Три

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Qualquer erro de português, não hesite em comentar para que eu possa corrigi-lo!

Fiquem com o capítulo Three. ;u;

Boa leitura! ♥️

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Música: Stupid Love, de Lady Gaga.

Frase: "Você conquistou todo o meu amor em tão pouco tempo."

Pov's Boris

Passamos um tempo na frente da televisão vendo vários programas chatos de reality shows norte-americanos e por fim, decidimos ver um filme de terror.

Theo é bem mais fraco pra bebida do que eu, mas não fica bêbado tão fácil, então ele continuava mantendo sua postura de corajoso enquanto um palhaço pulava na frente da tela.

Estranhamente isso me dá um déjà vu.

Em aproximadamente metade do filme, ele dá o pause, e vai em direção ao banheiro do primeiro andar, voltando com o rosto todo encharcado.

- Awn, o neném não aguentou ver um filminho de um palhaço assassino? - Eu disse num tom de voz que sabia que o provocava. - Por favor Potter, nem é assustador. O único susto que levei o filme todo foi quando ele apareceu do nada no banheiro atrás da garota ruiva.

- Garota...ruiva?

Por um momento, ele pareceu lembrar de algo, mas logo voltou a sentar-se do meu lado, dando-me um forte soco no meu braço esquerdo. Imaginei que fosse ficar roxo mais tarde, mas logo descartei a possibilidade depois de dois minutos em que a dor passou.

- Você deveria parar de me encher o saco com esse tipo de coisa, sabe que eu ainda tenho pesadelos com o acidente da minha mãe... - Ele apoiou as mãos para trás no velho tapete da sala, para tentar mostrar que meu comentário não o havia afetado tanto, mas dava para perceber que sim.

Eu o conhecia bem.

Percebi que com o silêncio não estávamos mais em um clima de filme. Então me levantei e desliguei a televisão.

Bocejei me espreguiçando. Ele nem se mexeu, provavelmente estava concentrado no mesmo pensamento que fez aquele imbecil que chamamos de professor nos mandar para a diretoria, e já que não perguntei antes, eu não estava muito afim de perguntar agora, já que eu sabia que mais tarde ele iria me contar de qualquer forma.

Graças a amnésia alcoólica dele, sei de muito mais coisas sobre ele que eu gostaria, principalmente sobre a menina Pippa, de Nova-Iorque.

Ele SEMPRE fala dela, principalmente quando ela não responde nenhuma carta dele. Claro que eu fico mal por ele, mas reclamar sempre pela mesma coisa por causa de uma garota que ele sente falta não é lá os "Top 10 Assuntos que programei pra hoje a noite".

Ele se levanta, vai até a cozinha e pega mais bebidas da geladeira do pai dele, já abrindo uma e a tomando direto. Ele estava triste.

A culpa seria minha?

Não, claro que não. Theo nunca ficou bravo comigo de verdade.

Ok, próxima possibilidade.

Já percebi que ele gosta mesmo daquela tal de Pippa, mas por que ficar tão triste por não ser correspondido? Ela provavelmente deve estar em outro colégio com novos amigos, cuidando da nova vida que ela acabara de ter.

Não é tão ruim. Achei que as pessoas da vida real que amassem as outras, ficariam felizes por elas, independente se estão com elas ou não, eu sempre li isso nos meus livros favoritos.

- Boris... - Ele me chama da cozinha.

- Diga? - Falei adentrando o cômodo.

- Não tô mais afim de ficar aqui em baixo...podemos subir e ir ficar no meu quarto?

Isso soou como se eu fosse um pai que acabou de brigar com um filho de 5 anos inseguro. Por que ele estava me perguntando, o que a gente podia ou não fazer na casa dele?

- Olha, depende. Quem fica em cima?

- O quê? Do que caralhos você tá falando? - Ele me olha com uma cara frustrada e confusa. Quase um olhar de nojo.

- A gente pode ficar, mas depende, se você se apaixonar por mim não vou poder fazer nada, já que a ideia foi sua.

- Argh! As vezes você é mais idiota do que parece...- Ele bate a mão contra o rosto e sobe passa por mim subindo as escadas

Eu o sigo até seu quarto.

Desde que nos conhecemos, eu comecei a perceber o que exatamente o deixava irritado, envergonhado ou constrangido, e eu sou extremamente irritante. É fácil saber os pontos fracos dele, mesmo que ele tenha criado uma barreira bem estruturada pra mostrar suas inseguranças que ele não quer que eu saiba e que eu claramente não consigo alcançar sozinho, deixar ele bêbado a quebra completamente. Por isso sou seu melhor amigo.

Ao contrário dele, eu nunca tive muitos outros amigos próximos. Sempre fui considerado esquisito, e não me importava muito com isso, porque gostava de ficar chapado com minha própria companhia. Mas ter alguém pra fazer isso junto é mil vezes melhor. Tenho que admitir... não consigo mais ver minha vida sem ele.

Assim que ele chegou no quarto dele, bateu com tudo a porta, não me deixando entrar.

- Você esqueceu de trancar. - Abro a porta e entro.

Ele se deitou na sua cama com a cara afundada no travesseiro. Pobre coitado, deve ser triste se apaixonar.

- Você tá realmente triste pelo o que eu disse? Tipo, nem contexto aquilo teve pra você ficar chateado. - Me encostei no batente olhando para o corpo de um garoto quieto que me ignorava. - Eu já volto.

Digo isso e desço as escadas indo até minha mochila pegar mais bebida, vodka talvez? Mexo nos armários da cozinha procurando alguma nova droga da Xandra, encontrando algumas pílulas que eu não tinha certeza se eram entorpecentes ou não, mas mesmo assim coloquei alguns no meu bolso, e outros em minha boca.

- Potter~...Olha o que eu trouxe - Dou uma leve risada, colocando a garrafa de vodka do seu lado junto de alguns pequenos comprimidos azuis.

Ele olha para o lado e depois pra mim.

- O que são essas coisas? - Abrindo a garrafa e a tomando um pouco, ele pega um dos remédios, analisando-o como se fosse um médico de laboratório.

- Incrivelmente eu não sei. Estavam em uma das gavetas de drogas do meu pai - Minto.

Como sei que ele confia em mim o suficiente pelo meu conhecimento de drogas, imagino que ele acha que eu sei que aquilo não vai matá-lo.

- Se você diz...

Sem pensar duas vezes, ele acaba engolindo diretamente o comprimido, comecei a achar a cor daquele remédio familiar. Então com medo de acabar fazendo com que ele fique mal numa situação dessas e sóbrio, eu tomo a garrafa da sua mão, o desafiando a tomar o dobro do que eu. Ele sempre foi competitivo pra essas coisas.

Teor alcoólico:
Eu 22%
Potter 46%

Vai subindo, contanto que eu me mantenha sóbrio pra ver o que acontece com ele.

- Espero que não demore tanto pra dar efeito... não tô com muita vontade de ficar conciente dos meus problemas por tanto tempo ainda...

- Claro Potter, claro... - Sento ao pé da sua cama, tomando uma cerveja que eu já havia aberto lá em baixo.

Continua...

Tô com frio.

Perguntinha aleatória: Já tomaram banho hoje?

Obrigado por ler até aqui, se gostarem, votem. Xau •3•

Eu sou Nichollas River, e até o próximo capítulo.

17:35:PM, 1205 palavras.

Sonhos Eróticos [✿Boreo✿]Where stories live. Discover now