twenty five ✔

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O ato de visitar a residência Flintson acabou por ser rotina, mas dentro das visitas constantes veio-se a misturar uma vertente de preocupação. Não só a pele do Harry havia ficado mais amarelada, tanto como os olhos, eu começara a obrigá-lo a comer e a ajudá-lo a levantar objetos que ele não conseguia, sem dúvidas, levantar. O número das visitas à casa de banho também começaram a crescer.

"Eu sabia que ele não estava bem." disse, na minha cabeça.

De acordo com os pais adotivos do rapaz pálido - mas agora amarelo - ele por vezes tem destas quebras, mas eu não poderia descansar sabendo que um conjunto de problemas que têm vindo a prejudicar o Harry no seu quotidiano, e saber que ele também está a sofrer, mesmo sem o afirmar.

Dormia com o rapaz de cabelo encaracolado, onde eu aquecia o seu tronco com os meus braços e os lençóis da sua cama faziam-me o mesmo. Ele movia-se e removia por debaixo dos cobertores e ele abafava gemidos, onde era complicado decifrar o que significavam. Meros segundos mais tarde, apercebi-me que eram gemidos de dor, após articular o meu nome com dificuldade.

"Harry, o que se passa?" declamei, logo que a minha visão focou em tudo o que podia ser visível.

A sua resposta eram queixas consecutivas e contrações repentinas das costas.

Ajudei-o a virar-se de barriga para baixo para lhe fazer uma massagem na parte de trás do seu corpo para reduzir a dor, mas nada disso veio a ajudá-lo.

Entrei em pânico e levei as mãos à cabeça, não me apercebendo que tinha os pais deste adolescente a duas divisões de distância. Levantei-me da cama e retirei-me do quarto o mais rapidamente possível, deixando Harry no quarto, em que a sua única companhia era o sofrimento.

Aterrorizada, sem querer saber do casal Flintson estarem em puro descanso, acordei-os, pensando na possível segurança do seu filho se estivessem presentes na divisão onde ele estava a ser lentamente torturado pelo próprio corpo.

“Ajuda!” gritei inesperadamente para os dois seres deitados aconchegadamente na cama.

Desde aí, foi uma ocorrência confusa de se aperceber.

Tudo acontecia demasiado depressa, mas também demasiado devagar.

A dor do Harry parecia que lhe magoava cada vez mais lentamente, permanecendo mais tempo.

Os passos vindos dos pais adotivos do pálido eram rápido e repetitivos.

As lágrimas acumulavam-se demoradamente, mas soltavam-se velozmente.

O pânico instalou-se na casa, por mais que o motivo não parecesse minimamente importante - apenas se veio a confirmar com o som emitido pelas sirenes da ambulância.

[…]

 

“Erica, dores nas costas não é nada.” declarou a minha consciência “Ele pode ter feito um mau jeito.”

Discordava agora comigo. Nunca havia visto ninguém sofrer tanto com umas simples dores de costas.

“Eu ouvi isso.” anunciei, com a tentativa falhada de me fazer sorrir.

A mão da Srª. Flintson pousou-se no meu joelho, fazendo-me ver que ela podia estar tanto ou mais preocupada que eu.

“Esperemos então pela resposta dos doutores.” proferiu ela, enquanto olhava impacientemente para as cadeiras da sala de espera do Hospital da nossa pequena aldeia.

___

finalmente, um novo capítulo

e finalmente a história desenvolveu um bocado

ayeee

desculpem a demora peps

espero que continuem a ler!

ILY ALL HA

e obrigada por tudo!

            - kryp

Thantophobia | h.s {reeditar}Where stories live. Discover now