Capítulo 1

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- A Bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado pelo consumo rápido e repetido de grandes quantidades de alimentos, seguido por tentativas de compensar o excesso de alimentos consumido....
- Saco, não aguento mais essa idiota falando tanta merda.
Olho para o lado e vejo que os professores estão todos concentrados no palestrante, deslizo devagar pelo banco e saiu de fininho.
- Ei gata fugindo da aula de novo.
Reviro os olhos, ele se aproxima, pego na gravata do uniforme puxando Fred até o banheiro, Frederico sabe exatamente o que eu quero e já desabotoa as calças, me põe sentada na bancada do banheiro e entra em mim com força me fodendo do jeito que eu quero e preciso, levando para longe toda a minha angústia e dores.
Depois de sair do banheiro fui almoçar e me chamam na direção.
- Boa tarde me chamaram?
- Sim Sevilla sente-se. A diretora fala e pega uns papéis e os coloca na minha frente.
- O que é isso?
- Sua transferência. Arregalo os olhos.
- E porque? eu não fiz nada de errado.
Só trepar no banheiro inúmeras vezes pensei.
- Sua mãe pediu, pensei que soubesse.
- O que? Ela ficou louca.
-  Modos Karol não é isso que ensinamos aqui.
- Desculpe, mais não posso aceitar que ela me tire da escola, eu cresci aqui e quero terminar meus estudos e ir pra faculdade sem ter que voltar a morar com ela.
- É sua mãe.
- Por isso mesmo.
- Sinto muito querida, mais não podemos fazer nada, ela é sua responsável legal.
Bufo com raiva e pego os papéis, entro no meu dormitório e jogo a mochila em cima da cama, abro procurando meu refúgio dona Maria sabe como me agradar, encontro, abro o pacote e começo a comer aí que delícia, como mais um pedaço do bolo com muito recheio de chocolate.
- Hummmm. Depois de comer quatro pedaços gigantes, olho para o pacote vazio, sinto o estômago se contorcer e uma lágrima cair dos meus olhos, corro para o banheiro fecho a porta ligo o chuveiro e a torneira da pia, e me abaixo na frente do vaso.
Quando termino lavo meu rosto e saiu do banheiro dando de cara com Ana minha colega de quarto.
- Pensei que estava tomando banho.
- Ah sim eu esqueci de pegar a roupa. Minto, e vou pegar uma roupa e corro para o banheiro escapando de mais perguntas, tomo um banho agora de verdade e visto um blusão, faço um coque no cabelo e ponho meus fones de ouvido, meu rock e me jogo em baixo das cobertas.
Acordo com meu celular tocando e atendo sem olhar.
- Karol já está pronta, em vinte minutos o motorista vai te buscar e te levar direto para o aeroporto.
- Eu não vou a lugar nenhum.
- Vai sim, estou mudando e preciso que venha comigo.
- Você não precisa de mim, nunca precisou porque isso agora?
- Não faça perguntas apenas me obedeça sou sua mãe.
- Quando quer né?
- Vinte minutos. Bufo com raiva que ódio dessa mulher se ao menos papai estivesse aqui.
Levanto e arrumo minhas malas contra minha vontade.

- Gata onde vai com todas essas malas? Fred pergunta quando me encontra no corredor.
- Estou mudando, a patroa resolveu que precisa de mim.
- E nós?
- Você tem meu telefone, te mando meu endereço novo se quiser aparecer.
Falo e ele me abraça e beija meus lábios.
O motorista pega minhas malas e vou para o aeroporto.

Descubro que meu novo destino é nada mais nada menos que Roma a cidade natal da minha querida mãezinha, quem troca Londres por Roma?
Assim que chego no aeroporto romano um homem com meu nome na plaquinha me recebe e pega as minhas malas, paramos em frente a uma casa grande branca e muito bonita não se parece nada com as casas que já visitei até porque meus pais sempre moravam em apartamento.
- Aí filha que bom que chegou. Ela me abraça mais não correspondo.
- Karol você engordou, não acredito vou pedir para refazerem o cardápio da dieta urgente não podemos aparecer assim.
Reviro os olhos é sempre assim.
- Não podemos quem?
- Eu assinei um contrato publicitário muito bom.
- E o que eu tenho com isso, você me tirou do único lugar onde ainda me sentia bem por isso?
- Não, o contrato inclui você, mãe e filha não é um máximo.
- Não, não é, eu não vou fazer nada disso, não vou seguir seus passos. Ela segura forte em meu braço apertando.
- Não seja malcriada, e vai fazer exatamente o que eu disser, não te dei essa opção entendeu garota.
- Entendi, larga meu braço agora fazendo o favor. Ela larga e grita alguem.
- Rosa, essa é Karol minha filha.
- É um prazer conhecê-la menina Karol, eu trabalho para sua mãe desde que ela tinha a sua idade. Coitada penso.
- Prazer, é Rosa pode mostrar onde fica o meu quarto.
- Claro vamos, eu deixei o uniforme em cima da sua cama.
- Uniforme?
- Sim você começa amanhã na escola nova, e não é internato então estará em casa todos os dias. Nem falo nada, minha vida vai virar um inferno perto dessa mulher.
Desde que papai se foi tenho que suporta-la, minha mãe nunca se preocupou comigo, ela é mesquinha egoísta só pensa em si mesma e na sua carreira, nem uma ligação nada, foi sempre papai, mas ele se foi me deixando sozinha nesse mundo com ela.
Entro no quarto é bem aconchegante mais essa cor rosa, por acaso sou a Barbie. Reviro os olhos e Rosa me observa.
- Esse era o quarto da sua mãe quando era mais nova. Ela diz.
- Então essa foi a casa em que ela cresceu? Pergunto e Rosa faz que sim.
- Maravilha.
- Você está com fome eu fiz um bolinho de cenoura com calda de chocolate que é uma delícia.
- Sim... Quer dizer não, não quero nada muito obrigado.
- Oh mais se mudar de ideia desce lá na cozinha que eu te sirvo e se precisar de alguma coisa pode me chamar.
- Obrigado Rosa.
Vejo o uniforme em cima da cama.
- Que horror, é colégio de freiras por acaso com uma saia desse tamanho.

Se Não Fosse Você.Where stories live. Discover now