas dois anos e seu cuidador, Wakatoshi proporcionou uma maior atenção à adorável criança risonha.
Seu filho, Takashi Utsui.
Mesmo não transparecendo em suas feições inalteráveis, Ushijima ainda se surpreendia com o fato de o menino estar tão alegre e confortável, visto que tal cena tratou-se de uma realidade totalmente diferente nas semanas anteriores. Focou, então, no amigável mas, ao menos tempo, enigmático cuidador da criança, com sua aura energética e bem-humorada, assim como, também, totalmente zelosa ao bebê à sua frente.
Sim. Aquele novo cuidador de seu filho... Ele realmente era diferente.
Ushijima, então, foi cortado de seus pensamentos ao sentir a aproximação de alguém. Logo percebeu tratar-se de seu conselheiro, o jovem — e ainda mais sério que si — Shirabu Kenjirō.
Cumprimentaram-se como sempre, e não demorou a Shirabu tornar a perguntar, como de costume, as condições atuais da rainha.
— Não há melhoras por enquanto. — foi tudo o que Ushijima conseguiu dizer, voltando a observar as duas figuras ao longe que ainda se divertiam. Ao que parecia, Utsui e o cuidador eram agora chefes de uma ilha que outrora estivera abandonada.
